Império Neobabilônico: diferenças entre revisões

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=== Nabopolassar (Nabu-apla-usur) ===
=== Nabopolassar (Nabu-apla-usur) ===
{{AP|Nabopolassar}}
{{AP|Nabopolassar}}
Nabopolassar {{-nwrap|r.|626|605}} aproveitando-se da morte de [[Assurbanípal]], em {{AC|627|x}}, e de [[Candalanu]], o rei-títere que governava [[Babilônia (região)|Babilônia]] se declarou rei de Babilônia. O vazio de poder criado por essas mortes, permitiu-lhe fazer crescer suas forças e adotar uma conduta audaciosa, lançando-se, exitosamente, contra as cidades assírias de [[Nipur]] e [[Uruque]]. Essas vitórias aumentaram-lhe o prestígio e o poder, abrindo-lhe o caminho para seu reconhecimento como novo rei de Babilônia (626 a.C.).
Nabopolassar {{-nwrap|r.|626|605}} aproveitando-se da morte de [[Assurbanípal]], em {{AC|627|x}}, e de [[Candalanu]], o rei-títere que governava [[Babilônia (região)|Babilônia]] se declarou rei de Babilônia. O vazio de poder criado por essas mortes, permitiu-lhe fazer crescer suas forças e adotar uma conduta audaciosa, lançando-se, exitosamente, contra as cidades assírias de [[Nipur]] e [[Uruque]]. Essas vitórias aumentaram-lhe o prestígio e o poder, abrindo-lhe o caminho para seu reconhecimento como novo rei de Babilônia (626 a.C.).{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2021}}


Mas os assírios mantiveram seu domínio sobre uma parte considerável do território babilônio e a luta continuou por vários anos. Em {{AC|616|x}}, Nabopolassar conduziu suas tropas ao longo do [[rio Tigre]] e sitiou [[Assur (Assíria)|Assur]], porém viu-se obrigado a desistir, em parte devido ao apoio que os assírios receberam do faraó do [[Antigo Egito|Egito]], [[Psamético I]].
Mas os assírios mantiveram seu domínio sobre uma parte considerável do território babilônio e a luta continuou por vários anos. Em {{AC|616|x}}, Nabopolassar conduziu suas tropas ao longo do [[rio Tigre]] e sitiou [[Assur (Assíria)|Assur]], porém viu-se obrigado a desistir, em parte devido ao apoio que os assírios receberam do faraó do [[Antigo Egito|Egito]], [[Psamético I]].{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2021}}


Foi então que, em {{AC|614|x}}, ele aproximou-se do [[Medos]] (referidos como ''umman-manda'', nas "Crônicas Babilônicas"), um povo aguerrido, cujo poderio de encontrava em pleno processo de expansão. A aliança formalizou-se em Assur (tomada após três investidas), mediante o casamento do príncipe {{lknb|Nabucodonosor|II}}, filho de Nabopolassar, com uma princesa meda, filha do rei [[Ciaxares]], chamada Amueia (segundo Abideno, citado por Eusébio).
Foi então que, em {{AC|614|x}}, ele aproximou-se do [[Medos]] (referidos como ''umman-manda'', nas "Crônicas Babilônicas"), um povo aguerrido, cujo poderio de encontrava em pleno processo de expansão. A aliança formalizou-se em Assur (tomada após três investidas), mediante o casamento do príncipe {{lknb|Nabucodonosor|II}}, filho de Nabopolassar, com uma princesa meda, filha do rei [[Ciaxares]], chamada Amueia (segundo Abideno, citado por Eusébio).{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2021}}


Em {{AC|612|x}}, os aliados convergiram sobre [[Nínive]] e, após um longo cerco, afinal conquistaram a orgulhosa capital da Assíria. A cidade foi devastada e o rei assírio, [[Sinsariscum]], desapareceu entre as chamas ateadas pelos invasores. Seu sucessor, {{lknb|Assurubalite|II}}, ainda tentou resistir em [[Harã]], com o apoio dos egípcios, mas essa cidade também caiu, três anos depois (606 a.C.).
Em {{AC|612|x}}, os aliados convergiram sobre [[Nínive]] e, após um longo cerco, afinal conquistaram a orgulhosa capital da Assíria. A cidade foi devastada e o rei assírio, [[Sinsariscum]], desapareceu entre as chamas ateadas pelos invasores. Seu sucessor, {{lknb|Assurubalite|II}}, ainda tentou resistir em [[Harã]], com o apoio dos egípcios, mas essa cidade também caiu, três anos depois (606 a.C.). Enfermo e já com avançada idade, Nabopolassar deixou esta vida em agosto de {{AC|605|x}}.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2021}}


=== Nabucodonosor II (Nabucudurriusur II) ===
Enfermo e já com avançada idade, Nabopolassar deixou esta vida em agosto de {{AC|605|x}}
{{Artigo principal|Nabucodonosor II}}
O sucessor do rei Nabopolassar, seu filho Nabucodonosor, tentou restaurar a época de [[Hamurábi]]. Reconstruiu a cidade da Babilônia, construiu templos para vários deuses, especialmente o de [[Marduque]], e cercou a cidade com uma enorme muralha. Embora o Segundo Império Babilônico tenha perdurado por menos de um século, o filho de Nabopolassar, {{lknb|Nabucodonosor|II}} {{nwrap|r.|605|{{AC|563|x}}}}, transformou a Babilônia num centro cultural e arquitetônico. As conquistas realizadas pela expansão territorial babilônica fizeram com que Nabucodonosor adquirisse imensas riquezas, o que o possibilitou a realização de grandiosas obras arquitetônicas como o zigurate e os [[Jardins Suspensos da Babilônia]].{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2021}}


==== Jardins Suspensos da Babilônia ====
=== Rei Nabucodonosor II (Nabu-Cudurri-Usur II) ===
Os Jardins Suspensos da Babilônia foram outro grande feito arquitetônico realizado por Nabucodonosor. A obra era composta por seis terraços em forma de andares, sustentados por grandiosas colunas. Cada andar continha um jardim com várias espécies de plantas, sendo importante ressaltar que não existe nenhum vestígio arqueológico da construção, somente relatos escritos. Eles são considerados uma das [[sete maravilhas do mundo antigo]]. As outras seis maravilhas são: as [[Pirâmides do Egito]], o [[Colosso de Rodes]] (estátua na cidade grega de [[Rodes]]), o [[Farol de Alexandria]] ([[Egito]]), a [[Estátua de Zeus em Olímpia]] ([[Grécia Antiga|Grécia]]), o [[Mausoléu de Halicarnasso]] ([[Cária]], cidade grega) e o [[Templo de Ártemis]] em [[Éfeso]], cidade grega.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2021}}
O sucessor do rei Nabopolassar, seu filho Nabucodonosor, tentou restaurar a época de [[Hamurábi]]. Reconstruiu a cidade da Babilônia, construiu templos para vários deuses, especialmente o de [[Marduque]], e cercou a cidade com uma enorme muralha.


