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=== Século XIX ===
==== Os primórdios do cinema ====
Durante o [[século XIX]], existia toda uma tradição secular de [[Circo|circos itinerantes]] e companhias teatrais ambulantes que atraiam a atenção do público com os seus espectáculos de [[Marioneta|marionetas]], [[Teatro de sombras|sombras chinesas]] ou ainda através de inovadores aparelhos, como as [[Lanterna mágica|lanternas mágicas]], em toda a Galiza. Como tal, tentando superar os seus rivais e atrair a atenção do público, dois portugueses, cuja identidade permanece incerta,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=KhSQ1Kt5qxcC&pg=PA88&dq=Teatro-Circo+Coru%C3%B1%C3%A9s+1896+cine&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwiouMKzpa_zAhXXQ_EDHbGUARUQ6AF6BAgHEAI#v=onepage&q=Teatro-Circo%20Coru%C3%B1%C3%A9s%201896%20cine&f=false|título=Primeros tiempos del cinematógrafo en España|ultimo=Alvarez|primeiro=Juan Carlos de la Madrid|data=1996|editora=Universidad de Oviedo|lingua=es}}</ref> realizaram a primeira exibição de imagens em movimento, no território galego, na cidade da [[Corunha]], numa sessão restrita a alguns jornalistas e altas figuras da autoridade local, realizada no Teatro-Circo Coruñés, a [[2 de setembro]] de [[1896]], sendo utilizado um [[cinetógrafo]] de [[Thomas Edison]] e exibidos alguns filmes realizados por [[Robert William Paul]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=ET0eAAAACAAJ&dq=Historia+do+cine+en+Galicia&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjZ2P2Lpa_zAhXfSvEDHdaeCyUQ6AF6BAgIEAE|título=Historia do cine en Galicia|ultimo=Paz|primeiro=José Luis Castro de|data=1996|editora=Vía Láctea Editorial|lingua=gl}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=xkPkLmKR6FgC&pg=PA10&dq=Teatro-Circo+Coru%C3%B1%C3%A9s+1896+cine&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwiouMKzpa_zAhXXQ_EDHbGUARUQ6AF6BAgFEAI|título=Los inicios del Cine en España (1896 - 1909). La llegada del cine, su expansión y primeras producciones.|editora=Liceus, Servicios de Gestió|lingua=es}}</ref> Um ano depois, a [[17 de abril]] de [[1897]], o invento dos [[Auguste e Louis Lumière|irmãos Lumière]], o [[cinematógrafo]], foi exibido em [[Pontevedra]], sendo adquirido em [[Portugal]] por César Marques e Alexandre Pais de Azevedo, operador de câmara e actor respectivamente, ambos também de nacionalidade portuguesa, que exibiram obras como ''[[L'Arroseur arrosé]]'' e ''[[L'Arrivée d'un train en gare de La Ciotat]]'', para além de também terem sido os responsáveis pela primeira exibição cinematográfica nas [[Astúrias]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=xkPkLmKR6FgC&pg=PA13&dq=C%C3%A9sar+Marques+e+Alexandre+Pais+de+Azevedo&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjE7qn0o6_zAhXGSvEDHS_4BawQ6AF6BAgDEAI|título=Los inicios del Cine en España (1896 - 1909). La llegada del cine, su expansión y primeras producciones.|editora=Liceus, Servicios de Gestió|lingua=es}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=FWGiK6fnqDIC&pg=PA216&dq=C%C3%A9sar+Marques+e+Alexandre+Pais+de+Azevedo&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjE7qn0o6_zAhXGSvEDHS_4BawQ6AF6BAgLEAI|título=Grial 154 - O AUDIOVISUAL GALEGO|editora=Editorial Galaxia|lingua=gl}}</ref>
=== Século XX ===
==== Anos 10 e 20: Cinema mudo ====
[[Ficheiro:Catálogo de Vigo Vigo a través de un siglo 1922 1923 p 36.JPG|miniaturadaimagem|Panfleto publicitário dos espectáculos
Durante as primeiras décadas do século XX, com a realização das primeiras [[Longa-metragem|longas-metragens]] e o sucesso das primeiras grandes produções europeias, como os filmes italianos ''[[Quo Vadis (1913)|Quo Vadis?]]'' (
