Igreja Católica Bizantina Eslovaca

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A Igreja Católica Bizantina Eslovaca, ou a Igreja Greco-Católica Eslovaca, é uma Igreja particular oriental sui iuris em comunhão com a Igreja Católica. Isto quer dizer que ela, nunca abandonando as suas veneráveis tradições e ritos litúrgicos orientais, aceita a autoridade e primazia do Papa. Unida formal e oficialmente à Santa Sé em 1646, esta Igreja foi fruto de uma cisão ocorrida na Igreja Ortodoxa.

Actualmente, esta Igreja oriental é governada por um Arcebispo Metropolita, juntamente com o seu Concílio de Hierarcas,[1] mas sempre sob a supervisão do Papa. Esta Igreja conta com cerca de 243 mil fiéis, concentrados na sua esmagadora maioria na Eslováquia. O seu rito litúrgico é de tradição bizantina.

A simples existência da Igreja Greco-Católica Eslovaca não significa que a Eslováquia não tenha católicos de rito latino. Aliás, os católicos latinos constituem a maioria absoluta dos católicos existentes na Eslováquia.

História[editar | editar código-fonte]

Uma vez que a União de Uzhhorod em 1646 foi aceite por unanimidade sobre o território que compreende hoje a Eslováquia oriental, a história da Igreja Católica Eslovaca foi durante séculos entrelaçada com a da Igreja Católica Bizantina Rutena. No final da I Guerra Mundial, a maioria dos católicos rutenos e eslovacos (de rito bizantino) foram incluídos para dentro do território da Checoslováquia.

Em Abril de 1950, após a ocupação comunista da Checoslováquia, um "sínodo" foi convocada em Prešov, em que cinco padres e um grande número de leigos assinaram um documento que declarava o fim da união com Roma e que pedia para serem recebidos na jurisdição do Patriarcado de Moscovo. Vários clérigos que protestaram a decisão e a validade do "sínodo" foram presos.

Durante a Primavera de Praga em 1968, as antigas paróquias católicas de rito bizantino foram autorizados para restaurar a comunhão com Roma. Das 292 paróquias envolvidas, 205 votaram a favor. No entanto, a maioria das propriedades católicas permaneceram nas mãos da Igreja Ortodoxa.

Após o fim do comunismo em 1989, a maior parte das propriedades foram devolvidas à Igreja Católica Eslovaca. Com a dissolução da Checoslováquia, um vicariato apostólico foi criado na República Checa para servir os católicos checos de rito bizantino (ou greco-católicos). Já na Eslováquia, o Papa João Paulo II criou o Exarcado apostólico de Košice em 1997.

O Papa Bento XVI, efectuando uma reorganização geral da Igreja Eslovaca em 2008, elevou Košice a eparquia, criou uma nova eparquia em Bratislava e elevou ainda Prešov a arquieparquia metropolitana sui iuris. Esta arquieparquia tem como sufragâneas as eparquias de Košice e de Prešov.[2]

No exterior[editar | editar código-fonte]

Nos Estados Unidos da América, católicos eslovacos não se distinguem dos rutenos. No entanto, os eslovacos têm um eparquia no Canadá, o Eparchy of Saints Cyril and Methodius of Toronto. Apesar de o Chefe da Igreja Eslovaca ser o seu Arcebispo Metropolita, esta eparquia é directamente supervisionada pela Santa Sé e não pelo Metropolita.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. O Concílio de Hierarcas é semelhante ao Sínodo, mas com menos poder. Ver o artigo Rito oriental ou o Código dos Cânones das Igrejas Orien­­tais (CCEO) para mais informações
  2. http://212.77.1.245/news_services/bulletin/news/21601.php?index=21601&lang=it[ligação inativa] RINUNCE E NOMINE , 30.01.2008], no site do Vaticano (em italiano)
  3. [1] e [2].

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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