Assim, a cidade da Babilônia retomou seu esplendor e tornou-se o maior centro comercial e cultural do Oriente Médio. A beleza da cidade era famosa, por conta dos chamados Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Os jardins foram construídos em terraços superpostos de onde nasciam flores e árvores exóticas.{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2021}}
Embora o Segundo Império Babilônico tenha perdurado por menos de um século, o filho de Nabopolassar, {{lknb|Nabucodonosor|II}} {{nwrap|r.|605|{{AC|563|x}}}}, transformou a Babilônia num centro cultural e arquitetônico.
As conquistas realizadas pela expansão territorial babilônica fizeram com que Nabucodonosor adquirisse imensas riquezas, o que o possibilitou a realização de grandiosas obras arquitetônicas como o zigurate e os [[Jardins Suspensos da Babilônia]].


==== Queda do Reino de Judá ====
'''Os Jardins Suspensos da Babilônia''' foram outro grande feito arquitetônico realizado por Nabucodonosor. A obra era composta por seis terraços em forma de andares, sustentados por grandiosas colunas. Cada andar continha um jardim com várias espécies de plantas, sendo importante ressaltar que não existe nenhum vestígio arqueológico da construção, somente relatos escritos.
Ainda no reinado de Nabucodonosor, o [[reino de Judá]] foi invadido pelos babilônicos. Jerusalém foi invadida, seu rei capturado e o povo hebreu foi levado para a [[Babilônia (cidade)|capital do império]] onde se tornaram escravos. Esse fato ficou conhecido tradicionalmente pelos judeus como “[[Cativeiro da Babilônia]]”:<blockquote>''"... e Jeozadaque foi levado cativo quando o [[Deus|Senhor]] levou em cativeiro Judá e Jerusalém por intermédio de Nabucodonosor"'', no qual os [[judeus]] foram dominados pelos [[caldeus|babilônicos]].<ref>{{Citar bíblia|livro=I Crônicas|capítulo=6|verso=15}}</ref></blockquote>


=== Evil-Merodaque ===
Os Jardins Suspensos são considerados uma das [[sete maravilhas do mundo antigo]]. As outras seis maravilhas são: as [[Pirâmides do Egito]], o [[Colosso de Rodes]] (estátua na cidade grega de Rodes), o [[Farol de Alexandria]] (Egito), a [[Estátua de Zeus em Olímpia]] (Grécia), o [[Mausoléu de Halicarnasso]] (Cária, cidade grega) e o [[Templo de Ártemis]] em Éfeso, cidade grega.
{{Artigo principal|Evil-Merodaque}}

[[Evil-Merodaque]] {{nwrap|r.|562|{{AC|560|x}}}} introduziu seu reinado na Babilônia logo após a morte do seu pai, [[Nabucodonosor II]], em outubro de {{AC|562|x}} O rei Evil-Merodaque não conseguiu o apoio do seu povo e muito menos da elite babilônica devido a suas políticas domésticas que foram consideradas polêmicas. Eram reformas que foram feitas nas políticas de Nabucodonosor II e essas políticas enfureceram o poderoso clero da Babilônia (sacerdotes do deus Marduque).<ref name=":0">{{Citar web |url=https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200001453 |titulo=Evil-merodaque — BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia |acessodata=2021-02-17 |website=wol.jw.org}}</ref>
Assim, a cidade da Babilônia retomou seu esplendor e tornou-se o maior centro comercial e cultural do Oriente Médio. A beleza da cidade era famosa, por conta dos chamados Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Os jardins foram construídos em terraços superpostos de onde nasciam flores e árvores exóticas.

=== Queda do Reino de Judá ===
Ainda no reinado de Nabucodonosor, o [[reino de Judá]] foi invadido pelos babilônicos. Jerusalém foi invadida, seu rei capturado e o povo hebreu foi levado para a [[Babilônia (cidade)|capital do império]] onde se tornaram escravos. Esse fato ficou conhecido tradicionalmente pelos judeus como “[[Cativeiro da Babilônia]]” (comentado no antigo testamento da Bíblia em 1 Crônicas capítulo 6:15) ''"e Jeozadaque foi levado cativo quando o Senhor levou em cativeiro Judá e Jerusalém por intermédio de Nabucodonosor"'', no qual os [[judeus]] foram dominados pelos [[caldeus|babilônicos]].

