Trem de Prata: diferenças entre revisões

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A viagem inaugural do Trem de Prata ocorreu no dia 8 de dezembro de 1994, quando partiu da Estação Barão de Mauá (Leopoldina), no Rio de Janeiro para a Estação Barra Funda (da EFSJ), em São Paulo. Devido ao grande sucesso causado pelos altos números de reservas e de demandas de passageiros, as viagens que anteriormente ocorriam aos finais de semana, tornaram-se diárias a partir de 1995. <ref>{{Citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/12/05/cotidiano/15.html |titulo=Folha de S.Paulo - Trem de Prata vai ser diário em 1995 - 5/12/1994 |acessodata=2020-12-19 |website=www1.folha.uol.com.br}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://vfco.vfco.com.br/Carros/budd/a-volta-do-Trem-de-Prata-o-trem.shtml |titulo=O Trem de Prata entre Rio de Janeiro e São Paulo: 1994 |acessodata=2020-12-19 |website=vfco.vfco.com.br}}</ref>
A viagem inaugural do Trem de Prata ocorreu no dia 8 de dezembro de 1994, quando partiu da Estação Barão de Mauá (Leopoldina), no Rio de Janeiro para a Estação Barra Funda (da EFSJ), em São Paulo. Devido ao grande sucesso causado pelos altos números de reservas e de demandas de passageiros, as viagens que anteriormente ocorriam aos finais de semana, tornaram-se diárias a partir de 1995. <ref>{{Citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/12/05/cotidiano/15.html |titulo=Folha de S.Paulo - Trem de Prata vai ser diário em 1995 - 5/12/1994 |acessodata=2020-12-19 |website=www1.folha.uol.com.br}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://vfco.vfco.com.br/Carros/budd/a-volta-do-Trem-de-Prata-o-trem.shtml |titulo=O Trem de Prata entre Rio de Janeiro e São Paulo: 1994 |acessodata=2020-12-19 |website=vfco.vfco.com.br}}</ref>


O trem contava com 10 vagões (1 carro-bar, 2 carros-restaurantes, 2 vagões de bagagem e 4 vagões dormitórios) dotados de quarenta cabines duplas ocupadas por oitenta passageiros e atendidas por 24 tripulantes. Em uma velocidade de 60 quilômetros por hora, a viagem ferroviária durava nove horas e meia pelos 516 quilômetros de trilhos. As partidas ocorriam às 20:30 da noite e as chegadas ocorriam às 6 da manhã. Durante a viagem, as refeições nos carros-restaurantes eram servidas em dois turnos: das 20:30 às 22:30 da noite e das 22:30 da noite à 0:30 da manhã. <ref>{{Citar web |url=https://vejasp.abril.com.br/blog/memoria/trem-de-prata-rio-sao-paulo/ |titulo=Rio-São Paulo pelos trilhos: conheça a história do Trem de Prata {{!}} Memória |acessodata=2020-12-22 |website=VEJA SÃO PAULO |lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://vfco.brazilia.jor.br/Carros/budd/a-volta-do-Trem-de-Prata-nos-jornais.shtml |titulo=Notícias sobre a volta do Trem de Prata em 1994 |acessodata=2020-12-22 |website=vfco.brazilia.jor.br}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://vfco.brazilia.jor.br/Carros/budd/a-volta-do-Trem-de-Prata-a-viagem.shtml |titulo=A primeira viagem do Trem de Prata - 1994 |acessodata=2020-12-22 |website=vfco.brazilia.jor.br}}</ref>
O trem contava com 10 vagões (1 carro-bar, 2 carros-restaurantes, 2 vagões de bagagem e 4 vagões dormitórios, dotados de quarenta cabines duplas ocupadas por oitenta passageiros e atendidas por 24 tripulantes). Em uma velocidade de 60 quilômetros por hora, a viagem ferroviária durava nove horas e meia pelos 516 quilômetros de trilhos. As partidas ocorriam às 20:30 da noite e as chegadas ocorriam às 6 da manhã. Durante a viagem, as refeições nos carros-restaurantes eram servidas em dois turnos: das 20:30 às 22:30 da noite e das 22:30 da noite à 0:30 da manhã. <ref>{{Citar web |url=https://vejasp.abril.com.br/blog/memoria/trem-de-prata-rio-sao-paulo/ |titulo=Rio-São Paulo pelos trilhos: conheça a história do Trem de Prata {{!}} Memória |acessodata=2020-12-22 |website=VEJA SÃO PAULO |lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://vfco.brazilia.jor.br/Carros/budd/a-volta-do-Trem-de-Prata-nos-jornais.shtml |titulo=Notícias sobre a volta do Trem de Prata em 1994 |acessodata=2020-12-22 |website=vfco.brazilia.jor.br}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://vfco.brazilia.jor.br/Carros/budd/a-volta-do-Trem-de-Prata-a-viagem.shtml |titulo=A primeira viagem do Trem de Prata - 1994 |acessodata=2020-12-22 |website=vfco.brazilia.jor.br}}</ref>


