Hygino Corsetti: diferenças entre revisões

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'''Hygino Caetano Corsetti''' ([[Caxias do Sul]], 26 de fevereiro de 1919 — Rio de Janeiro, 25 de abril de 2004) foi um [[militar]] e [[político]] [[brasil]]eiro. Foi [[Ministério das Comunicações|Ministro das Comunicações]] durante o governo do presidente [[Emílio Garrastazu Médici|Emílio Médici]], entre 1969 e 1974.<ref name=":0">{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/higino-caetano-corsetti |titulo=HIGINO CAETANO CORSETTI |acessodata=2021-09-24 |website=Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) |publicado=Fundação Getúlio Vargas}}</ref>
'''Hygino Caetano Corsetti''' ([[Caxias do Sul]], {{dni|||1919|si}} – {{morte|25|4|2004}}) foi um [[político]] [[brasil]]eiro.


== Biografia ==
Foi ministro das Comunicações no governo [[Emílio Garrastazu Médici]], de 30 de outubro de 1969 a 15 de março de 1974. Era oficial do exército e engenheiro militar, tendo feito carreira nas comunicações, cujo desenvolviemnto, levou a separá-la como uma nova arma. Graças à sólida formação técnica, no Brasil e no exterior, foi o primeiro comandante do curso de comunicações da AMAN(Resende,RJ) em 1960 e também da Escola de Comunicações(RJ-RJ) do Exército Brasileiro, que hoje leva seu nome.
Hygino nasceu em Caxias do Sul, na região serrana do estado do Rio Grande do Sul, em 26 de fevereiro de 1919. De uma família de ascendência italiana, frequentou o [[Colégio La Salle Carmo|Colégio Nossa Senhora do Carmo]], em sua cidade natal, e o [[Colégio Estadual Júlio de Castilhos|Colégio Júlio de Castilhos]], em Porto Alegre.<ref name=":0" /> Em 1939, ingressou na [[Escola Militar do Realengo]].<ref name=":0" /> Em 1945, durante a [[Segunda Guerra Mundial]], comandou a 14ª Companhia Independente de Transmissão, em Natal.<ref name=":0" /> Em 1946, concluiu o curso da [[Escola de Comunicações|Escola de Comunicações do Exército Brasileiro]]. Posteriormente foi instrutor na [[Academia Militar das Agulhas Negras]] (AMAN), em [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]].<ref name=":0" /> Promovido a major em setembro de 1952, foi instrutor-chefe do curso de eletricidade e eletrônica da Escola de Comunicações, e organizou o curso de comunicações da AMAN, criado em 1956.<ref name=":0" />
Como ministro teve a seu cargo o implemento das redes de telecomunicações que integraram o Brasil, primeiro em microondas e depois via satélite. Um esforço estatal significativo que demandara a criação de uma nova empresa: a Embratel em 1965. Criou-se uma realidade toda nova, vista hoje das transações bancárias à ligação DDD, passando pelas redes nacionais de rádio e TV.
Um dos grandes eventos das telecomunicações na sua gestão foi o início das transmissões em cores em fevereiro de [[1972]], com a transmissão da [[Festa da Uva]] daquele ano com a presença do presidente da República.


Com a posse do presidente Emílio Médici, em outubro de 1969, Hygino foi nomeado como Ministro das Comunicações. Entre as realizações de sua administração, destacaram-se a implantação do sistema de [[discagem direta a distância]] (DDD) e o início das transmissões de TV em cores em fevereiro de 1972, com a transmissão da Festa da Uva daquele ano. Em sua gestão, também foi criada a [[Telecomunicações Brasileiras S.A.|Telebrás]], a empresa estatal que deteve o monopólio da telefonia no Brasil até 1998. Deixou o Ministério das Comunicações em março de 1974, na ocasião do fim do mandato de Emílio Médici.<ref name=":0" />
Morreu em 25 de abril de 2004, aos 85 anos.<ref>[http://www.sinditelebrasil.org.br/sala-de-imprensa/artigos?start=30 Faleceu Hygino Corsetti, ex-Ministro das Comunicações]</ref>

Após a sua saída do Ministério das Comunicações, foi presidente do conselho diretor da multinacional [[NEC Brasil]], cargo no qual ficou até 1980. Em agosto de 1977, em entrevista ao ''[[Jornal do Brasil]]'', defendeu o fim do [[bipartidarismo]] criado em outubro de 1965 pelo [[Ato Institucional n.º 2|Ato Institucional nº. 2]].<ref name=":0" /> Em 1980, foi presidente do conselho de administração da [[Palfinger|Madal]] (atual Palfinger), uma empresa fabricante de guindates e empilhadeiras sediada em Caxias do Sul.<ref name=":0" />