=== Rei Evil-Merodaque ===
[[Evil-Merodaque]] (r. 562-560 a.C.) introduziu seu reinado na Babilônia logo após a morte do seu pai, [[Nabucodonosor II]], em outubro de {{AC|562|x}} O rei Evil-Merodaque não conseguiu o apoio do seu povo e muito menos da elite babilônica devido a suas políticas domésticas que foram consideradas polêmicas. Eram reformas que foram feitas nas políticas de Nabucodonosor II e essas políticas enfureceram o poderoso clero da Babilônia (sacerdotes do deus Marduque).<ref name=":0">{{Citar web |url=https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200001453 |titulo=Evil-merodaque — BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia |acessodata=2021-02-17 |website=wol.jw.org}}</ref>


Uma das reformas do rei Evil-Merodaque está relatada na Bíblia, no livro de II Reis, capítulo 25, versículo 27 quando Evil-Merodaque libertou o rei [[Joaquim de Judá]] que havia sido preso por seu pai, Nabucodonosor II por atos de revoltas contra a Babilônia "No trigésimo sétimo ano do exílio de Joaquim, rei de Judá, no ano em que Evil-Merodaque (Amel-Marduque no acadiano) se tornou rei da Babilônia, ele tirou Joaquim da prisão, no dia vinte e sete do décimo segundo mês. Ele lhe tratou com bondade e deu-lhe o lugar mais honrado entre os outros reis que estavam com ele na Babilônia. Assim, Joaquim deixou suas vestes de prisão e pelo resto de sua vida comeu à mesa do rei. E diariamente, enquanto viveu, Joaquim recebeu uma pensão do rei".<ref name=":0" />
Uma das reformas do rei Evil-Merodaque está relatada na Bíblia, no livro de II Reis, capítulo 25, versículo 27 quando Evil-Merodaque libertou o rei [[Joaquim de Judá]] que havia sido preso por seu pai, Nabucodonosor II por atos de revoltas contra a Babilônia "No trigésimo sétimo ano do exílio de Joaquim, rei de Judá, no ano em que Evil-Merodaque (Amel-Marduque no acadiano) se tornou rei da Babilônia, ele tirou Joaquim da prisão, no dia vinte e sete do décimo segundo mês. Ele lhe tratou com bondade e deu-lhe o lugar mais honrado entre os outros reis que estavam com ele na Babilônia. Assim, Joaquim deixou suas vestes de prisão e pelo resto de sua vida comeu à mesa do rei. E diariamente, enquanto viveu, Joaquim recebeu uma pensão do rei".<ref name=":0" />
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Evil-Merodaque, por ser de sangue medo-caldeu, consequência do casamento de [[Amitis da Média]] e Nabucodonosor II, enfrentou uma densa migração mediana durante seu reinado, isto porquê os medos achavam que seriam recebidos de braços abertos pelos seus. Era deve do rei Evil-Merodaque, barrar essas imigrações, porém, não houve sucesso e o partido opositor ao reinado de Evil-Merodaque começou a ganhar poder.<ref name=":0" />
Evil-Merodaque, por ser de sangue medo-caldeu, consequência do casamento de [[Amitis da Média]] e Nabucodonosor II, enfrentou uma densa migração mediana durante seu reinado, isto porquê os medos achavam que seriam recebidos de braços abertos pelos seus. Era deve do rei Evil-Merodaque, barrar essas imigrações, porém, não houve sucesso e o partido opositor ao reinado de Evil-Merodaque começou a ganhar poder.<ref name=":0" />


Em 6 de Agosto de {{AC|560|x}}, Nergal-Sarezer ou Neriglissar, cunhado do rei Evil-Merodaque e casado com [[Cassaia]], uma de suas irmãs, reuniu nobres descontentes junto a ele e naquele mesmo dia, destronaram o filho de Nabucodonosor II e o assassinaram brutalmente. Amitis da Média fugiu para o Império Medo, onde seu irmão, o rei [[Astíages]], reinava. Em Babilônia, após uma semana num vácuo de poder, Neriglissar estava instalado como novo rei de Babilônia.<ref name=":0" />
Em {{Dni|6|agosto|560 a.C.|si|lang=br}}, Nergal-Sarezer ou Neriglissar, cunhado do rei Evil-Merodaque e casado com [[Cassaia]], uma de suas irmãs, reuniu nobres descontentes junto a ele e naquele mesmo dia, destronaram o filho de Nabucodonosor II e o assassinaram brutalmente. Amitis da Média fugiu para o Império Medo, onde seu irmão, o rei [[Astíages]], reinava. Em Babilônia, após uma semana num vácuo de poder, Neriglissar estava instalado como novo rei de Babilônia.<ref name=":0" />


=== Rei Neriglissar (Nergal-Shar-Usur) ===
=== Neriglissar (Nergalsarusur) ===
{{Artigo principal|Neriglissar}}
[[Neriglissar]] (r. 560-557 a.C.) introduziu o seu reinado na Babilônia no dia 13 de Agosto de 560 a.C., logo depois de derrubar e assassinar Evil-Merodaque do trono. Neriglissar não é lembrado de muita coisa, uma especulação que existe é de que Neriglissar tenha quebrado a aliança entre Império Neobabilônico e o Império Medo após ter assassinado Evil-Merodaque que possuía sangue medo, mas isto não passa de especulações.<ref>{{Citar web |url=https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200003229 |titulo=Nergal-Sarezer — BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia |acessodata=2021-02-17 |website=wol.jw.org}}</ref>


Neriglissar é lembrado por ter edificado uma palácio ao lado do direito do rio Eufrates e por realizar campanhas militares bem sucedidas contra a [[Reino da Cilícia|Cilícia]], [[Fenícia]], [[Anatólia]] e Ura aproximadamente no seu terceiro ano de reinado (558-557 a.C.). [[Apuassu]], o rei de Pirindu, reuniu um grande exército e partiu para saquear e saquear a Síria. Neriglissar reuniu seu exército e marchou para Hume [Cilícia] para se opor a ele. Antes de sua chegada, Apuassu colocou o exército e a cavalaria que ele havia organizado em uma emboscada no vale da montanha. Quando Neriglissar os alcançou, ele infligiu uma derrota sobre eles e conquistou o grande exército. O exército e numerosos cavalos que ele capturou. Ele perseguiu Apuassu ou uma distância de quinze horas duplas e marchou através de montanhas difíceis, onde os homens devem andar em fila indiana, até Ura, a cidade real.<ref name=":1">{{Citar web |url=https://www.livius.org/articles/person/neriglissar/ |titulo=Neriglissar - Livius |acessodata=2021-02-17 |website=www.livius.org}}</ref>
[[Neriglissar]] (r. 560-557 a.C.) introduziu o seu reinado na Babilônia no dia 13 de Agosto de 560 a.C., logo depois de derrubar e assassinar Evil-Merodaque do trono. Neriglissar não é lembrado de muita coisa, uma especulação que existe é de que Neriglissar tenha quebrado a aliança entre Império Neobabilônico e o Império Medo após ter assassinado Evil-Merodaque que possuía sangue medo, mas isto não passa de especulações.


