Edson Cordeiro: diferenças entre revisões

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'''Edson Cordeiro''' ([[Santo André]], [[São Paulo]], [[9 de Fevereiro]] de [[1967]]) é um [[cantor]] [[brasil]]eiro [[contratenor]] (atinge 4 oitavas na escala musical). Teve grande êxito nos anos 90. Muito eclético, gravou desde sambas de Noel Rosa como Tipo Zero, à árias de ópera, como Ombra Mai Fu (Xerxes) de Handel e La Séguedille (Carmen) de Bizet.
'''Edson Cordeiro''' ([[Santo André]], [[São Paulo]], [[9 de Fevereiro]] de [[1967]]) é um [[cantor]] [[brasil]]eiro [[contratenor]] (atinge 4 oitavas na escala musical). Teve grande êxito nos anos 90. Muito eclético, gravou desde sambas de Noel Rosa como Tipo Zero, à árias de ópera, como Ombra Mai Fu (Xerxes) de Handel e La Séguedille (Carmen) de Bizet.

Começou cantar com 6 anos, quando se juntou a um coro da igreja chamado "Cordeirinhos do Senhor". Esta igreja era evangélica, freqüentada por seus pais. Cantou até os 16 anos no coro desta igreja.

Depois passou a cantar na Rua Barão de Itapetininga, no centro de [[São Paulo]]. Em pleno horário do rush, chamava a atenção de curiosos que lhe davam algum trocado para que pudesse enriquecer sua coleção de discos.

Filho de um mecânico e de uma bordadeira, fez teatro infantil e, em 1983, participou da ópera-rock Amapola, de Miguel Briamonte, que mais tarde seria diretor musical de seus discos. Em 1988 foi ator e cantor na terceira montagem brasileira da ópera-rock Hair! (Gerome Ragni, James Rado e Galt McDermot), dirigida por Antônio Abujamra. No ano seguinte, atuou na montagem de O doente imaginário, de Molière (Jean-Baptiste Poquelin, 1622-1673), dirigida por Cacá Rosset. Com essa peça, viajou pela Europa, EUA, México e América Central. Seu primeiro show solo aconteceu em agosto de 1990, na Mistura Up do Rio de Janeiro. O sucesso foi imediato, e ele passou a ser disputado por várias gravadoras. Suas distinções são o timbre vocal de contratenor (voz masculina aguda, com o mesmo alcance do soprano feminino - no caso dele, sopranista -) e o repertório eclético, que inclui autores tão diversos como [[Noel Rosa]], [[Janis Joplin]], [[Rolling Stones]] e [[Wolfgang Amadeus Mozart]].

"Clubbing" é uma ousada experimentação eletrônica. Mais do que um disco moderno, "Clubbing" foi o marco da mudança de rumo da carreira de Edson Cordeiro e o seu passaporte para a música pop. Esse CD deixou muitos extasiados com a versão dance de "Ave Maria" que ganhou dois remixes. Em 1997, uma grande polêmica: Seu cd "Clubbing" trazia uma versão dance para "Ave Maria". Isso foi um verdadeiro escândalo na igreja. O bispo se declarou revoltado com a versão, que fez um bom sucesso naquele ano.

Atualmente se dedica mais ao repertório "disco", resgatando o glamour das divas das pistas de dança dos anos 70. Apresenta-se com freqüência no exterior, e faz sucesso particularmente na Alemanha.

Para entender Edson Cordeiro não é preciso entender de música, basta ouví-lo. Mas às vezes ouvi-lo simplesmente não basta, é preciso vê-lo também. E assim, admirar o Edson cantor-ator, que troca de voz como quem troca de roupa e sai de um personagem para rapidamente se transmutar em outro. Ao contrário de Pavarotti, Carreras e tantos outros mitos de voz abençoada, que volta e meia fazem uma concessão ao popular em seu repertório, Edson vai à ópera e volta uma autêntica prima dona. Mas não esquece que seu negócio é essencialmente música brasileira, como seus três primeiros discos mostram. E como um jornalista alemão definiu durante sua visita àquele país, "Vozes como a sua soam como se não fossem deste mundo. Fazem o sangue ebulir. Impressionam e estarrecem ao mesmo tempo." Pertence a um grupo incomum de intérpretes do nosso tempo.