Faleceu no [[Rio de Janeiro]], em 25 de abril de 2004, aos 85 anos.<ref>{{citar web |url=https://www.sinditelebrasil.org.br/sala-de-imprensa/artigos?start=30 |titulo=Faleceu Hygino Corsetti, ex-Ministro das Comunicações |data=05.05.2004 |acessodata=24.09.2021 |website=Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTeleBrasil) |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160430004443/https://www.sinditelebrasil.org.br/sala-de-imprensa/artigos?start=30 |arquivodata=30.04.2016 |urlmorta=yes}}</ref>

== Legado ==
Em homenagem póstuma, por meio da Portaria nº 254, de 12 de maio de 2006, a Escola de Comunicações do Exército Brasileiro, sediada no Rio de Janeiro, foi renomeada como Escola de Comunicações Coronel Hygino Corsetti.<ref>{{citar web |url=https://escom.eb.mil.br/historico |titulo=Histórico |acessodata=24.09.2021 |website=Exército Brasileiro}}</ref>


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[[Categoria:Ministros do Governo Médici]]
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Revisão das 13h52min de 24 de setembro de 2021

Hygino Corsetti
Hygino Corsetti
Nascimento 26 de fevereiro de 1919
Caxias do Sul
Morte 25 de abril de 2004
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Ocupação político

Hygino Caetano Corsetti (Caxias do Sul, 26 de fevereiro de 1919 — Rio de Janeiro, 25 de abril de 2004) foi um militar e político brasileiro. Foi Ministro das Comunicações durante o governo do presidente Emílio Médici, entre 1969 e 1974.[1]

Biografia

Hygino nasceu em Caxias do Sul, na região serrana do estado do Rio Grande do Sul, em 26 de fevereiro de 1919. De uma família de ascendência italiana, frequentou o Colégio Nossa Senhora do Carmo, em sua cidade natal, e o Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre.[1] Em 1939, ingressou na Escola Militar do Realengo.[1] Em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, comandou a 14ª Companhia Independente de Transmissão, em Natal.[1] Em 1946, concluiu o curso da Escola de Comunicações do Exército Brasileiro. Posteriormente foi instrutor na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende.[1] Promovido a major em setembro de 1952, foi instrutor-chefe do curso de eletricidade e eletrônica da Escola de Comunicações, e organizou o curso de comunicações da AMAN, criado em 1956.[1]

Com a posse do presidente Emílio Médici, em outubro de 1969, Hygino foi nomeado como Ministro das Comunicações. Entre as realizações de sua administração, destacaram-se a implantação do sistema de discagem direta a distância (DDD) e o início das transmissões de TV em cores em fevereiro de 1972, com a transmissão da Festa da Uva daquele ano. Em sua gestão, também foi criada a Telebrás, a empresa estatal que deteve o monopólio da telefonia no Brasil até 1998. Deixou o Ministério das Comunicações em março de 1974, na ocasião do fim do mandato de Emílio Médici.[1]

Após a sua saída do Ministério das Comunicações, foi presidente do conselho diretor da multinacional NEC Brasil, cargo no qual ficou até 1980. Em agosto de 1977, em entrevista ao Jornal do Brasil, defendeu o fim do bipartidarismo criado em outubro de 1965 pelo Ato Institucional nº. 2.[1] Em 1980, foi presidente do conselho de administração da Madal (atual Palfinger), uma empresa fabricante de guindates e empilhadeiras sediada em Caxias do Sul.[1]

Faleceu no Rio de Janeiro, em 25 de abril de 2004, aos 85 anos.[2]

Legado

Em homenagem póstuma, por meio da Portaria nº 254, de 12 de maio de 2006, a Escola de Comunicações do Exército Brasileiro, sediada no Rio de Janeiro, foi renomeada como Escola de Comunicações Coronel Hygino Corsetti.[3]

Referências

  1. a b c d e f g h i «HIGINO CAETANO CORSETTI». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC). Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 24 de setembro de 2021 
  2. «Faleceu Hygino Corsetti, ex-Ministro das Comunicações». Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTeleBrasil). 5 de maio de 2004. Consultado em 24 de setembro de 2021. Arquivado do original em 30 de abril de 2016 
  3. «Histórico». Exército Brasileiro. Consultado em 24 de setembro de 2021 

Ver também


Precedido por
Carlos Furtado de Simas
Ministro das Comunicações do Brasil
1969 — 1974
Sucedido por
Euclides Quandt de Oliveira