Ele o capturou, agarrou Ura e o demitiu. Quando ele marchou por uma distância de seis horas duplas através de montanhas íngremes e passagens difíceis, de Ura para Quirsi - a cidade real de seu antepassado - ele capturou Quirsi, a cidade poderosa, sua metrópole real. Ele queimou seu muro, seu palácio e seu povo. Pitusu, uma terra no meio do oceano, e seis mil tropas de combate que estavam estacionadas nele capturaram por meio de barcos. Ele destruiu sua cidade e capturou seu povo. Nesse mesmo ano, desde a passagem de Sallune até a fronteira de Lídia, ele iniciou incêndios. Apuassu fugiu, então ele não o capturou.<ref name=":1" />
Neriglissar é lembrado por ter edificado uma palácio ao lado do direito do rio Eufrates e por realizar campanhas militares bem sucedidas contra a [[Reino da Cilícia|Cilícia]], Fenícia Anatólia e Ura aproximadamente no seu terceiro ano de reinado (558-557 a.C.).


Mas apesar de seu sucesso, o reinado de Neriglissar foi breve. Os motivos da morte não são muito bem conhecidos, mas sabe-se que ele foi sucedido por seu filho Labasi-Marduque em {{AC|556|x}}.<ref name=":1" />
[[Apuassu]], o rei de Pirindu, reuniu um grande exército e partiu para saquear e saquear a Síria. Neriglissar reuniu seu exército e marchou para Hume [<nowiki/>[[Reino da Cilícia|Cilícia]]] para se opor a ele.

Antes de sua chegada, Apuassu colocou o exército e a cavalaria que ele havia organizado em uma emboscada no vale da montanha. Quando Neriglissar os alcançou, ele infligiu uma derrota sobre eles e conquistou o grande exército. O exército e numerosos cavalos que ele capturou. Ele perseguiu Apuassu ou uma distância de quinze horas duplas e marchou através de montanhas difíceis, onde os homens devem andar em fila indiana, até Ura, a cidade real.

Ele o capturou, agarrou Ura e o demitiu. Quando ele marchou por uma distância de seis horas duplas através de montanhas íngremes e passagens difíceis, de Ura para Quirsi (''Kirši'') - a cidade real de seu antepassado - ele capturou Quirsi, a cidade poderosa, sua metrópole real. Ele queimou seu muro, seu palácio e seu povo.

Pitusu, uma terra no meio do oceano, e seis mil tropas de combate que estavam estacionadas nele capturaram por meio de barcos. Ele destruiu sua cidade e capturou seu povo.

Nesse mesmo ano, desde a passagem de Sallune até a fronteira de Lídia, ele iniciou incêndios. Apuassu fugiu, então ele não o capturou.

Mas apesar de seu sucesso, o reinado de Neriglissar foi breve. Os motivos da morte não são muito bem conhecidos, mas sabe-se que ele foi sucedido por seu filho Labasi-Marduque em {{AC|556|x}}


=== Rei Labasi-Marduque ===
=== Rei Labasi-Marduque ===
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Foi apenas no mês de Junho que a morte de Labasi-Marduque foi declarada e Nabonido assumiu o trono oficialmente, por esse motivo, Beroso o atribui 2 meses de reinado.
Foi apenas no mês de Junho que a morte de Labasi-Marduque foi declarada e Nabonido assumiu o trono oficialmente, por esse motivo, Beroso o atribui 2 meses de reinado.


=== Rei Nabonido ===
=== Nabonido ===
{{Artigo principal|Nabonido}}
[[Nabonido]] (r. 555-539 a.C.) subiu ao trono real após liderar uma conspiração contra Labasi-Marduque, que era o atual Rei de Babilônia. Nabonido não era um bom governante pois não tinha experiência e nem fora preparado para isso, dessa forma, [[Nitócris da Babilônia|Nitócris]], por ter sangue real e ter um melhor preparo, foi a segunda Rainha-Reinante de Babilônia, atrás apenas de [[Semíramis]]. Nitócris ordenou a construção de uma passagem artificial no centro da cidade de Babilônia, para o melhor trajeto de barcos comerciais que passavam pela grande capital do mundo da época. Nabonido, influenciado pela classe militar, realizou uma nova campanha na Cilícia, como o seu predecessor, Neriglissar.
[[Nabonido]] {{-nwrap|r.|555|539}} subiu ao trono real após liderar uma conspiração contra Labasi-Marduque, que era o atual Rei de Babilônia. Nabonido não era um bom governante pois não tinha experiência e nem fora preparado para isso, dessa forma, [[Nitócris da Babilônia|Nitócris]], por ter sangue real e ter um melhor preparo, foi a segunda rainha-reinante de Babilônia, atrás apenas de [[Semíramis]]. Nitócris ordenou a construção de uma passagem artificial no centro da cidade de Babilônia, para o melhor trajeto de barcos comerciais que passavam pela grande capital do mundo da época. Nabonido, influenciado pela classe militar, realizou uma nova campanha na Cilícia, como o seu predecessor, Neriglissar.<ref>{{Citar web |url=https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200003156 |titulo=Nabonido — BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia |acessodata=2021-02-17 |website=wol.jw.org}}</ref>


