José Carlos Amaral Vieira

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Amaral Vieira
José Carlos Amaral Vieira
Informação geral
Nascimento 2 de março de 1952 (72 anos)
Origem São Paulo, SP
 Brasil
Ocupação(ões) Compositor, pianista, musicólogo, pedagogo
Página oficial www.amaralvieira.com

Amaral Vieira (São Paulo,[1] 2 de março de 1952)[2] é um compositor, pianista, musicólogo e pedagogo brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Aos oito anos de idade deu o primeiro recital de piano,[3] início de aclamada carreira como intérprete, que teve como ponto máximo o de propor, pela primeira vez, a gravação de toda a obra de Franz Liszt para piano. No Brasil teve como professores Souza Lima (piano) e Artur Hartmann (composição).[2] Aperfeiçoou-se posteriormente no exterior: no Conservatório de Paris, na França, teve como professor de composição Olivier Messiaen, e Lucette Descaves como professora de piano; na Alemanha estudou com Carl Seemann[2] e Konrad Lechner, na Escola Superior de Música de Freiburgo , e no Reino Unido com Louis Kentner.[4] Em 1977 retornou ao Brasil, onde continuou a tarefa de divulgação da música erudita. Em 1984 foi realizado em São Paulo o Festival Amaral Vieira - O Compositor e sua Obra, responsável, em 14 concertos, pela interpretação de 157 peças de sua autoria, e que mobilizou 196 musicistas para a execução no evento. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Musicologia entre os anos de 1993 e 1995, e de 1998 a 2002 foi presidente da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea.[5] Em 2000 tomou posse da cadeira número 39 da Academia Brasileira de Música,[5] e em abril de 2001 assumiu a presidência da Fundação Conservatório Dramático e Musical de São Paulo

Por mais de uma década apresenta na rádio Cultura FM de São Paulo o programa de música sacra Laudate Dominum, todos os domingos,[5] que também é retransmitido pela Radio Sodré, de Montevidéu, Uruguai.[4]

Em maio de 1999 esteve pela quinta vez no Japão onde fez uma turnê de 17 concertos;[5] em março/abril de 2008 fez sua oitava turnê no país, com 24 concertos, atingindo assim a marca de 250 recitais no país, em mais de 200 cidades.[4]

Prêmios e homenagens[editar | editar código-fonte]

Foi agraciado com 10 prêmios como intérprete e 16 prêmios como compositor, além de 10 distinções em reconhecimento ao seu trabalho artístico no Brasil, França, Alemanha, Inglaterra, Hungria e Japão.[5] Entre estes prêmios e distinções destacam-se o Prêmio Internacional de Composição "Arthur Honneger" (1978), e o Grande Prêmio da Fondation de France (outorgado à sua Trilogia opus 137 em 1980),[6] o Prêmio Liszt (dado a ele pelo governo húngaro em 1986 em reconhecimento aos seus estudos, gravações e performances da música de Franz Liszt) e o Prêmio Min-On (1992).

Em julho de 2008 foi agraciado com o prêmio 2008 Golden Laurel Award, conferido pela Delian Society, pelo conjunto da obra, primeira vez que a distinção foi conferida a um compositor brasileiro.[4]

Faz parte da lista de artistas credenciados pela marca de pianos Steinway and Sons.[4]

O compositor Camargo Guarnieri dedicou a Amaral Vieira seu Improviso n. 5.[7]

Obras[editar | editar código-fonte]

Possui 72 realizações fonográficas como compositor ou como intérprete, editados em LPs, cassetes e CDs, com ênfase especial para a obra de Liszt, além de um vasto repertório de obras próprias, com mais de 500 composições para vários tipos de conjuntos musicais.[5] Seus trabalhos foram distribuídos no Brasil, Europa, Japão e Estados Unidos.

Entre algumas de suas composições mais notórias podem ser citadas:

  • Sonata Piccola, Op. 123
  • Trilogia - Elegia, Noturno e Toccata Op. 137
  • Fábulas, Op. 174, 10 peças para piano
  • Cinco Bagatelas para piano, Op. 178
  • Te Deum, Op. 181
  • Missa pro defunctis, Op. 187
  • Prólogo, Fuga e Final, Op. 194
  • Requiem in Memoriam, Op. 203
  • Te Deum in stilo barocco, Op. 213 (1986)
  • Stabat Mater, Op. 240
  • O Alvorecer do Século da Humanidade, Op. 259 (1991)
  • Sons Inovadores, Op. 266 (1992)
  • Palavras de Encorajamento, Op. 267
  • Alvorada de Esperança da Civilização Universal Op. 268
  • Canção da Juventude, Op. 274
  • Missa Choralis. Op. 282 (1984)
  • The Snow Country Prince, Op. 284
  • Aquarelas Japonesas Op. 325 (2010)
  • In Natali Domini (Cantata de Natal) Op. 327

Referências

  1. Medaglia, Júlio. Música, Maestro! Do Canto Gregoriano ao Sintetizador. Editora Globo Livros, 2008. ISBN 8525031437, 9788525031433
  2. a b c Mariz, Vasco. História da música no Brasil. Editora Nova Fronteira, 2000. ISBN 8520910505, 9788520910504.
  3. "Quinteto Brasília faz show no teatro da Caixa". Caixa Econômica Federal, 16 de fevereiro de 2007 (visitado em 17-4-2010).
  4. a b c d e "Pianista Amaral Vieira apresenta recital no Teatro Municipal de São Paulo". Concerto, 5 de setembro de 2009 (visitado em 17-4-2010).
  5. a b c d e f Amaral Vieira Arquivado em 9 de outubro de 2010, no Wayback Machine., Academia Brasileira de Música (visitado em 17-4-2010).
  6. "Coral paulistano canta Queem no teatro popular de Sesi-SP"[ligação inativa] - Revista In, setembro de 2009 (visitado em 17-4-2010).
  7. Verhaalen, Marion. Camargo Guarnieri: expressões de uma vida EdUSP, 2001. ISBN 853140634X, 9788531406348

Ligações externas[editar | editar código-fonte]