Durante essas mesmas décadas, apesar do eclodir da [[Primeira Guerra Mundial]], na região da Galiza foram essencialmente realizados [[Documentário|filmes de carácter documental]], destacando-se as obras ''Botadura del acorazado «España»'' ([[1912]]) da autoria de [[Xosé Gil Gil]], que posteriormente fundou a [[Galicia Cinegráfica]] (1922) e realizou o primeiro [[Cinema de ficção|filme de ficção]] galego ''Miss Ledyia'' ([[1916]]),<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=WFNZAAAAMAAJ&q=%22jos%C3%A9+Gil+y+Gil%22+peli&dq=%22jos%C3%A9+Gil+y+Gil%22+peli&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwj5uouDtLnzAhWwRvEDHV6EAVoQ6AF6BAgFEAI|título=Aproximación a la historia del espectáculo cinematográfico en Galicia (1896-1920)|ultimo=Calle|primeiro=José Maria Folgar de la|data=1987|editora=Universidad de Santiago de Compostela|lingua=es}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=82DsVfJoplcC&pg=PA16&dq=%22Miss+Ledyia%22&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwia6rmatLnzAhWdQ_EDHb1pDdMQ6AF6BAgCEAI|título=Edición da obra literaria de Castelao ; Un ollo de vidro ; Cousas. Retrincos ; Os dous de sempre ; Prosas recuperadas ; Os vellos non deben de Namorarse|ultimo=Castelao|data=1999|editora=Editorial Galaxia|lingua=gl}}</ref> ou os filmes ''Pontevedra, cuna de Colón'' ([[1927]])<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=yW-cpmEKP_0C&pg=PA478&dq=Enrique+Barreiro+cinecromo&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwiWtZOa8rvzAhWgSfEDHXn7BvgQ6AF6BAgCEAI|título=Grial 143 Tomo XXXVII 1999|editora=Editorial Galaxia|lingua=gl}}</ref> e ''Hacia una Galicia mejor'' ([[1933]]) de [[Enrique Barreiro|Enrique]] e [[Ramón Barreiro]], autores da técnica [[cinecromo]] e proprietários da produtora ''Folk'' ([[1932]]), ''Un viaje por Galicia'' ([[1929]])<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=x2obAQAAIAAJ&q=Un+viaje+por+Galicia+(1929)&dq=Un+viaje+por+Galicia+(1929)&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjzstL08rvzAhULy4UKHSe0AcMQ6AF6BAgGEAI|título=Imagen, memoria y fascinación: notas sobre el documental en España|ultimo=Cerdán|primeiro=Josetxo|ultimo2=Torreiro|primeiro2=Casimiro|data=2001|editora=Ocho y Medio|lingua=es}}</ref> de Luis Rodríguez Alonso, ''Terra Meiga'' (1932)<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=1qmb1AKTsYoC&pg=PA14&dq=Terra+Meiga,+1932&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjSweOm_bvzAhWSx4UKHf_fDboQ6AF6BAgDEAI|título=Antonio Román: un cineasta de la posguerra|ultimo=Coira|primeiro=Pepe|data=2004|editora=Editorial Complutense|lingua=es}}</ref> de [[Antonio Román]], ''Mariñeiros'' (1935) de [[José Suárez]] e ''Galicia-Finisterre'' (1936) de [[Carlos Velo]].
Atraindo a atenção nacional e até mesmo internacional pelas suas paisagens e marcos históricos, várias produções de ficção foram realizadas na comunidade autónoma, tais como ''Maruxa'' (1923) de Henry Vorins, ''La Casa de la Troya'' ([[1925]]) de [[Alejandro Pérez Lugín]] e Manuel Noriega, ''[[Carmiña, flor de Galicia]]'' (1927) de [[Rino Lupo]], ''Alalá, Los nietos de los celtas'' (1933) de Adolf Trotz, ''Hatred'' (''Ódio'', 1933)<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=M6kRqqwNMm0C&pg=PA66&dq=odio+1933+richard+harlan&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwiExYuy9rvzAhVMCxoKHYxvDp4Q6AF6BAgKEAI#v=onepage&q=odio%201933%20richard%20harlan&f=false|título=A Companion to Spanish Cinema|ultimo=Bentley|primeiro=Bernard P. E.|data=2008|editora=Boydell & Brewer Ltd|lingua=en}}</ref> de [[Richard Harlan]] ou ''La tragedia de Xirobio'' (1930)<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=FWGiK6fnqDIC&pg=PA218&dq=La+tragedia+de+Xirobio,+1930&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjnzcCF-bvzAhWLz4UKHX4xBr0Q6AF6BAgDEAI|título=Grial 154 - O AUDIOVISUAL GALEGO|editora=Editorial Galaxia|lingua=gl}}</ref> de [[José Signo]], fundador da produtora galega ''Vicus Films'' (1929).<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=Kq6BM60FHXQC&pg=PA41&dq=Vicus+Films+(1929)&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjsjNrxktTzAhWWS_EDHcIXAYgQ6AF6BAgLEAI|título=Rodado en Galicia: 1916-2004|ultimo=Fernández|primeiro=Miguel Anxo|data=2005|editora=Consorcio Audiovisual de Galicia|lingua=es}}</ref>
==== Anos 30: Cinema Sonoro ====