Nabonido logo começou suas reformas religiosas no reino de Babilônia. Ele criou a tríade, uma espécie de trindade entre os deuses, Sim, Samas e Istar (Lua, Sol e Vênus). Consequentemente, a Babilônia, teoricamente pertencendo a Marduque, houve um forte conflito religioso entre o rei Nabonido e seus sacerdotes, de tal forma, que a classe sacerdotal passou a deixar de apoiar Nabonido aos poucos. Dois anos após estes acontecimentos, um golpe no Estado fantoche do reino da Cilícia fez com que Nabonido marcha-se com seu exército para a Cilícia a fim de sufocar a revolta. O objetivo foi feito com sucesso e Nabonido voltou a ser reconhecido, pois, o partido militar apoiou seu reinado até o final. Nabonido já era homem de idade, e não iria conseguir realizar suas responsabilidades como monarca daquela forma, pois, ele havia cerca de 65 anos na época. Por isso, Nabonido, colocou seu filho mais velho, Belsazar, como co-regente na capital aproximadamente em 553 a.C. e juntamente com todo o seu exército enquanto Nabonido se isolou em Taima. Mais 2 anos se passaram desde que Belsazar assumiu o trono, Nabonido, já descansado em Taima, recebeu a notícia de que sua mãe, uma sacerdotisa Assíria, havia morrido. Nabonido viajou de Taima para Sipar onde reparou o templo de Samas, também foi para Ur, onde reparou o tão conhecido, Zigurate de Ur.
Nabonido logo começou suas reformas religiosas no reino de Babilônia. Ele criou a tríade, uma espécie de trindade entre os deuses, Sim, Samas e Istar (Lua, Sol e Vênus). Consequentemente, a Babilônia, teoricamente pertencendo a Marduque, houve um forte conflito religioso entre o rei Nabonido e seus sacerdotes, de tal forma, que a classe sacerdotal passou a deixar de apoiar Nabonido aos poucos. Dois anos após estes acontecimentos, um golpe no Estado fantoche do reino da Cilícia fez com que Nabonido marcha-se com seu exército para a Cilícia a fim de sufocar a revolta. O objetivo foi feito com sucesso e Nabonido voltou a ser reconhecido, pois, o partido militar apoiou seu reinado até o final. Nabonido já era homem de idade, e não iria conseguir realizar suas responsabilidades como monarca daquela forma, pois, ele havia cerca de 65 anos na época. Por isso, Nabonido, colocou seu filho mais velho, Belsazar, como co-regente na capital aproximadamente em 553 a.C. e juntamente com todo o seu exército enquanto Nabonido se isolou em Taima. Mais 2 anos se passaram desde que Belsazar assumiu o trono, Nabonido, já descansado em Taima, recebeu a notícia de que sua mãe, uma sacerdotisa Assíria, havia morrido. Nabonido viajou de Taima para Sipar onde reparou o templo de Samas, também foi para Ur, onde reparou o tão conhecido, Zigurate de Ur.
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No seu último ano de reinado, Nabonido guerreou contra os persas e foi mal sucedido na conhecida Batalha de Opis. Nabonido também realizou um acordo militar com os egípcios, porém, Ciro II dominou a região litorânea o que impossibilitou o contato entre babilônicos e egípcios. Após Ciro II, rei da Pérsia, ter conquistado Babilônia e assassinado Belsazar, que era o co-regente, Nabonido retornou a Babilônia e lá se rendeu, ele foi deportado e se tornou uma governador de uma das provìncias do Império Persa.
No seu último ano de reinado, Nabonido guerreou contra os persas e foi mal sucedido na conhecida Batalha de Opis. Nabonido também realizou um acordo militar com os egípcios, porém, Ciro II dominou a região litorânea o que impossibilitou o contato entre babilônicos e egípcios. Após Ciro II, rei da Pérsia, ter conquistado Babilônia e assassinado Belsazar, que era o co-regente, Nabonido retornou a Babilônia e lá se rendeu, ele foi deportado e se tornou uma governador de uma das provìncias do Império Persa.


== Belsazar ==
=== Belsazar ===
'''Belsazar, rei de Babilônia'''. O assombroso relato da descoberta feita por orientalistas modernos a respeito da identidade de Belsazar. O fato de que o nome deste rei não se tivesse encontrado em fontes antigas alheias à Bíblia, enquanto Nabonido sempre aparecia como o último rei de Babilônia antes da conquista dos persas, usava-se como um dos mais poderosos argumentos na contramão da historicidade do [[Livro de Daniel]]. Mas as descobertas efetuadas desde meados do século XIX refutaram a todos os críticos de Daniel neste respeito e têm vindicado de maneira impressionante o caráter fidedigno do relato histórico do profeta com respeito a Belsazar.
O fato de que o nome de Belsazar não se tivesse encontrado em fontes antigas alheias à Bíblia, enquanto Nabonido sempre aparecia como o último rei de Babilônia antes da conquista dos persas, usava-se como um dos mais poderosos argumentos na contramão da historicidade do [[Livro de Daniel]]. Mas as descobertas efetuadas desde meados do século XIX refutaram a todos os críticos de Daniel neste respeito e têm vindicado de maneira impressionante o caráter fidedigno do relato histórico do profeta com respeito a Belsazar.


== Declínio ==
== Declínio ==
{{AP|Queda da Babilónia}}
{{AP|Queda da Babilónia}}
Os refinamentos da cidade da Babilônia transformaram-na numa cidade de corrupção e, pouco a pouco, suas defesas militares foram enfraquecidas.
Os refinamentos da cidade da Babilônia transformaram-na numa cidade de corrupção e, pouco a pouco, suas defesas militares foram enfraquecidas. Em {{AC|539|x}}, [[Ciro II]], rei da Pérsia, aproveitou-se da decadência moral e militar da grande cidade e atacou-a, tornando impossível qualquer resistência. Os exércitos persas entraram na cidade sitiada sob os aplausos do povo, fato incomum na Antiguidade. A corrupção e as imoralidades vividas na corte de [[Nabonido]], seu último rei, provocaram o descontentamento do povo, o que facilitou ainda mais a [[Império Aquemênida|conquista persa]]. Era o fim de mais um império babilônico.

Em {{AC|539|x}}, [[Ciro II]], rei da Pérsia, aproveitou-se da decadência moral e militar da grande cidade e atacou-a, tornando impossível qualquer resistência. Os exércitos persas entraram na cidade sitiada sob os aplausos do povo, fato incomum na Antiguidade. A corrupção e as imoralidades vividas na corte de [[Nabonido]], seu último rei, provocaram o descontentamento do povo, o que facilitou ainda mais a [[Império Aquemênida|conquista persa]]. Era o fim de mais um império babilônico.