O cantor também obteve muito sucesso em seu álbum Disco Clubbing Ao Vivo, cantando músicas de divas da Disco.
O cantor também obteve muito sucesso em seu álbum Disco Clubbing Ao Vivo, cantando músicas de divas da Disco.

Revisão das 01h30min de 29 de maio de 2007

Edson Cordeiro (Santo André, São Paulo, 9 de Fevereiro de 1967) é um cantor brasileiro contratenor (atinge 4 oitavas na escala musical). Teve grande êxito nos anos 90. Muito eclético, gravou desde sambas de Noel Rosa como Tipo Zero, à árias de ópera, como Ombra Mai Fu (Xerxes) de Handel e La Séguedille (Carmen) de Bizet.

Começou cantar com 6 anos, quando se juntou a um coro da igreja chamado "Cordeirinhos do Senhor". Esta igreja era evangélica, freqüentada por seus pais. Cantou até os 16 anos no coro desta igreja.

Depois passou a cantar na Rua Barão de Itapetininga, no centro de São Paulo. Em pleno horário do rush, chamava a atenção de curiosos que lhe davam algum trocado para que pudesse enriquecer sua coleção de discos.

Filho de um mecânico e de uma bordadeira, fez teatro infantil e, em 1983, participou da ópera-rock Amapola, de Miguel Briamonte, que mais tarde seria diretor musical de seus discos. Em 1988 foi ator e cantor na terceira montagem brasileira da ópera-rock Hair! (Gerome Ragni, James Rado e Galt McDermot), dirigida por Antônio Abujamra. No ano seguinte, atuou na montagem de O doente imaginário, de Molière (Jean-Baptiste Poquelin, 1622-1673), dirigida por Cacá Rosset. Com essa peça, viajou pela Europa, EUA, México e América Central. Seu primeiro show solo aconteceu em agosto de 1990, na Mistura Up do Rio de Janeiro. O sucesso foi imediato, e ele passou a ser disputado por várias gravadoras. Suas distinções são o timbre vocal de contratenor (voz masculina aguda, com o mesmo alcance do soprano feminino - no caso dele, sopranista -) e o repertório eclético, que inclui autores tão diversos como Noel Rosa, Janis Joplin, Rolling Stones e Wolfgang Amadeus Mozart.

"Clubbing" é uma ousada experimentação eletrônica. Mais do que um disco moderno, "Clubbing" foi o marco da mudança de rumo da carreira de Edson Cordeiro e o seu passaporte para a música pop. Esse CD deixou muitos extasiados com a versão dance de "Ave Maria" que ganhou dois remixes. Em 1997, uma grande polêmica: Seu cd "Clubbing" trazia uma versão dance para "Ave Maria". Isso foi um verdadeiro escândalo na igreja. O bispo se declarou revoltado com a versão, que fez um bom sucesso naquele ano.

Atualmente se dedica mais ao repertório "disco", resgatando o glamour das divas das pistas de dança dos anos 70. Apresenta-se com freqüência no exterior, e faz sucesso particularmente na Alemanha.

Para entender Edson Cordeiro não é preciso entender de música, basta ouví-lo. Mas às vezes ouvi-lo simplesmente não basta, é preciso vê-lo também. E assim, admirar o Edson cantor-ator, que troca de voz como quem troca de roupa e sai de um personagem para rapidamente se transmutar em outro. Ao contrário de Pavarotti, Carreras e tantos outros mitos de voz abençoada, que volta e meia fazem uma concessão ao popular em seu repertório, Edson vai à ópera e volta uma autêntica prima dona. Mas não esquece que seu negócio é essencialmente música brasileira, como seus três primeiros discos mostram. E como um jornalista alemão definiu durante sua visita àquele país, "Vozes como a sua soam como se não fossem deste mundo. Fazem o sangue ebulir. Impressionam e estarrecem ao mesmo tempo." Pertence a um grupo incomum de intérpretes do nosso tempo.

O cantor também obteve muito sucesso em seu álbum Disco Clubbing Ao Vivo, cantando músicas de divas da Disco.

Discografia

  • Contratenor (2005)
  • Grandes Sucessos (2001)
  • Dê-se ao Luxo (2001)
  • Terceiro Sinal
  • Disco Clubbing 2 - Mestre de Cerimônia (1999)
  • Disco Clubbing - Ao Vivo (1998)
  • XXI - 21 Sucessos
  • Creole Love Call
  • Zorongo Gitano
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