Durante a [[década de 1930]], o cinema sonoro estreou-se na Galiza, nomeadamente a [[14 de março]] de [[1930]], em Vigo, com a projecção de ''The Singing Fool'' (1928) de [[Lloyd Bacon]], com [[Al Jolson]] no papel principal. Apesar de anteriormente também terem tido lugar algumas exibições com som, através do sistema Hispano da produtora Forest Fono Film,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=L1XWAAAAMAAJ&q=Forest+Fono+Film&dq=Forest+Fono+Film&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjbrICFk9TzAhUgQfEDHWysC5QQ6AF6BAgCEAI|título=The ... Film Daily Year Book of Motion Pictures|data=1936|editora=J.W. Alicoate|lingua=en}}</ref> devido a uma enorme dificuldade em adaptar as salas de espectáculos galegas ao sistema sonoro, em 1935 apenas metade das salas exibia filmes com som, apostando-se essencialmente na exibição de filmes norte-americanos. Pela mesma ocasião, criaram-se os primeiros [[Cineclube|cineclubes]], impulsionados por associações e organizações culturais, como os Comités de Cooperação Intelectual, que projectavam várias obras cinematográficas em diversas cidades galegas que não tinham salas de cinema.
==== Guerra Civil Espanhola (1936 e 1939) ====
[[Ficheiro:Carlos_Velo.jpg|direita|miniaturadaimagem|Ilustração de Carlos Velo (1909-1988), cineasta galego nomeado para o [[Oscar de melhor documentário de longa metragem|Óscar de Melhor Documentário de Longa Metragem]] pelo filme ''Torero!'' em [[1956]].]]Com a ascensão do [[Espanha Franquista|estado franquista]] e o despoletar da [[Guerra Civil Espanhola]], apesar das salas de cinema terem permanecido em funcionamento, a aquisição de novos filmes tornou-se numa árdua missão em todo o país, encontrando-se como alternativa a emissão de filmes antigos ou apenas de produção nacional, tais como ''El bailarín y el trabajador'' (1936) de [[Luis Marquina]] e ''La hija de Juan Simón'' (1935) de [[José Luis Sáenz de Heredia]], que
Após a guerra, as produtoras cinematográficas galegas foram extintas, sendo também implementada na região a lei que apenas permitia que se falasse o idioma [[Língua castelhana|castelhano]]. Proibida por [[Francisco Franco]], ironicamente natural da Galiza, o [[Galego-português|galego]], tal como o [[Língua catalã|catalão]] e as outras línguas do país, passaram a ser punidas caso fosse faladas, ensinadas ou difundidas. Devido à opressão, muitos artistas e políticos galegos partiram para o [[Exílio galego|exílio no estrangeiro]],<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=cNYjAQAAIAAJ&q=exilio+galego&dq=exilio+galego&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjI08XrkNTzAhXLAGMBHTiABrwQ6AF6BAgJEAI|título=O exilio galego de 1936: política, sociedade, itinerarios|ultimo=Seixas|primeiro=Xosé Manoel Núñez|ultimo2=Vila|primeiro2=Pilar Cagiao|data=2006|editora=Ediciós do Castro|lingua=gl}}</ref> como os realizadores [[Manuel Mur Oti]] e Carlos Velo,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=0fvcbDrHUx8C&pg=PA331&dq=carlos+velo&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwiP7Oa-kdTzAhWvR_EDHQxwBVMQ6AF6BAgGEAI|título=Las imágenes de Carlos Velo|ultimo=Fernández|primeiro=Miguel Anxo|data=2007|editora=UNAM|lingua=es}}</ref> autor de ''Cinco De Chocolate y Uno De Fresa'' (
==== Espanha Franquista (1939-1975) ====
Apesar de constringida e sob a mira da [[censura]], nas seguintes décadas a industria cinematográfica galega persistiu mesmo assim com as obras de [[Cesáreo González]], [[Amando de Ossorio]], autor de ''Malenka, la sobrina del vampiro'' (1968), entre muitas outras obras que o consagraram
==== Anos 70 ====