== Ver também ==
== Ver também ==
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{{Referências}}
{{Referências}}
*
*Federico A. Arborio Mella (19??). ''DOS SUMERIOS A BABEL''. A MESOPOTAMIA: HISTORIA, CIVILIZAÇAO, CULTURA. [S.l.]: Hemus. 9788528902273
*
*https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200001453
*?
*https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200003229
*http://www.livius.org/articles/person/neriglissar/?
*http://www.livius.org/articles/person/labasi-Marduque/?
*http://www.livius.org/articles/person/labasi-Marduque/?
*
*https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200003156
*http://www.livius.org/articles/person/nabonidus/?
*http://www.livius.org/articles/person/nabonidus/?


== Bibliografia ==

* {{Citar livro|título=Dos Sumérios a Babel. A Mesopotâmia: História, Civilização, Cultura.|ultimo=Mella|primeiro=Federico A. Arborio|editora=Hemus|ano=2001|local=São Paulo|isbn=978-85-289-0227-3|ref=harv}}
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Revisão das 13h12min de 17 de fevereiro de 2021

Império Neobabilônico

Segundo Império Babilônico
Caldeia

626 — 539 a.C. 

Oriente Médio no século VI a.C. com Império Neobabilônico em vermelho
Região
Capital Babilônia
Países atuais

Línguas oficiais Acadiano
Religião Mitologia acadiana

Rei
• 626–605 a.C.  Nabopolassar
• 556–539 a.C.  Nabonido

Período histórico Idade do Ferro
• 626  Independência da Babilônia
• 539 a.C.  Conquista pelo Império Aquemênida

O Império Neobabilônico, também conhecido como Segundo Império Babilônico (português brasileiro) ou Segundo Império Babilónico (português europeu), e historicamente conhecido como Império Caldeu é a denominação para uma época de 626 a.C. a 539 a.C.,em que os caldeus dominaram a região, neste tempo governou Nabucodonosor II e outros até sua conquista pelo Império Aquemênida.

História

A formação do Segundo Império Babilônico ocorreu no ano de 612 a.C..[1] Após os caldeus terem derrotado os assírios, a Babilônia passou a ser dominada pelos caldeus. Com a morte do rei assírio Assurbanípal (r. 690–627 a.C.), o governante da Babilônia, Nabopolassar (r. 625–605 a.C.), reafirmou alianças com os povos medos e concretizou a derrota Assíria.[2]

As primeiras cidades que os caldeus tomaram após a derrota dos assírios foram Assur e Nínive (cidade que tinha a maior biblioteca da Antiguidade). Com a destruição de Nínive, surgiu o intitulado Segundo Império Babilônico pois foi o segundo império, após a queda do Império Paleobabilônico que teve como capital, a cidade de Babilônia. Este foi de 604 a 561 a.C..[2]

Reis neobabilônicos

Nabopolassar (Nabu-apla-usur)

Ver artigo principal: Nabopolassar

Nabopolassar (r. 626–605 a.C.) aproveitando-se da morte de Assurbanípal, em 627 a.C., e de Candalanu, o rei-títere que governava Babilônia se declarou rei de Babilônia. O vazio de poder criado por essas mortes, permitiu-lhe fazer crescer suas forças e adotar uma conduta audaciosa, lançando-se, exitosamente, contra as cidades assírias de Nipur e Uruque. Essas vitórias aumentaram-lhe o prestígio e o poder, abrindo-lhe o caminho para seu reconhecimento como novo rei de Babilônia (626 a.C.).[carece de fontes?]

Mas os assírios mantiveram seu domínio sobre uma parte considerável do território babilônio e a luta continuou por vários anos. Em 616 a.C., Nabopolassar conduziu suas tropas ao longo do rio Tigre e sitiou Assur, porém viu-se obrigado a desistir, em parte devido ao apoio que os assírios receberam do faraó do Egito, Psamético I.[carece de fontes?]

Foi então que, em 614 a.C., ele aproximou-se do Medos (referidos como umman-manda, nas "Crônicas Babilônicas"), um povo aguerrido, cujo poderio de encontrava em pleno processo de expansão. A aliança formalizou-se em Assur (tomada após três investidas), mediante o casamento do príncipe Nabucodonosor II, filho de Nabopolassar, com uma princesa meda, filha do rei Ciaxares, chamada Amueia (segundo Abideno, citado por Eusébio).[carece de fontes?]

Em 612 a.C., os aliados convergiram sobre Nínive e, após um longo cerco, afinal conquistaram a orgulhosa capital da Assíria. A cidade foi devastada e o rei assírio, Sinsariscum, desapareceu entre as chamas ateadas pelos invasores. Seu sucessor, Assurubalite II, ainda tentou resistir em Harã, com o apoio dos egípcios, mas essa cidade também caiu, três anos depois (606 a.C.). Enfermo e já com avançada idade, Nabopolassar deixou esta vida em agosto de 605 a.C..[carece de fontes?]

Nabucodonosor II (Nabucudurriusur II)

Ver artigo principal: Nabucodonosor II

O sucessor do rei Nabopolassar, seu filho Nabucodonosor, tentou restaurar a época de Hamurábi. Reconstruiu a cidade da Babilônia, construiu templos para vários deuses, especialmente o de Marduque, e cercou a cidade com uma enorme muralha. Embora o Segundo Império Babilônico tenha perdurado por menos de um século, o filho de Nabopolassar, Nabucodonosor II (r. 605–563 a.C.), transformou a Babilônia num centro cultural e arquitetônico. As conquistas realizadas pela expansão territorial babilônica fizeram com que Nabucodonosor adquirisse imensas riquezas, o que o possibilitou a realização de grandiosas obras arquitetônicas como o zigurate e os Jardins Suspensos da Babilônia.[carece de fontes?]

Jardins Suspensos da Babilônia

Os Jardins Suspensos da Babilônia foram outro grande feito arquitetônico realizado por Nabucodonosor. A obra era composta por seis terraços em forma de andares, sustentados por grandiosas colunas. Cada andar continha um jardim com várias espécies de plantas, sendo importante ressaltar que não existe nenhum vestígio arqueológico da construção, somente relatos escritos. Eles são considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo. As outras seis maravilhas são: as Pirâmides do Egito, o Colosso de Rodes (estátua na cidade grega de Rodes), o Farol de Alexandria (Egito), a Estátua de Zeus em Olímpia (Grécia), o Mausoléu de Halicarnasso (Cária, cidade grega) e o Templo de Ártemis em Éfeso, cidade grega.[carece de fontes?]

