Torre de Penegate: diferenças entre revisões
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Revisão das 11h55min de 30 de setembro de 2020
Torre de Penegate | ||
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Torre de Penegate, Portugal. | ||
Construção | Mem Rodrigues de Vasconcelos (1360) | |
Estilo | gótico | |
Conservação | ||
Homologação (IGESPAR) |
MIP (DL Despacho de 5 de abril de 2014)
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Aberto ao público | ||
Site IGESPAR | 71729 |
A Torre de Penegate localiza-se na freguesia de São Miguel de Carreiras, no concelho de Vila Verde, distrito de Braga, em Portugal.
História
Antecedentes
A primitiva toponímia do lugar foi "Penela", sendo o de "Penegate" utilizado desde 1064. Por essas razões, os estudiosos acreditam que o topónimo esteve associado, em suas origens, à ocupação deste afloramento rochoso elevado, de difícil acesso ("penha" ou "pena"), embora não haja informações ou vestígios sobre a sua primitiva defesa, em posição dominante sobre o território envolvente, possivelmente uma torre em estilo românico erguida por D. Egas Pais de Penegate, valido do Conde D. Henrique de Borgonha.
A torre medieval
A atual estrutura foi erguida por Mem Rodrigues de Vasconcelos, cavaleiro de D. Dinis na guerra que opôs este monarca ao seu filho, o futuro rei D. Afonso IV. D. Dinis autorizou a construção de uma "domus fortis", em documento datado de 5 de Outubro de 1322, onde se refere que ele "havia proibido a construção destas casas fortificadas a não ser com sua expressa autorização". Esta fortificação tinha a função de proteger Mem Rodrigues no cargo que então ocupava, o de Meirinho-mor do soberano na região de Entre-Homem-e-Cávado, onde a autoridade real era contestada por Pedro Anes de Vasconcelos, tio de Mem Rodrigues:
- "Desta forma, conpria huma casa forte (...) para teer hy o corpo em salluo quando lhy conprise e outro ssy pera teer hy a molher e os filhos que non possam Receber dano daquelles que lhy a el mal querem polo meu serviço"[1]
Do século XVII aos nossos dias
Em princípios do século XVII o então proprietário Miguel Valadares, cónego de Guimarães e desembargador em Braga, fez erguer a Capela de Nossa Senhora da Pena para sua sepultura, conforme inscrição epigráfica na fachada principal.
No início do século XX, em 1907, a torre passou para a família dos actuais proprietários, tendo tido lugar, em décadas posteriores, obras de consolidação e restauro. Entre elas, foram colocadas ameias em 1939, o que lhe descaracterizou a feição original, sendo edificado um segundo corpo, de carácter residencial.
O conjunto encontrou-se em Vias de Classificação por Despacho de 24 de Setembro de 1990.[2]
Em 5 de Abril de 2013 foi classificada como monumento de interesse público.[3]
Características
A torre apresenta planta retangular, em aparelho de granito. É dividida internamente em três pavimentos.
A portada, em arco apontado, rasga-se na face Leste, acima do nível do solo. Era primitivamente acedida por uma escada de madeira amovível, da qual ainda restam os apoios. Acredita-se que essa entrada tenha sido guarnecida por um alpendre, de que seriam testemunhos as duas mísulas que enquadram a portada. Na face Oeste, ao nível da janela do último pavimento, um balcão de matacães permitia o tiro vertical sobre o único acesso que leva à torre. O seu topo é coroado por ameias.
A Capela de Nossa Senhora da Pena, de pequenas dimensões, em estilo barroco, conserva o retábulo-mor contemporâneo, em estrutura tripartida, com a imagem de Nossa Senhora ao centro, e as de São João e Santo António, em painéis pintados, de ambos os lados.
Referências
- ↑ SILVA, José Custódio Vieira da. Paços Medievais Portugueses. Lisboa: 1995. p.48-49.
- ↑ «Pesquisa de Património: Torre de Penegate». igespar.pt. Consultado em 12 de outubro de 2011
- ↑ «Torre de Penegate classificada como monumento de interesse público»
Ver também
Ligações externas
- Inventário do Património Arquitectónico (DGEMN)
- Instituto Português de Arqueologia
- Torre de Penegate na base de dados Ulysses da Direção-Geral do Património Cultural