Memórias do Cárcere (filme): diferenças entre revisões

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== Sinopse ==
== Sinopse ==
Em 1935, o Governo de [[Getúlio Vargas]] esmagou a revolta militar da [[Aliança Nacional Libertadora]], conhecida como [[Intentona Comunista]], e aplicou medidas que suspendiam as garantias das liberdades individuais de todos os brasileiros. Graciliano Ramos, escritor afamado e dirigente público de Ensino em [[Alagoas]] simpatizante [[comunista]] que trabalhava no Palácio do Governo, acabou sendo preso em março de 1936 sem haver um processo formal de acusação. Depois de um tempo nos quartéis, cárceres públicos onde presenciou a ordem de deportação de [[Olga Benário Prestes]] e Elisa, e num hospital em que podia receber as visitas de advogado e da esposa Heloísa, ele foi enviado à remota Colônia Penal da [[Ilha Grande (Angra dos Reis)|Ilha Grande]]. Ali, apesar de muito doente devido a uma [[úlcera]] mal curada, continuou a escrever e consegue sobreviver aos 10 meses de confinamento<ref>[http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/cannes-aclama-memorias-do-carcere-9900154 Acervo de O Globo Acessado em 28-11-15] </ref> em condições precárias e sofrendo crueldades, com a ajuda de alguns funcionários e dos demais prisioneiros de sua seção, ladrões e revoltosos políticos, e que esperavam serem retratados nos livros do escritor.
Em 1935, o Governo de [[Getúlio Vargas]] esmagou a revolta militar da [[Aliança Nacional Libertadora]], conhecida como [[Intentona Comunista]], e aplicou medidas que suspendiam as garantias das liberdades individuais de todos os brasileiros. Graciliano Ramos, escritor afamado e dirigente público de Ensino em [[Alagoas]] simpatizante [[comunista]] que trabalhava no Palácio do Governo, acabou sendo preso em março de 1936 sem haver um processo formal de acusação. Depois de um tempo nos quartéis, cárceres públicos onde presenciou a ordem de deportação de [[Olga Benário Prestes]] e Elisa, e num hospital em que podia receber as visitas de advogado e da esposa Heloísa, ele foi enviado à remota Colônia Penal da [[Ilha Grande (Angra dos Reis)|Ilha Grande]]. Ali, apesar de muito doente devido a uma [[úlcera]] mal curada, continuou a escrever e conseguiu sobreviver aos 10 meses de confinamento<ref>[http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/cannes-aclama-memorias-do-carcere-9900154 Acervo de O Globo Acessado em 28-11-15] </ref> em condições precárias e sofrendo crueldades, com a ajuda de alguns funcionários e dos demais prisioneiros de sua seção, ladrões e revoltosos políticos, e que esperavam serem retratados nos livros do escritor.


== Elenco ==
== Elenco ==

Revisão das 19h55min de 15 de setembro de 2020

Memórias do Cárcere
Memórias do Cárcere (filme)
Cartaz com Carlos Vereza
 Brasil
1984 •  cor •  185 min 
Gênero drama biográfico
Direção Nelson Pereira dos Santos
Produção Luís Carlos Barreto
Nelson Pereira dos Santos
Roteiro Nelson Pereira dos Santos
Elenco Carlos Vereza
Glória Pires
Nildo Parente
José Dumont
Idioma português

Memórias do Cárcere é um filme brasileiro de 1984, do gênero drama biográfico, roteirizado e dirigido por Nelson Pereira dos Santos. O roteiro é uma adaptação do livro homônimo de Graciliano Ramos. É contada a fase em que o escritor, autor de Vidas Secas, esteve preso sob ordens da polícia do Estado Novo no Brasil. A música-tema é "Marcha Solene Brasileira", variação do Hino Nacional do Brasil, de Louis Moreau Gottschalk para a Orquestra Sinfônica de Berlim com regência de Samuel Adler.[1] A restauração do filme foi patrocinada pela Petrobras.[2] Em novembro de 2015 o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.[3]

Sinopse

Em 1935, o Governo de Getúlio Vargas esmagou a revolta militar da Aliança Nacional Libertadora, conhecida como Intentona Comunista, e aplicou medidas que suspendiam as garantias das liberdades individuais de todos os brasileiros. Graciliano Ramos, escritor afamado e dirigente público de Ensino em Alagoas simpatizante comunista que trabalhava no Palácio do Governo, acabou sendo preso em março de 1936 sem haver um processo formal de acusação. Depois de um tempo nos quartéis, cárceres públicos onde presenciou a ordem de deportação de Olga Benário Prestes e Elisa, e num hospital em que podia receber as visitas de advogado e da esposa Heloísa, ele foi enviado à remota Colônia Penal da Ilha Grande. Ali, apesar de muito doente devido a uma úlcera mal curada, continuou a escrever e conseguiu sobreviver aos 10 meses de confinamento[4] em condições precárias e sofrendo crueldades, com a ajuda de alguns funcionários e dos demais prisioneiros de sua seção, ladrões e revoltosos políticos, e que esperavam serem retratados nos livros do escritor.

Elenco

Principais prêmios e indicações

Festival de Cannes — 1984

  • Prêmio FIPRESCI: Nelson Pereira dos Santos

Festival de Havana — 1984

  • Prêmio Grand Coral: Nelson Pereira dos Santos

Associação Paulista dos Críticos de Arte — 1985

  • Troféu APCA: melhor ator - Carlos Vereza, melhor filme — Nelson Pereira dos Santos

Ver também

Referências

  1. Filmografia Cinemateca Acessado em 28-11-15
  2. «Site da Petrobras Acessado em 28-11-15». Consultado em 28 de novembro de 2015. Arquivado do original em 10 de setembro de 2015 
  3. André Dib (27 de novembro de 2015). «Abraccine organiza ranking dos 100 melhores filmes brasileiros». Abraccine. abraccine.org. Consultado em 26 de outubro de 2016 
  4. Acervo de O Globo Acessado em 28-11-15

Ligações externas