Antonio Patriota

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Antonio Patriota
Antonio Patriota
Embaixador do Brasil no Egito e Eritreia
Período 4 de julho de 2019
a atualidade
Ministro Ernesto Araújo
Antecessor(a) Ruy Pacheco de Azevedo Amaral
Embaixador do Brasil na Itália, Malta e San Marino
Período 18 de agosto de 2016
a 4 de julho de 2019
Ministros
Antecessor(a) Ricardo Neiva Tavares
Sucessor(a) Hélio Vitor Ramos Filho
130.º Ministro das Relações Exteriores do Brasil
Período 1º de janeiro de 2011
a 26 de agosto de 2013
Presidente Dilma Rousseff
Antecessor(a) Celso Amorim
Sucessor(a) Luiz Alberto Figueiredo
Secretário-Geral das Relações Exteriores do Ministério das Relações Exteriores do Brasil
Período 20 de outubro de 2009
a 2010
Ministro Celso Amorim
Embaixador do Brasil nos Estados Unidos
Período 21 de dezembro de 2006
a 19 de outubro de 2009
Ministro Celso Amorim
Antecessor(a) Roberto Abdenur
Sucessor(a) Mauro Vieira
Dados pessoais
Nascimento 27 de abril de 1954 (69 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Progenitores Pai: Antonio Patriota
Alma mater Universidade de Genebra
Prêmio(s)
Esposa Tania Cooper
Profissão diplomata, filósofo

Antonio de Aguiar Patriota ComMM (Rio de Janeiro, 27 de abril de 1954) é um diplomata e filósofo brasileiro, ex-ministro das Relações Exteriores durante o governo Dilma Rousseff. Ministro de primeira classe, atualmente é embaixador do Brasil no Egito e Eritreia, também tendo sido embaixador na Itália, Malta e San Marino e nos Estados Unidos. Em março de 2023, seu nome foi indicado para Embaixador do Brasil no Reino Unido e Irlanda.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Formado em filosofia pela Universidade de Genebra, ingressou no Instituto Rio Branco em 1979. Teve o melhor desempenho acadêmico entre os alunos de sua turma, recebendo por isso o Prêmio Rio Branco, medalha de Vermeil. Ingressou na carreira em 1979 e ocupou, entre suas posições de destaque, os cargos de secretário de Planejamento Diplomático, chefe de Gabinete do chanceler Celso Amorim, subsecretário-geral de Assuntos Políticos, embaixador do Brasil nos Estados Unidos, secretário-geral das Relações Exteriores e Ministro das Relações Exteriores durante o governo de Dilma Rousseff.[3][4]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Parte de uma família tradicionalmente vinculada à diplomacia, é filho do jornalista e diplomata potiguar Antonio Patriota[5] e irmão do também diplomata Guilherme de Aguiar Patriota. Foi secretário-geral das Relações Exteriores, de outubro de 2009 a dezembro de 2010; embaixador do Brasil em Washington, de 2007 a 2009; subsecretário-geral Político do Ministério das Relações Exteriores, de 2005 a 2007; chefe de Gabinete do Ministro das Relações Exteriores, em 2004; e secretário de Planejamento Diplomático do Ministério das Relações Exteriores, em 2003.

No exterior, serviu também na Missão Permanente do Brasil junto aos Organismos Internacionais em Genebra (1999-2003), onde, por dois anos, foi Representante Alterno junto à Organização Mundial do Comércio; na Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas em Nova York (1994-1999), onde integrou a Delegação brasileira ao Conselho de Segurança da ONU; nas Embaixadas do Brasil em Caracas (1988-1990) e em Pequim (1987-1988); e na Delegação Permanente em Genebra (1983-1987).

Entre 1992 e 1994, foi subchefe da Assessoria Diplomática do Presidente Itamar Franco.

Concluiu o curso de preparação à Carreira de Diplomata do Instituto Rio Branco em 1979. Sua tese para o curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco, intitulada "O Conselho de Segurança após a Guerra do Golfo: a articulação de um novo paradigma de segurança coletiva", foi publicada em 1998.

É casado com Tania Cooper, representante do Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP) para Colômbia e Venezuela, e tem dois filhos, Miguel e Thomas.

Em 2004, Patriota foi admitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao grau de Comendador especial da Ordem do Mérito Militar.[1]

Em 2019, lançou CD de música de elevador intitulado "Geografia do Sentimento", sob o pseudônimo "Tonio de Aguiar"[6].

Ministério das Relações Exteriores[editar | editar código-fonte]

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, apertam as mãos após a assinatura do Memorando de Parceria de Aviação Brasil-EUA no Departamento de Estado dos EUA em Washington, D.C., em 9 de abril de 2012.