Com a invenção dos gravadores de vídeo analógico portáteis, como a câmara Portapak da [[Sony]], e o formato [[Super-8|Super 8]], sendo estes acessíveis ao público em geral, durante a [[década de 1970]], o cinema galego teve um novo período de produção, apostando-se quase exclusivamente na realização de [[Curta-metragem|curtas-metragens]]. Realizados essencialmente no seio de pequenos grupos de cineastas amadores e profissionais, o primeiro grupo a ter reconhecimento nacional foi o grupo ''Lupa'', criado em Santiago de Compostela por [[Euloxio R. Ruibal]], [[Félix Casado]] e [[Roberto Vidal Bolaño]],<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=b4ovDgAAQBAJ&pg=PA37&dq=Euloxio+R.+Ruibal+lupa&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwiV0Je8mNTzAhUXjhQKHbDdCMAQ6AF6BAgKEAI|título=A obra dramática de Roberto Vidal Bolaño|ultimo=Manuel|primeiro=Fernández Castro, Xosé|data=2011-01-01|editora=Laiovento|lingua=gl}}</ref> seguindo-se os grupos ''Imaxe'' e ''Club Amateur'', que [[Enrique Rodríguez Baixeras]] integrou antes de fundar o grupo ''Enroba''<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=CxQABQAAQBAJ&pg=PA144&dq=Enrique+Rodr%C3%ADguez+Baixeras&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjg_PDNmNTzAhVj4uAKHZhbCL4Q6AF6BAgFEAI|título=A Companion to Galician Culture|ultimo=Miguélez-Carballeira|primeiro=Helena|data=2014|editora=Boydell & Brewer Ltd|lingua=en}}</ref> e ter realizado os filmes ''[[A morte do mariscal]]'' ([[1973]]), sobre a vida e morte de [[Pardo de Cela]], ou ''O documento'' ([[1974]]), baseado num conto de [[Ánxel Fole]] e proibido por ter sido filmado inteiramente em galego. Outros autores independentes que se destacaram foram [[Eloy Lozano]], autor de ''Retorno a Tagen Ata'' (1974), Antonio F. Simón, actor e realizador de ''Fendetestas'' (
Com o abrandamento das políticas que restringiam a [[liberdade de expressão]] e a morte do ditador espanhol em [[1975]], pondo fim ao regime franquista, de forma a estimular a promoção cinematográfica, entre [[1973]] e [[1978]], por iniciativa de [[Luís Álvarez Pousa]], Director Geral da Cultura em [[1983]], e [[José Paz Rodríguez]], foram criadas as Xornadas de Cine de Ourense (Jornadas de Cinema de [[Ourense]]), o primeiro festival de cinema em toda a Galiza,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=MMBEDwAAQBAJ&pg=PA111&dq=Xornadas+de+Cine+de+Ourense&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwit5crrm9TzAhWjSPEDHaDeCKYQ6AF6BAgIEAI|título=Peripheral Visions / Global Sounds: From Galicia to the World|ultimo=Colmeiro|primeiro=José|data=2018-01-01|editora=Oxford University Press|lingua=en}}</ref> seguindo-se o Festival de Cinema Amador de [[Vila Garcia de Arouça|Vilagarcía]] (actual Festival do Imaxinario), Curtas Fest (Festival Internacional de Cinema e Banda Desenhada de Vilagarcía), ambos em 1973, ou as Xornadas de Cine e Vídeo de Galicia do Carballiño (Jornadas do Cinema e Vídeo da Galiza do [[Carvalhinho (Galiza)|Carvalinho]]) em [[1984]], dirigido por [[Miguel Anxo Fernández Fernández]]
Gerando-se desde então um novo impulso cultural e revivalista da identidade galega, diversos projectos para a produção cinematográfica e a difusão da língua e cultura galega foram implementados através da NOS Cinematográfica Galega,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=EtdkAAAAMAAJ&q=NOS+Cinematogr%C3%A1fica+Galega&dq=NOS+Cinematogr%C3%A1fica+Galega&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwiKkb33nNTzAhWxSPEDHR0JDR8Q6AF6BAgEEAI|título=International Film and TV Year Book|ultimo=Noble|primeiro=Peter|data=1980|editora=Screen International, King Publications Limited|lingua=en}}</ref> o Patronato do Cinema Galego<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=FZzIDv0VfKEC&pg=PA477&dq=Patronato+de+Cine+Galego&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwirzYrOnNTzAhUC8hQKHXwuBMAQ6AF6BAgCEAI|título=Semata Ciencias Socias E Humanidades 10 Cultura, Poder Y Mecenazgo|editora=Univ Santiago de Compostela|lingua=es}}</ref> ou a empresa Rula Difusora Cultural Galega,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=yW-cpmEKP_0C&pg=PA483&dq=Rula+Difusora+Cultural+Galega&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwiZ1fnAnNTzAhUTgf0HHd9xDLgQ6AF6BAgJEAI|título=Grial 143 Tomo XXXVII 1999|editora=Editorial Galaxia|lingua=gl}}</ref> entre muitas outras iniciativas.
