Caldeira Guilherme Moniz

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Caldeira Guilherme Moniz
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Uma das vertentes da Caldeira Guilherme Moniz.
Outra vertente da Caldeira Guilherme Moniz, com florestas de criptoméria.

A Caldeira Guilherme Moniz é uma grande estrutura de abatimento, formada há cerca de 23000 anos atrás, implantada na parte central da ilha Terceira (Açores). Corresponde a uma depressão vulcânica alongada no sentido noroeste-sueste, com diâmetro máximo e mínimo de 4,3 e 2,3 km,[1] e cerca de 15 km de perímetro e mais de 11 km2 de área.

Descrição[editar | editar código-fonte]

A estrutura é uma caldeira de abatimento, formada pelo afundamento da zona central de um grande vulcão em escudo poligenético, que assumiu a sua presente configuração geral há cerca de 23 000 anos atrás na sequência das erupções explosivas que deram origem ao Pico Alto. Sobre o seu bordo norte instalou-se o maciço do Pico Alto, pelo que apenas o bordo sul da caldeira está preservado. O flanco sul, sobranceiro à cidade de Angra do Heroísmo, correspondendo à Serra do Morião (ou Costaneira), com o seu ponto mais alto a 619 m de altitude, com escarpas muito declivosas e irregulares. Este bordo da caldeira tem uma altura média da ordem de 170 m acima do fundo da caldeira e na sua face interior estão visíveis grandes estruturas colunares resultantes da disjunção prismática dos traquibasaltos que a formam. A estrutura é claramente poligenética, com domos e coulées bem visíveis.[1]

O fundo desta caldeira, muito plano e situado em torno dos 468 m de altitude, foi ocupado por diversas escoadas lávicas basálticas recentes, com especial destaque para aquelas emitidas há cerca de 2 000 anos do sistema vulcânico do Algar do Carvão, as quais depois de formarem um extenso lago de lava, hoje a zona plana do funda ca Caldeira Guilherme Moniz, transbordaram do lado leste da caldeira, junto ao Pico da Cruz. Dada a fluidez destas lavas do tipo pahoehoe desenvolveram-se vários túneis lávicos no seu seio, como a Furna d’Água ou a Furna do Cabrito. As torrentes de lava que emergiram da caldeira formaram duas grandes escoadas lávicas, uma que se dirigiu para sul, atingindo o mar na Fajã do Fischer (Feteira), outra que se dirigiu para nordeste, formamndo o Biscoito das Fontinhas e atingiu o mar na Caldeira das Lajes.

Esta cratera é a abertura do vulcão da Serra do Morião ou da Nasce Água. Tem uma abertura de 15 km de diâmetro, e uma flora endémica muito valiosa, por ser única no mundo, estando por essa razão protegida por lei.

Nesta caldeira existe o maior reservatório de água da ilha, dado que aqui se encontrava uma lagoa cujas águas foram, há pouco tempo, em termos geológicos, cobertas pela erupção do Algar do Carvão que lhe aprisionou as águas debaixo das escoadas lávicas. Dos seu bordos brotam algumas nascentes de grande caudal como é caso da Furna de Água situada na lado Oeste da vertente.

Notas

Ver também[editar | editar código-fonte]


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