BAE Sea Harrier

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Sea Harrier
Caça
BAE Sea Harrier
Sea Harrier FA2
Descrição
Tipo / Missão Caça de ataque V/STOL
País de origem  Reino Unido
Fabricante Hawker-Siddeley
British Aerospace
Período de produção 1978-?
Quantidade produzida 111
Custo unitário US$18 milhões em 1991
Desenvolvido de Hawker Siddely Harrier
Introduzido em 20 de agosto de 1978 (FRS1)
2 de abril de 1993 (FRS2)
Aposentado em março de 2006 (Marinha Real Britânica)
Variantes
  • Sea Harrier FRS.1
  • Sea Harrier FRS.51
  • Sea Harrier F(A).2
Tripulação 1
Especificações (Modelo: Sea Harrier FA2)
Dimensões
Comprimento 14,2 m (46,6 ft)
Envergadura 7,6 m (24,9 ft)
Altura 3,71 m (12,2 ft)
Área das asas 18,68  (201 ft²)
Alongamento 3.1
Peso(s)
Peso vazio 6 374 kg (14 100 lb)
Peso máx. de decolagem 11 900 kg (26 200 lb)
Propulsão
Motor(es) 1 x turbofan Rolls-Royce Pegasus
Força de empuxo (por motor) 9 762 kgf (95 700 N)
Performance
Velocidade máxima 1 182 km/h (638 kn)
Alcance bélico 1 000 km (621 mi)
Alcance (MTOW) 3 600 km (2 240 mi)
Teto máximo 16 000 m (52 500 ft)
Razão de subida 250 m/s
Notas
Armamentos: Ver texto

O Sea Harrier da BAE Systems é um caça de defesa e intervenção de base móvel (geralmente marítima). Foi o primeiro avião a jato do mundo a decolar e a aterrar verticalmente e foi criado para a Marinha Britânica a partir do Hawker-Siddeley Harrier. Integrou na RAF em Abril de 1980 como Sea Harrier FRS1. A última versão foi o Sea Harrier FA2. Conhecido informalmente como "Shar", o Sea Harrier foi retirado do serviço na RAF em março de 2006[1], sendo substituído pelo Harrier GR9.

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

Em 1966, a Marinha Britânica cancelou o projecto para a classe de porta-aviões CVA-01, o que sugeria o fim do seu envolvimento na aviação de porta-aviões com aeronaves de asa fixa. Contudo, no início da década de 1970, assistiu-se ao planeamento de "cruzadores de cobertura exposta", designação cuidadosamente usada para evitar o termo porta-aviões, na tentativa de aumentar a probabilidade de financiamento. Estes navios tornaram-se eventualmente na classe Invincible. Com pequenas modificações, foi adicionada ao convés de 170m uma rampa de lançamento que possibilitava a estas embarcações operar um pequeno número de jactos V/STOL.

Sea Harrier FRS1[editar | editar código-fonte]

Um Sea Harrier FRS 1 no porta-aviões HMS Invincible.

Os Hawker Siddeley Harrier GR1s da Real Força Aérea tinham entrado ao serviço a 1969. Em 1975 a RAF encomendou 34 Sea Harrier FRS.1s (mais tarde FRS1), tendo os primeiros entrado ao serviço em 1978. No total, foram incorporados 57 FRS1 entre 1978 e 1988.

Harrier T4N[editar | editar código-fonte]

O Harrier T4N não deve ser visto como uma variação estrita do Sea Harrier, mas sim uma versão de dois lugares do Harrier T2, para treino. Foram adquiridos pela Marinha Real 4 Harrier T4N para treino baseado em terra. Não incorporava radar e dispunha de poucos instrumentos do Sea Harrier, tendo sido usado para a conversão de pilotos para o Sea Harrier FRS1.

Sea Harrier FRS51[editar | editar código-fonte]

Sea Harrier FRS51. da Marinha Indiana decolando do INS Viraat.

Avião de caça monolugar, de reconhecimento e ataque. O Sea Harrier FRS51 é similar ao FRS1. Ao contrário ao Sea Harrier britânico, é equipado com mísseis ar-ar Matra R550 Magic. As primeiras vinte e três unidades foram entregues às Marinha Indiana em 1983.

Harrier T60[editar | editar código-fonte]

Versão do bilugar T4N para exportação para a Marinha Indiana. Foram comprados por esta pelo menos 4 unidades, para treino baseado em terra.

Sea Harrier FA2[editar | editar código-fonte]

Sea Harrier FA2 ZE694 no Midland Air Museum.

As lições obtidas na Guerra das Malvinas levaram a uma actualização da frota, aumentando o potencial bélico ar-ar, alcance e ecrãs do cockpit. A aprovação para a actualização para o padrão FRS.2 surgiu em 1984. O primeiro voo de protótipo decorreu em Setembro de 1988, e o contrato foi assinado em Dezembro para a actualização de 29 aeronaves, sendo estas posteriormente designadas F/A.2 e, mais tarde, FA2 apenas. Em 1990 a Marinha Britânica encomendou 18 novos FA2s, de custo unitário de ca. de 12 milhões de libras e, em 1994, foi encomendada a actualização de mais 5 unidades. O Sea Harrier FA2 dispunha do radar Blue Vixen, então descrito como um dos mais avançados sistemas de radar de impulso doppler em todo o mundo. O Blue Vixen formou a base do desenvolvimento do radar CAPTOR incluído nos Eurofighter Typhoon. O Sea Harrier FA2 transporta mísseis AIM-120 AMRAAM e foi o primeiro avião do Reino Unido a ser dotado desta capacidade. A primeira unidade foi entregue a 2 de Abril de 1993 e a primeira missão decorreu em Abril do ano seguinte ao serviço da força da ONU enviada para a Bósnia.

O último Sea Harrier FA2 foi entregue a 18 de Janeiro de 1999.

Harrier T8[editar | editar código-fonte]

Foram sete as unidades bilugares T4 de treino que sofreram a actualização para os instrumentos do FA2, sem radar. Foram retirados do serviço em Março de 2006.

Especificações (Sea Harrier FA2)

Dados de: Wilson,[nota 1] Bull,[nota 2] Donald,[nota 3] Spick.[nota 4]

Descrições gerais
Motorização
Performance
Armamentos
Equipamentos de orientação
  • Aviônicos: Ferranti Blue Vixen
    BAE Systems AD2770
    MADGE Microwave Airborne Digital Guidance Equipment
    AN/APX-100 mk12 IFF

Notas

  1. Wilson, Stewart (2000). Combat Aircraft since 1945. London, UK: Aerospace Publications. ISBN 1-875671-50-1.
  2. Bull, Stephen (2004). Encyclopedia of Military Technology and Innovation. Westport, Connecticut: Greenwood Publishing. ISBN 1-57356-557-1.
  3. Donald, David, ed. (1997). "British Aerospace Sea Harrier". The Complete Encyclopedia of World Aircraft. New York: Barnes & Noble Books. pp. 215–216. ISBN 0-7607-0592-5.
  4. Spick, Mike, ed. (2000). The Great Book of Modern Warplanes. Osceola, Wisconsin: MBI Publishing. ISBN 0-7603-0893-4.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Adeus Sea Harrier, Marinha Britânica
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