==== Anos 80 e 90 ====
Durante os anos 90
=== Século XXI ===
Devido a uma maior exposição televisiva, durante o fim do [[século XX]] e o início do [[século XXI]], destacaram-se os nomes dos actores galegos [[Tamar Novas]], actor revelação dos [[Prémios Goya]] pelo filme ''[[Mar Adentro|Mar adentro]]'' (2004),<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=PmMYAgAAQBAJ&pg=PA349&dq=tamar+novas&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwink_LAu9XzAhVO4YUKHXrGDucQ6AF6BAgCEAI|título=Great Spanish Films Since 1950|ultimo=Schwartz|primeiro=Ronald|data=2008-09-05|editora=Scarecrow Press|lingua=en}}</ref> [[Tacho González]], [[Luis Tosar|Luís Tosar]], [[Manuel Manquiña]], [[Javier Gutiérrez]], vencedor da categoria de melhor actor no [[Festival Internacional de Cinema de San Sebastián]] e nos Prémios Goya, [[Nerea Barros]], actriz revelação dos Prémios Goya pelo filme ''[[La isla mínima]]'' (2014), Fran Lareu, Federico Pérez Rey, María Bouzas, [[Manuel Burque]], actor revelação das [[Medalhas do Círculo de Escritores Cinematográficos]] pelo filme ''[[Requisitos para ser una persona normal]]'' (2015), Mónica Camaño, Cristina Castaño, Xúlio Abonjo, [[Christian Escuredo]], reconhecido pela sua participação no filme português ''[[Assalto ao Santa Maria|Assalto ao Santa María]]'' (2008), Santi Prego, Alfonso Agra, Chechu Salgado, reconhecido pelo seu papel na série ''[[Pátria (série de televisão)|Pátria]]'' (2020), [[Mario Casas]], Nancho Novo ou ainda Eva Fernández, entre muitos outros.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=8g9KML_nJu8C&pg=PA19&dq=tamar+novas&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwink_LAu9XzAhVO4YUKHXrGDucQ6AF6BAgIEAI|título=The A to Z of Spanish Cinema|ultimo=Mira|primeiro=Alberto|data=2010-04-27|editora=Scarecrow Press|lingua=en}}</ref>
Simultaneamente, no ramo da realização, emergiram nomes como [[Ignacio Vilar]], autor de ''[[A esmorga (filme)|A esmorga]]'' (2014) e ''[[Sicixia]]'' (2016), Roberto Castón, Rodrigo Cortés, autor de ''[[Buried]]'' (2010), ''[[Red Lights]]'' (2012) e ''[[Down a Dark Hall]]'' (2018), Juan del Río, Rubén Coca, Chema Montero, Juan Galiñanes, Gonzalo Caride, [[Alejandro Marzoa]], autor de ''Your Lost Memories'' (2012) e ''Somos gente honrada'' (2013), Margarida Ledo, [[Alfonso Zarauza]], Fran Estévez, [[Ángel de la Cruz]], autor dos êxitos de animação ''El bosque animado, sentirás su magia'' (2001) e ''[[O Sonho de uma Noite de São João|El sueño de una noche de San Juan]]'' (2005), Manuel Pena, Alexia Muiños ou [[Óliver Laxe]], vencedor do Prémio [[Federação Internacional de Críticos de Cinema|FIPRESCI]] no [[Festival de Cannes]] pelo
No ramo da produção, sobressaíram os nomes de Emma Lustres, Xosé Zapata, Fernanda del Nido e [[Chelo Loureiro]], sendo a última especializada no cinema de animação.
== Estrutura empresarial ==
Atualmente a produção galega depende quase exclusivamente das subvenções criadas pela [[Junta da Galiza|Junta de Galicia]] e a [[Televisión de Galicia|TVG]], existindo somente duas associações empresariais que funcionam como [[Lobismo|lobbies]] para a obtenção de fundos públicos e privados: a Asociación Galega de Produtoras Independentes (AGAPI) e a Asociación de Empresas Galegas do Audiovisual (AEGA).
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