Aulo Terêncio Varrão Murena: diferenças entre revisões

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Edição atual tal como às 22h08min de 1 de novembro de 2022

Lúcio Licínio Varrão Murena
Morte 23 a.C.
Nacionalidade Império Romano
Ocupação General
Religião Politeísmo romano
Augusto com a coroa cívica,
na. Gliptoteca de Munique

Aulo Terêncio Varrão Murena (em latim: Aulus Terentius Varro Murena; m. 24 a.C.) foi um general e político romano do século I a.C.. Filho de Aulo Terêncio Varrão, participou, em 25 a.C., duma expedição contra os salassos dos Alpes e subjugou-os. Seus territórios foram confiscados e foi fundada a cidade de Augusta Pretória dos Salassos (Aosta). Foi nomeado cônsul de 23 a.C., mas morreu antes de assumir o ofício.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Murena foi o filho natural de Aulo Terêncio Varrão,[1] e irmão adotivo de Lúcio Licínio Varrão Murena. Ele também esteve relacionado com o regime augustano,[2] pelo casamento de sua irmão, Terência, com Caio Cílnio Mecenas, conselheiro e amigo de Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.) e patrono das artes,[3] enquanto seu meio-irmão, Caio Proculeu, foi um amigo íntimo de Augusto durante sua ascensão ao poder.[4]

Augusto enviou Murena para liderar uma expedição contra os salassos, uma tribo da região do Vale de Aosta, ao noroeste dos Alpes, em 25 a.C..[5] Os salassos tinha se mostrado um problema para os exércitos romanos usando o Grande São Bernardo que, como a mais curta rota da Itália para o rio Reno Superior, tinha se tornado estrategicamente vital para os romanos desde a completa conquista de Júlio César da Gália em 51 a.C.. Os salassos foram totalmente derrotados e, de acordo com Estrabão, Murena matou 8 000 e deportou e vendeu 34 000 homens. De acordo com Dião Cássio, ele vendeu apenas homens em idade militar e apenas por um prazo de 20 anos.[6] Em 24 a.C., Murena estabeleceu uma colônia romana com 3 000 romanos no coração do país dos salassos, Augusta Pretória dos Salassos (Aosta).[5][7]

Murena foi nomeado para ser cônsul, com Augusto, para o ano 23 a.C., mas morreu pouco antes de seu mandato começar.[8] Ele então foi substituído por Cneu Calpúrnio Pisão.[9] Logo após a morte de Murena, seu irmão adotivo, Lúcio Licínio Varrão Murena, foi acusado de conspirar com Fânio Cépio contra Augusto.[10]

Referências

  1. Smith 1873, cap. Murena.
  2. Wells 2004, p. 53.
  3. Lightman 2008, p. 312.
  4. Syme 1939, p. 358.
  5. a b Davies 2010, p. 257.
  6. Dião Cássio século III, 53.25.
  7. Estrabão 7 a.C., IV.6.7.
  8. Swan 1967, p. 240.
  9. Raaflaub 1993, p. 426.
  10. Ando 2000, p. 140.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ando, Clifford (2000). Imperial ideology and provincial loyalty in the Roman Empire. [S.l.]: University of California Press 
  • Davies, Mark; Swain, Hilary; Davies, Mark Everson (2010). Aspects of Roman history, 82 BC-AD 14: a source-based approach. [S.l.]: Taylor & Francis e-Library 
  • Lightman, Marjorie; Lightman, Benjamin (2008). A to Z of ancient Greek and Roman women. [S.l.]: Infobase Publishing. ISBN 1438107943 
  • Raaflaub, Kurt A.; Toher, Mark (1993). Between republic and empire: interpretations of Augustus and his principate. [S.l.]: University of California Press 
  • Smith, William (1873). Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. [S.l.: s.n.] 
  • Swan, Michael (1967). «The Consular Fasti of 23 B.C. and the Conspiracy of Varro Murena». Harvard University Press. Harvard Studies in Classical Philology. 71 
  • Syme, Ronald (1939). The Roman Revolution. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-280320-4 
  • Wells, Colin Michael (2004). The Roman Empire. [S.l.]: Harvard University Press