Assim, a cidade da Babilônia retomou seu esplendor e tornou-se o maior centro comercial e cultural do Oriente Médio. A beleza da cidade era famosa, por conta dos chamados Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Os jardins foram construídos em terraços superpostos de onde nasciam flores e árvores exóticas.[carece de fontes?]

Queda do Reino de Judá

Ainda no reinado de Nabucodonosor, o reino de Judá foi invadido pelos babilônicos. Jerusalém foi invadida, seu rei capturado e o povo hebreu foi levado para a capital do império onde se tornaram escravos. Esse fato ficou conhecido tradicionalmente pelos judeus como “Cativeiro da Babilônia”:

"... e Jeozadaque foi levado cativo quando o Senhor levou em cativeiro Judá e Jerusalém por intermédio de Nabucodonosor", no qual os judeus foram dominados pelos babilônicos.[3]

Evil-Merodaque

Ver artigo principal: Evil-Merodaque

Evil-Merodaque (r. 562–560 a.C.) introduziu seu reinado na Babilônia logo após a morte do seu pai, Nabucodonosor II, em outubro de 562 a.C. O rei Evil-Merodaque não conseguiu o apoio do seu povo e muito menos da elite babilônica devido a suas políticas domésticas que foram consideradas polêmicas. Eram reformas que foram feitas nas políticas de Nabucodonosor II e essas políticas enfureceram o poderoso clero da Babilônia (sacerdotes do deus Marduque).[4]

Uma das reformas do rei Evil-Merodaque está relatada na Bíblia, no livro de II Reis, capítulo 25, versículo 27 quando Evil-Merodaque libertou o rei Joaquim de Judá que havia sido preso por seu pai, Nabucodonosor II por atos de revoltas contra a Babilônia "No trigésimo sétimo ano do exílio de Joaquim, rei de Judá, no ano em que Evil-Merodaque (Amel-Marduque no acadiano) se tornou rei da Babilônia, ele tirou Joaquim da prisão, no dia vinte e sete do décimo segundo mês. Ele lhe tratou com bondade e deu-lhe o lugar mais honrado entre os outros reis que estavam com ele na Babilônia. Assim, Joaquim deixou suas vestes de prisão e pelo resto de sua vida comeu à mesa do rei. E diariamente, enquanto viveu, Joaquim recebeu uma pensão do rei".[4]

Evil-Merodaque, por ser de sangue medo-caldeu, consequência do casamento de Amitis da Média e Nabucodonosor II, enfrentou uma densa migração mediana durante seu reinado, isto porquê os medos achavam que seriam recebidos de braços abertos pelos seus. Era deve do rei Evil-Merodaque, barrar essas imigrações, porém, não houve sucesso e o partido opositor ao reinado de Evil-Merodaque começou a ganhar poder.[4]

Em 6 de agosto de 560 a.C., Nergal-Sarezer ou Neriglissar, cunhado do rei Evil-Merodaque e casado com Cassaia, uma de suas irmãs, reuniu nobres descontentes junto a ele e naquele mesmo dia, destronaram o filho de Nabucodonosor II e o assassinaram brutalmente. Amitis da Média fugiu para o Império Medo, onde seu irmão, o rei Astíages, reinava. Em Babilônia, após uma semana num vácuo de poder, Neriglissar estava instalado como novo rei de Babilônia.[4]

Neriglissar (Nergalsarusur)

Ver artigo principal: Neriglissar

Neriglissar (r. 560-557 a.C.) introduziu o seu reinado na Babilônia no dia 13 de Agosto de 560 a.C., logo depois de derrubar e assassinar Evil-Merodaque do trono. Neriglissar não é lembrado de muita coisa, uma especulação que existe é de que Neriglissar tenha quebrado a aliança entre Império Neobabilônico e o Império Medo após ter assassinado Evil-Merodaque que possuía sangue medo, mas isto não passa de especulações.[5]

Neriglissar é lembrado por ter edificado uma palácio ao lado do direito do rio Eufrates e por realizar campanhas militares bem sucedidas contra a Cilícia, Fenícia, Anatólia e Ura aproximadamente no seu terceiro ano de reinado (558-557 a.C.). Apuassu, o rei de Pirindu, reuniu um grande exército e partiu para saquear e saquear a Síria. Neriglissar reuniu seu exército e marchou para Hume [Cilícia] para se opor a ele. Antes de sua chegada, Apuassu colocou o exército e a cavalaria que ele havia organizado em uma emboscada no vale da montanha. Quando Neriglissar os alcançou, ele infligiu uma derrota sobre eles e conquistou o grande exército. O exército e numerosos cavalos que ele capturou. Ele perseguiu Apuassu ou uma distância de quinze horas duplas e marchou através de montanhas difíceis, onde os homens devem andar em fila indiana, até Ura, a cidade real.[6]

Ele o capturou, agarrou Ura e o demitiu. Quando ele marchou por uma distância de seis horas duplas através de montanhas íngremes e passagens difíceis, de Ura para Quirsi - a cidade real de seu antepassado - ele capturou Quirsi, a cidade poderosa, sua metrópole real. Ele queimou seu muro, seu palácio e seu povo. Pitusu, uma terra no meio do oceano, e seis mil tropas de combate que estavam estacionadas nele capturaram por meio de barcos. Ele destruiu sua cidade e capturou seu povo. Nesse mesmo ano, desde a passagem de Sallune até a fronteira de Lídia, ele iniciou incêndios. Apuassu fugiu, então ele não o capturou.[6]

Mas apesar de seu sucesso, o reinado de Neriglissar foi breve. Os motivos da morte não são muito bem conhecidos, mas sabe-se que ele foi sucedido por seu filho Labasi-Marduque em 556 a.C..[6]

Rei Labasi-Marduque

Labasi-Marduque ascendeu ao trono babilônico no ano de 556 a.C., após a morte de seu pai, o rei Neriglissar. Labasi-Marduque foi coroado em Maio de 556 a.C porém seu reinado foi breve. O sacerdote Beroso que escreveu 3 livros da história da Babilônia afirmou que Labasi-Marduque foi deposto pelos sacerdotes de Marduque devido a suas "tendências a se endireitar ao caminho do mal".