Tomou posse como ministro das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil em 1º de janeiro de 2011, substituindo o chanceler Celso Amorim.[7][8] Entre as principais iniciativas da política externa brasileira durante sua gestão, destacam-se a organização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20)[9] e a proposição do conceito de "responsabilidade ao proteger" [10] nos debates sobre segurança e proteção de civis na Organização das Nações Unidas (ONU).[11]

Em 26 de agosto de 2013, apresentou sua renúncia à presidente Dilma Rousseff,[12][13] o motivo da demissão de Patriota foi o episódio do senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava asilado na embaixada brasileira em La Paz e foi trazido para o Brasil em um carro oficial brasileiro, embora não tivesse autorização do governo boliviano para deixar o país. [14]

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ao lado do embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, e do chanceler brasileiro, Antonio Patriota, respectivamente, posam para fotógrafos antes de uma discussão bilateral no gabinete da presidente Dilma Rousseff em Brasília, Brasil, em 13 de agosto de 2013 .

Após uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, foi divulgada uma nota em que a presidente agradecia o trabalho de Patriota à frente do Ministério de Relações Exteriores e informava que ele seria o novo representante do Brasil nas Nações Unidas. [14]Foi substituído no Itamaraty por Luiz Alberto Figueiredo, representante do Brasil junto à ONU.[15]

Em 2016, foi nomeado embaixador do Brasil na Itália, Malta e San Marino pelo presidente Michel Temer.[16] Em 2019, foi feito embaixador no Egito e Eritreia pelo presidente Jair Bolsonaro.[17]

Condecorações[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c BRASIL, Decreto de 8 de abril de 2004.
  2. «Concessão de agrément ao Embaixador designado do Brasil no Reino Unido». Ministério das Relações Exteriores. Consultado em 21 de março de 2023 
  3. «Antonio de Aguiar Patriota». Ministério das Relações Exteriores. Consultado em 23 de fevereiro de 2011 
  4. «Novo chefe do Itamaraty tem carreira na diplomacia». Jornal de Londrina. 15 de dezembro de 2010 
  5. Tribuna do Norte - “O melhor emprego é o de diplomata”
  6. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2019/02/ex-chanceler-antonio-patriota-lanca-disco-de-mpb-com-pseudonimo.shtml
  7. «Conheça os ministros já anunciados por Dilma». Folha Online. 20 de dezembro de 2010 
  8. «Dilma formaliza convite e Patriota será novo chanceler». Estadão. 9 de dezembro de 2010 
  9. http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/discursos-artigos-entrevistas-e-outras-comunicacoes/presidente-da-republica-federativa-do-brasil/discurso-da-presidenta-da-republica-dilma-rousseff-durante-cerimonia-de-abertura-protocolar-da-conferencia-das-nacoes-unidas-sobre-desenvolvimento-sustentavel-rio-20/  Em falta ou vazio |título= (ajuda)[ligação inativa]
  10. «Cópia arquivada». Consultado em 18 de julho de 2013. Arquivado do original em 6 de maio de 2012 
  11. «Cópia arquivada» (PDF). Consultado em 18 de julho de 2013. Arquivado do original (PDF) em 1 de setembro de 2013 
  12. Karla Correia (26 de Agosto de 2013). «Antonio Patriota é demitido após fuga de senador boliviano para o Brasil». Correio Braziliense. Consultado em 27 de Agosto de 2013. Arquivado do original em 30 de agosto de 2013 
  13. «Dilma demite ministro Patriota após episódio com senador boliviano». G1. 26 de agosto de 2013. Consultado em 26 de agosto de 2013 
  14. a b G1, Gustavo GarciaDo; Brasília, em (17 de agosto de 2016). «Senado aprova ex-ministro Antonio Patriota para embaixador na Itália». Política. Consultado em 14 de fevereiro de 2023 
  15. Chico de Gois e Sergio Fadul (26 de Agosto de 2013). «Patriota pede demissão e será substituído por Luiz Alberto Figueiredo». O Globo. Consultado em 27 de Agosto de 2013 
  16. BRASIL, Decreto de 18 de agosto de 2016.
  17. BRASIL, Decreto de 4 de julho de 2019.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Cargos políticos
Precedido por
Celso Amorim
Ministro das Relações Exteriores do Brasil
2011 — 2013
Sucedido por
Luiz Alberto Figueiredo
Postos diplomáticos
Precedido por
Roberto Abdenur
Embaixador do Brasil nos Estados Unidos
2007 — 2009
Sucedido por
Mauro Vieira
Precedido por
Luiz Alberto Figueiredo
Representante Permanente do Brasil nas Nações Unidas
2013 — 2016
Sucedido por
Mauro Vieira
Precedido por
Ricardo Neiva Tavares
Embaixador do Brasil na Itália
2016 — 2019
Sucedido por
Hélio Vitor Ramos Filho
Precedido por
Ruy Pacheco de Azevedo Amaral
Embaixador do Brasil no Egito
2019 — atualmente
Sucedido por
incumbente