Assembleia das cúrias

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Roma Antiga
Assembleia das cúrias
Este artigo é parte da série: Política e governo da Roma Antiga
Períodos
Reino de Roma
753 a.C.509 a.C.

República Romana
509 a.C.27 a.C.
Império Romano
27 a.C.395
Império Ocidental
395476
Império Oriental
3951453
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Assembleia ou Comício das cúrias (em latim: comitia curiata), também conhecido como Assembleia ou Comício Curial, foi a principal assembleia durante o Reino de Roma e as primeiras décadas da República Romana. Durante o período do Reino de Roma, no tempo do rei Sérvio Túlio, a Assembleia das cúrias foi a única assembleia popular com real significado político.[1]

Foi organizada com base nos trinta cúrias (curiae) nos quais era o povo dividido, de forma que era a única assembleia na qual o povo estava representado. [2] Durante o tempo do Reino de Roma, esta assembleia foi, a princípio, uma assembleia legislativa (comitia). Como tal, foi responsável por leis e pela ratificação da eleição (teoricamente) de novo rei. No entanto, a rejeição de tais leis pela assembleia não impediria a sua promulgação.

Sérvio Túlio promoveu mudanças que ocasionaram a transferência de suas principais atribuições para a assembleia das centúrias (comitia centuriata).[1] Assim o poder de eleger magistrados, de decidir sobre a guerra, de passar leis e jurisdição em casos de apelação ao povo romano foram transferidos à assembleia centuriata.[1] A assembleia centuriata, instituída por Sérvio Túlio, reunia patrícios e plebeus.[2]

Funcionamento e atribuições[editar | editar código-fonte]

No início nenhuma assembleia (comitia) tinha poderes de originar qualquer medida, ou introduzir emendas ou discutir o mérito de propostas que lhe fossem apresentadas. Podiam apenas aprovar ou rejeitar as propostas apresentadas.[1]

As reuniões dessa assembleia tinham uma das seguintes finalidades:

  • Eleger um novo rei;
  • Ouvir um anúncio;
  • Conhecer um recurso;
  • Votar questões legislativas.

O rei presidia a reunião, e submeter decretos para a ratificação. Um inter-rei iria presidir esta assembleia durante períodos intercalares entre reis (o interregno). O inter-rei iria presidir a esta assembleia, uma vez eleito um novo rei.

Depois da morte de um rei, o inter-rei iria escolher um candidato para substituí-lo. Após o candidato receber a aprovação do senado, o inter-rei iria realizar a eleição formal antes da assembleia curiata. Após a assembleia curiata ter elegido o novo rei, o senado iria ratificar a eleição.

Duas vezes por mês, esta reunião seria para ouvir anúncios. Estes anúncios geralmente consideram o calendário. Recursos apresentados a esta assembleia muitas vezes tratadas as questões relativas à gens ("família"). A este respeito, a assembleia tinha a competência de um tribunal de direito da família. Durante dois dias fixados na Primavera, a assembleia era agendada para atender testemunhas de testamentos e adopções (adrogatio). Todas as outras reuniões eram realizadas caso fosse necessário. Para decidir estas questões, a presidência cabia ao pontífice máximo (pontifex maximus).

Referências

  1. a b c d Smith 1870, p. 332.
  2. a b Smith 1870, p. 331.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]