Memórias

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Página original do título de Walden, de 1854, com uma ilustração da autoria de Sophia Thoreau, irmã do escritor. O livro é uma autobiografia do afamado escritor transcendentalista Henry David Thoreau

Chama-se relato de memórias ao gênero de literatura em que o narrador conta fatos da sua vida. É tipicamente um gênero do modo narrativo, assim como a novela e o conto, porém essa classificação é predominantemente atribuída a histórias verídicas ou mesmo sim baseadas em fatos. Diferencia-se da biografia pois não se prende a contar a vida de alguém em particular, mas sim narrar as suas lembranças.[1]

Em se tratando da comunidade científica, é bastante comum os cientistas e pesquisadores comunicarem-se entre si por meio de cartas, ou mais recentemente, por meio de e-mails, nos quais o gênero predominante é a memória. Ou seja, quando, por exemplo, Charles Darwin escreveu a Hudson pedindo esclarecimentos sobre os hábitos do Molothrus, semelhante aos estorninhos; para o livro A Origem das espécies por meios da seleção natural, Charles Darwin; e quando este respondeu, respectivamente, àquele; ambos utilizam o gênero memória. Quando dois pesquisadores trocam informações sobre determinado experimento ou sobre os resultados obtidos em determinado procedimento, eles também utilizam esse gênero. Poderíamos reduzi-lo, então, ao ato de transcrever e comunicar algo que se passou e que, portanto, se lembra; daí, o gênero memória aplicado à finalidade científica. É importante lembrar que tal gênero abre espaço para a opinião de quem escreve em função do assunto tratado, de modo que os interlocutores desse gênero compartilham não apenas a informação fatídica, mas também constroem uma interpretação juntos. Seria uma maneira informal de os cientistas comunicarem-se, visto que esse gênero nem exige tanto rigor quanto um relatório, mas, porém, está calcado no raciocínio típico do método científico.

Brasil[editar | editar código-fonte]

No Brasil temos memorialistas de expressão. Os mais notáveis sãoː

Outro bom livro desse gênero textual, é As Curvas do Tempo, de Oscar Niemeyer.

Portugal[editar | editar código-fonte]

Em Portugal temos também memorialistas de relevo. Realçamos os seguintes:

Referências

  1. Ledoux, Denis (2006). Turning Memories Into Memoirs: A Handbook for Writing Lifestories (em inglês). [S.l.]: Soleil Press. ISBN 9780974277349 
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