Argumentum ad consequentiam

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A expressão latina argumentum ad consequentiam ("argumento por consequência") é o argumento pelo qual uma premissa é verdadeira ou falsa em função das consequências desejadas ou indesejadas a que ela conduz.[1] Este raciocínio é uma variedade do apelo à emoção e uma forma de falácia lógica, uma vez que o valor de uma premissa não depende do nosso desejo. Além disso, esse raciocínio possui sempre um conteúdo subjetivo.

Estrutura lógica[editar | editar código-fonte]

O argumentum ad consequentiam pode assumir duas formas distintas, a forma direta e a forma por contradição.

Forma direta[editar | editar código-fonte]

Se P, então Q vai acontecer.
Q é desejável.
Então P é verdade.

Exemplo explícito[editar | editar código-fonte]

Se Deus existe, então a natureza é bela.
Apreciamos a natureza bela.
Então Deus existe.

Exemplo implícito[editar | editar código-fonte]

Deus existe, observe como a natureza é bela.

Forma por contradição[editar | editar código-fonte]

Se P, então Q vai acontecer.
Q é indesejável.
Então P é falso.

Exemplo explícito[editar | editar código-fonte]

Quando o chefe é incompetente, há demissões
Não queremos demissões
Então o chefe é competente.

Exemplo implícito[editar | editar código-fonte]

O chefe é competente, pois caso contrário, haveriam demissões.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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