Depois de quase quatro anos, o Trem de Prata deixou de circular em 1998, tendo como um dos principais motivos a redução no número de passageiros. Ao ser reativado em 1994, sua capacidade era de 124 passageiros. Depois de dois anos, caiu para 76 passageiros.<ref name="FSP1" />
Depois de quase quatro anos, o Trem de Prata deixou de circular em 1998, tendo como um dos principais motivos a redução no número de passageiros. Ao ser reativado em 1994, sua capacidade era de 124 passageiros. Depois de dois anos, caiu para 76 passageiros.<ref name="FSP1" />

Revisão das 03h12min de 22 de dezembro de 2020

Trem de Prata

Um dos carros do Trem de Prata
Informações
Proprietário Rede Ferroviária Federal
Local Estação Leopoldina, Rio de Janeiro -
Estação Barra Funda ,São Paulo
Tipo de transporte ferroviário
longo percurso
Número de linhas 1
Funcionamento
Início de funcionamento 8 de dezembro de 1994
Fim de funcionamento 30 de novembro de 1998
Operadora(s) Consórcio Trem de Prata
(formado pelas empresas União Transporte Interestadual de Luxo, Interférrea Logística e Portobello Hotéis)
Bitola Bitola irlandesa
1 600 mm (5,25 ft)
Sucessão de Linhas
' '
Trem Santa Cruz
-
Trem de Prata
Mapa da linha (1998)
Barão de Mauá
Divisa entre Rio de Janeiro e São Paulo
Barra Funda
Trem Santa Cruz (1991)
Central do Brasil
Divisa entre Rio de Janeiro e São Paulo
Roosevelt
Estação da Luz

O Trem de Prata foi um serviço ferroviário operado pela Rede Ferroviária Federal em parceria com a iniciativa privada que circulou entre as estações Barão de Mauá (Estrada de Ferro Leopoldina), no Rio de Janeiro e Barra Funda (Estrada de Ferro Santos Jundiaí), em São Paulo, no Brasil.

História

Em 16 de fevereiro de 1991, o Trem Santa Cruz, serviço que fazia a ligação Rio - São Paulo, fez sua última viagem, após mais de quarenta anos de circulação. O Santa Cruz saía da Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro em direção à Estação da Luz, em São Paulo. Houve épocas em que o trem se dirigia à Estação Roosevelt (atual Estação Brás), também na capital paulista. Com isso, o serviço ferroviário de passageiros da Rede Ferroviária Federal ficou comprometido, pois o Santa Cruz era um dos trens mais utilizados, apesar dos atrasos e problemas na conservação da via férrea. O Santa Cruz era muito utilizado por agências de viagem que vendiam pacotes de viagens de trem entre o Rio de Janeiro e Corumbá, sendo que o seu cancelamento causou prejuízos econômicos. Após tentativas malsucedidas de se retomar o serviço, ocorridas em 1992, a Rede Ferroviária Federal resolveu retomar a operação dos trens em parceria com a iniciativa privada. Em 13 de agosto de 1993, foi lançado o edital de licitação 033/SR-3/93,[1] através da qual a iniciativa privada ficaria responsável pela organização do serviço e venda de passagens, cabendo à Rede Ferroviária Federal a locação de 25 carros Budd, além de locomotivas.