Acredita-se que a mãe do chanceler Nabonido, foi quem organizou a conspiração contra o rei Labasi-Marduque mas devemos lembrar que existem outras teorias de que Belsazar, filho de Nabonido, foi o verdadeiro responsável por tirar Labasi-Marduque do trono e colocar a coroa na cabeça de Nabonido, a versão mais aceita é que Labasi-Marduque teve a garganta cortada por Nabonido numa conspiração palaciana liderada pelo mesmo.

Foi apenas no mês de Junho que a morte de Labasi-Marduque foi declarada e Nabonido assumiu o trono oficialmente, por esse motivo, Beroso o atribui 2 meses de reinado.

Nabonido

Ver artigo principal: Nabonido

Nabonido (r. 555–539 a.C.) subiu ao trono real após liderar uma conspiração contra Labasi-Marduque, que era o atual Rei de Babilônia. Nabonido não era um bom governante pois não tinha experiência e nem fora preparado para isso, dessa forma, Nitócris, por ter sangue real e ter um melhor preparo, foi a segunda rainha-reinante de Babilônia, atrás apenas de Semíramis. Nitócris ordenou a construção de uma passagem artificial no centro da cidade de Babilônia, para o melhor trajeto de barcos comerciais que passavam pela grande capital do mundo da época. Nabonido, influenciado pela classe militar, realizou uma nova campanha na Cilícia, como o seu predecessor, Neriglissar.[7]

Nabonido logo começou suas reformas religiosas no reino de Babilônia. Ele criou a tríade, uma espécie de trindade entre os deuses, Sim, Samas e Istar (Lua, Sol e Vênus). Consequentemente, a Babilônia, teoricamente pertencendo a Marduque, houve um forte conflito religioso entre o rei Nabonido e seus sacerdotes, de tal forma, que a classe sacerdotal passou a deixar de apoiar Nabonido aos poucos. Dois anos após estes acontecimentos, um golpe no Estado fantoche do reino da Cilícia fez com que Nabonido marcha-se com seu exército para a Cilícia a fim de sufocar a revolta. O objetivo foi feito com sucesso e Nabonido voltou a ser reconhecido, pois, o partido militar apoiou seu reinado até o final. Nabonido já era homem de idade, e não iria conseguir realizar suas responsabilidades como monarca daquela forma, pois, ele havia cerca de 65 anos na época. Por isso, Nabonido, colocou seu filho mais velho, Belsazar, como co-regente na capital aproximadamente em 553 a.C. e juntamente com todo o seu exército enquanto Nabonido se isolou em Taima. Mais 2 anos se passaram desde que Belsazar assumiu o trono, Nabonido, já descansado em Taima, recebeu a notícia de que sua mãe, uma sacerdotisa Assíria, havia morrido. Nabonido viajou de Taima para Sipar onde reparou o templo de Samas, também foi para Ur, onde reparou o tão conhecido, Zigurate de Ur.

Durante seus últimos anos de reinado, Nabonido vendo a oportunidade de tomar terras da média para reformar templos que foram destruídos, apoiou o Rei Ciro II da Pérsia na revolta contra o seu suserano, o rei Astíages. Nitócris era a mais sábia, e, vendo que o Império dos Medos, por ser grande, poderia tentar se expandir, e lembrando do destino de Nínive, destruída pelos medos, reformou Babilônia, para se preparar para a defesa.

No seu último ano de reinado, Nabonido guerreou contra os persas e foi mal sucedido na conhecida Batalha de Opis. Nabonido também realizou um acordo militar com os egípcios, porém, Ciro II dominou a região litorânea o que impossibilitou o contato entre babilônicos e egípcios. Após Ciro II, rei da Pérsia, ter conquistado Babilônia e assassinado Belsazar, que era o co-regente, Nabonido retornou a Babilônia e lá se rendeu, ele foi deportado e se tornou uma governador de uma das provìncias do Império Persa.

Belsazar

O fato de que o nome de Belsazar não se tivesse encontrado em fontes antigas alheias à Bíblia, enquanto Nabonido sempre aparecia como o último rei de Babilônia antes da conquista dos persas, usava-se como um dos mais poderosos argumentos na contramão da historicidade do Livro de Daniel. Mas as descobertas efetuadas desde meados do século XIX refutaram a todos os críticos de Daniel neste respeito e têm vindicado de maneira impressionante o caráter fidedigno do relato histórico do profeta com respeito a Belsazar.

Declínio

Ver artigo principal: Queda da Babilónia

Os refinamentos da cidade da Babilônia transformaram-na numa cidade de corrupção e, pouco a pouco, suas defesas militares foram enfraquecidas. Em 539 a.C., Ciro II, rei da Pérsia, aproveitou-se da decadência moral e militar da grande cidade e atacou-a, tornando impossível qualquer resistência. Os exércitos persas entraram na cidade sitiada sob os aplausos do povo, fato incomum na Antiguidade. A corrupção e as imoralidades vividas na corte de Nabonido, seu último rei, provocaram o descontentamento do povo, o que facilitou ainda mais a conquista persa. Era o fim de mais um império babilônico.

Ver também

Referências

  1. A Companion to Assyria : page 192
  2. a b Mella 19??.
  3. I Crônicas 6:15
  4. a b c d «Evil-merodaque — BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia». wol.jw.org. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  5. «Nergal-Sarezer — BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia». wol.jw.org. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  6. a b c «Neriglissar - Livius». www.livius.org. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  7. «Nabonido — BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia». wol.jw.org. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 

Bibliografia

  • Mella, Federico A. Arborio (2001). Dos Sumérios a Babel. A Mesopotâmia: História, Civilização, Cultura. São Paulo: Hemus. ISBN 978-85-289-0227-3 
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