Trem de Prata: diferenças entre revisões
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Em 16 de fevereiro de 1991, o [[Trem Santa Cruz|Santa Cruz]], serviço que fazia a ligação Rio - São Paulo, fez sua última viagem, após mais de quarenta anos de circulação. O Santa Cruz saía da [[Estação Central do Brasil]], no [[Rio de Janeiro]] em direção à [[Estação da Luz]], em [[São Paulo]]. Houve épocas em que o trem se dirigia à Estação Roosevelt (atual [[Estação Brás]]), também na capital paulista. |
Em 16 de fevereiro de 1991, o [[Trem Santa Cruz|Santa Cruz]], serviço que fazia a ligação Rio - São Paulo, fez sua última viagem, após mais de quarenta anos de circulação. O Santa Cruz saía da [[Estação Central do Brasil]], no [[Rio de Janeiro]] em direção à [[Estação da Luz]], em [[São Paulo]]. Houve épocas em que o trem se dirigia à Estação Roosevelt (atual [[Estação Brás]]), também na capital paulista. |
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Com isso, o serviço ferroviário de passageiros da [[Rede Ferroviária Federal]] ficou comprometido, pois o Santa Cruz era um dos trens mais utilizados, apesar dos atrasos e problemas na conservação da via férrea. O Santa Cruz era muito utilizado por agências de viagem que vendiam pacotes de viagens de trem entre o Rio de Janeiro e [[Corumbá]], sendo que o seu cancelamento causou prejuízos econômicos. Após tentativas malsucedidas de se retomar o serviço, ocorridas em 1992, a Rede Ferroviária Federal resolveu retomar a operação dos trens em parceria com a iniciativa privada. Em 13 de agosto de 1993, foi lançado o edital de licitação 033/SR-3/93,<ref>[http://books.google.com.br/books?id=ywQ_swflb7MC&pg=PA84&lpg=PA84&dq=Cons%C3%B3rcio+trem+de+prata&source=bl&ots=YH63wHsZ0v&sig=yLXhJxr0oy3um5w5PQWlmdFabOI&hl=pt-BR&ei=zZXrSZcCk4S3B6SU3cgF&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=10#PPA84,M1]</ref> através da qual a iniciativa privada ficaria responsável pela organização do serviço e venda de passagens, cabendo à Rede Ferroviária Federal a locação de 25 carros [[The Budd Company|Budd]], além de locomotivas. |
Com isso, o serviço ferroviário de passageiros da [[Rede Ferroviária Federal]] ficou comprometido, pois o Santa Cruz era um dos trens mais utilizados, apesar dos atrasos e problemas na conservação da via férrea. O Santa Cruz era muito utilizado por agências de viagem que vendiam pacotes de viagens de trem entre o Rio de Janeiro e [[Corumbá]], sendo que o seu cancelamento causou prejuízos econômicos. Após tentativas malsucedidas de se retomar o serviço, ocorridas em 1992, a Rede Ferroviária Federal resolveu retomar a operação dos trens em parceria com a iniciativa privada. Em 13 de agosto de 1993, foi lançado o edital de licitação 033/SR-3/93,<ref>[http://books.google.com.br/books?id=ywQ_swflb7MC&pg=PA84&lpg=PA84&dq=Cons%C3%B3rcio+trem+de+prata&source=bl&ots=YH63wHsZ0v&sig=yLXhJxr0oy3um5w5PQWlmdFabOI&hl=pt-BR&ei=zZXrSZcCk4S3B6SU3cgF&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=10#PPA84,M1]</ref> através da qual a iniciativa privada ficaria responsável pela organização do serviço e venda de passagens, cabendo à Rede Ferroviária Federal a locação de 25 carros [[The Budd Company|Budd]], além de locomotivas. |
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A viagem inaugural do Trem de Prata ocorreu no dia 8 de dezembro de 1994, de onde partiu da Estação Barão de Mauá (Leopoldina) para a Estação Barra Funda (da EFSJ). Devido ao grande sucesso causado pelos altos números de reservas e de demandas de passageiros, as viagens que anteriormente ocorriam aos finais de semana, tornaram-se diárias a partir de 1995. <ref>{{Citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/12/05/cotidiano/15.html |titulo=Folha de S.Paulo - Trem de Prata vai ser diário em 1995 - 5/12/1994 |acessodata=2020-12-19 |website=www1.folha.uol.com.br}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://vfco.vfco.com.br/Carros/budd/a-volta-do-Trem-de-Prata-o-trem.shtml |titulo=O Trem de Prata entre Rio de Janeiro e São Paulo: 1994 |acessodata=2020-12-19 |website=vfco.vfco.com.br}}</ref> |
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Depois de quase quatro anos, o Trem de Prata deixou de circular em 1998, tendo como um dos principais motivos a queda no número de passageiros. Ao ser reativado em 1994, sua capacidade era de 124 passageiros. Depois de dois anos, caiu para 76 passageiros.<ref name= FSP1/> |
Depois de quase quatro anos, o Trem de Prata deixou de circular em 1998, tendo como um dos principais motivos a queda no número de passageiros. Ao ser reativado em 1994, sua capacidade era de 124 passageiros. Depois de dois anos, caiu para 76 passageiros.<ref name= FSP1/> |
Revisão das 00h40min de 19 de dezembro de 2020
Trem de Prata | ||||||||||||||||||||||
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Um dos carros do Trem de Prata | ||||||||||||||||||||||
Informações | ||||||||||||||||||||||
Proprietário | Rede Ferroviária Federal | |||||||||||||||||||||
Local | Estação Leopoldina, Rio de Janeiro - Estação Barra Funda ,São Paulo | |||||||||||||||||||||
Tipo de transporte | ferroviário longo percurso | |||||||||||||||||||||
Número de linhas | 1 | |||||||||||||||||||||
Funcionamento | ||||||||||||||||||||||
Início de funcionamento | 8 de dezembro de 1994 | |||||||||||||||||||||
Fim de funcionamento | 30 de novembro de 1998 | |||||||||||||||||||||
Operadora(s) | Consórcio Trem de Prata (formado pelas empresas União Transporte Interestadual de Luxo, Interférrea Logística e Portobello Hotéis) | |||||||||||||||||||||
Bitola | Bitola irlandesa 1 600 mm (5,25 ft) | |||||||||||||||||||||
Sucessão de Linhas | ||||||||||||||||||||||
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Mapa da linha (1998) | |||||||||||||||||||||||||||||||
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Trem Santa Cruz (1991) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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O Trem de Prata foi um serviço ferroviário operado pela Rede Ferroviária Federal em parceria com a iniciativa privada que circulou entre as estações Barão de Mauá (Estrada de Ferro Leopoldina), no Rio de Janeiro e Barra Funda (Estrada de Ferro Santos Jundiaí), em São Paulo, no Brasil.
