Isospin

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Sabor em Física de Partículas
Números quânticos de sabor

Números quânticos relacionados


Combinações


Mistura de sabores


Na Física, isospin (termo derivado de isotopic spin ou isobaric spin) é um termo criado em 1961 que representa um número quântico relacionado às forças fortes no estudo das partículas elementares.

Esta teoria apareceu a partir da constatação de que o próton e o nêutron possuem o mesmo spin (1/2), praticamente a mesma massa, mas possuem cargas elétricas diferentes (+1 e 0). E também que a força de atração que une essas partículas no núcleo atômico é insensível à carga.

O conceito de isospin já foi superado pela cromodinâmica quântica (QCD), porém ele continua a ser bastante usado na física de partículas experimental.

Operadores de criação e aniquilação[editar | editar código-fonte]

, cria um próton
, cria um nêutron
, destrói um próton
, destrói um nêutron

Operadores isospin[editar | editar código-fonte]

Os operadores isospin são definidos assim:

, transforma um nêutron num próton
, transforma um próton num nêutron.

Estrutura de grupo[editar | editar código-fonte]

O termo isospin deriva do fato de os operadores isospin , e possuírem uma relação de comutação similar à do momento angular ([1], cap. 5):

,
,
.

As 'rotações' correspondentes formam um grupo de Lie, conhecido como o grupo isospin.

A consequência disso é que a teoria desenvolvida para o momento angular pode ser rapidamente adaptada para resolver problemas ligados ao isospin.

Multipletos isospin[editar | editar código-fonte]

Semelhante ao caso dos núcleons (próton e nêutron), outras partículas podem ser agrupadas nos assim chamados multipletos ([2], pag. 45):

dubleto-nucleon:
tripleto-píon:
quadrupleto-delta:
etc.

Por conseguinte, a teoria desenvolvida para o primeiro caso pode ser facilmente adaptada aos outros grupos.

Aplicação[editar | editar código-fonte]

A invariância isospin pode explicar, por exemplo, por que as duas formas de decaimento da partícula ocorrem com uma frequência 2:1 e não como intuitivamente seria esperado 1:1.

Referências[editar | editar código-fonte]

[1] Harry J. Lipkin, Lie Groups for Pedestrians (2002) Dover Publications.
[2] G. 't Hooft et al, Lie Groups in Physics (2007) Utrecht University


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