A viagem inaugural do Trem de Prata ocorreu no dia 8 de dezembro de 1994, quando partiu da Estação Barão de Mauá (Leopoldina), no Rio de Janeiro para a Estação Barra Funda (da EFSJ), em São Paulo. Devido ao grande sucesso causado pelos altos números de reservas e de demandas de passageiros, as viagens que anteriormente ocorriam aos finais de semana, tornaram-se diárias a partir de 1995. [2][3]

O trem contava com 10 vagões (1 carro-bar, 2 carros-restaurantes, 2 vagões de bagagem e 4 vagões dormitórios, dotados de quarenta cabines duplas ocupadas por oitenta passageiros e atendidas por 24 tripulantes). Em uma velocidade de 60 quilômetros por hora, a viagem ferroviária durava nove horas e meia pelos 516 quilômetros de trilhos. As partidas ocorriam às 20:30 da noite e as chegadas ocorriam às 6 da manhã. Durante a viagem, as refeições nos carros-restaurantes eram servidas em dois turnos: das 20:30 às 22:30 da noite e das 22:30 da noite à 0:30 da manhã. [4][5][6]

Depois de quase quatro anos, o Trem de Prata deixou de circular em 1998, tendo como um dos principais motivos a redução no número de passageiros. Ao ser reativado em 1994, sua capacidade era de 124 passageiros. Depois de dois anos, caiu para 76 passageiros.[7]

O barateamento das passagens da ponte aérea Rio–São Paulo somados aos problemas com atrasos e a falta de manutenção adequada da linha férrea, foram os fatores que motivaram a desistência do consórcio na operação do trem de luxo e a sua conseguinte desativação. Os problemas na linha férrea durante o percurso, geralmente ocorriam na malha suburbana das duas capitais e causavam por vezes até mesmo a interrupção de viagens, que eram completadas por ônibus.[8][7][9][10]

O último Trem de Prata partiu na noite de 29 de novembro de 1998 da antiga estação Barra Funda (da EFSJ), chegando à estação Barão de Mauá (Leopoldina) na manhã de 30 de novembro. [11][12]

O fim das viagens do Trem de Prata causou comoção na época, tanto entre funcionários como também entre os tradicionais passageiros da ponte ferroviária entre as duas capitais. [13]

Referências

  1. [1]
  2. «Folha de S.Paulo - Trem de Prata vai ser diário em 1995 - 5/12/1994». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 19 de dezembro de 2020 
  3. «O Trem de Prata entre Rio de Janeiro e São Paulo: 1994». vfco.vfco.com.br. Consultado em 19 de dezembro de 2020 
  4. «Rio-São Paulo pelos trilhos: conheça a história do Trem de Prata | Memória». VEJA SÃO PAULO. Consultado em 22 de dezembro de 2020 
  5. «Notícias sobre a volta do Trem de Prata em 1994». vfco.brazilia.jor.br. Consultado em 22 de dezembro de 2020 
  6. «A primeira viagem do Trem de Prata - 1994». vfco.brazilia.jor.br. Consultado em 22 de dezembro de 2020 
  7. a b «Folha de S.Paulo - Sem glamour, Trem de Prata é desativado - 01/12/98». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 18 de dezembro de 2020 
  8. «Ainda fora dos trilhos». SESC-SP. Arquivado do original em 9 de setembro de 2012 
  9. Londrina, Folha de. «O Trem de Prata faz sua última viagem». Folha de Londrina. Consultado em 22 de dezembro de 2020 
  10. Lucena, Felipe (18 de janeiro de 2019). «História do saudoso Trem de Prata». Diário do Rio de Janeiro. Consultado em 22 de dezembro de 2020 
  11. [2]
  12. Trem fantasma
  13. Lucena, Felipe (18 de janeiro de 2019). «História do saudoso Trem de Prata». Diário do Rio de Janeiro. Consultado em 15 de dezembro de 2020 

Ligações externas

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