História
Em 16 de fevereiro de 1991, o Santa Cruz, serviço que fazia a ligação Rio - São Paulo, fez sua última viagem, após mais de quarenta anos de circulação. O Santa Cruz saía da Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro em direção à Estação da Luz, em São Paulo. Houve épocas em que o trem se dirigia à Estação Roosevelt (atual Estação Brás), também na capital paulista. Com isso, o serviço ferroviário de passageiros da Rede Ferroviária Federal ficou comprometido, pois o Santa Cruz era um dos trens mais utilizados, apesar dos atrasos e problemas na conservação da via férrea. O Santa Cruz era muito utilizado por agências de viagem que vendiam pacotes de viagens de trem entre o Rio de Janeiro e Corumbá, sendo que o seu cancelamento causou prejuízos econômicos. Após tentativas malsucedidas de se retomar o serviço, ocorridas em 1992, a Rede Ferroviária Federal resolveu retomar a operação dos trens em parceria com a iniciativa privada. Em 13 de agosto de 1993, foi lançado o edital de licitação 033/SR-3/93,[1] através da qual a iniciativa privada ficaria responsável pela organização do serviço e venda de passagens, cabendo à Rede Ferroviária Federal a locação de 25 carros Budd, além de locomotivas.
A viagem inaugural do Trem de Prata ocorreu no dia 8 de dezembro de 1994, de onde partiu da Estação Barão de Mauá (Leopoldina) para a Estação Barra Funda (da EFSJ). Devido ao grande sucesso causado pelos altos números de reservas e de demandas de passageiros, as viagens que anteriormente ocorriam aos finais de semana, tornaram-se diárias a partir de 1995. [2][3]
Depois de quase quatro anos, o Trem de Prata deixou de circular em 1998, tendo como um dos principais motivos a queda no número de passageiros. Ao ser reativado em 1994, sua capacidade era de 124 passageiros. Depois de dois anos, caiu para 76 passageiros.[4]
Com o barateamento de suas passagens na época, a ponte aérea Rio–São Paulo passou a ficar mais acessível que a viagem ferroviária, além de problemas com atrasos, acidentes[5] e a falta de manutenção adequada da linha férrea, que causavam por vezes até mesmo a interrupção de viagens, que eram completadas por ônibus.[6][4]
"Quando entrei no vagão, senti cheiro de mofo", disse a fisioterapeuta Margareth Ferreira Fonseca, fluminense de Nova Iguaçu. "Me decepcionei. Vim esperando algo mais chique. Tive vontade de pedir meu dinheiro de volta e pegar a ponte aérea." Se optasse pelo avião, Margareth teria economizado. Para ir de trem, uma viagem de dez horas com direito a jantar e café da manhã, gastou R$ 120 (cabine mais barata). Teria gasto R$ 82 na ponte aérea (viagem de 50 minutos).[4]
O último Trem de Prata partiu na noite de 29 de novembro de 1998 da antiga estação Barra Funda (da EFSJ), chegando à estação Barão de Mauá (Leopoldina) na manhã de 30 de novembro. [7][8]
O fim das viagens do Trem de Prata causou comoção na época, tanto entre funcionários como também entre os tradicionais passageiros da ponte ferroviária entre as duas capitais. [9]
Referências
- ↑ [1]
- ↑ «Folha de S.Paulo - Trem de Prata vai ser diário em 1995 - 5/12/1994». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 19 de dezembro de 2020
- ↑ «O Trem de Prata entre Rio de Janeiro e São Paulo: 1994». vfco.vfco.com.br. Consultado em 19 de dezembro de 2020
- ↑ a b c «Folha de S.Paulo - Sem glamour, Trem de Prata é desativado - 01/12/98». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 18 de dezembro de 2020
- ↑ «Folha de S.Paulo - Trem de Prata sai dos trilhos no Rio - 27/12/1996». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 18 de dezembro de 2020
- ↑ «Ainda fora dos trilhos». SESC-SP. Arquivado do original em 9 de setembro de 2012
- ↑ [2]
- ↑ Trem fantasma
- ↑ Lucena, Felipe (18 de janeiro de 2019). «História do saudoso Trem de Prata». Diário do Rio de Janeiro. Consultado em 15 de dezembro de 2020