São Martinho de Mouros

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Portugal Portugal São Martinho de Mouros 
  Freguesia  
Igreja de São Martinho de Mouros (monumento nacional)
Igreja de São Martinho de Mouros (monumento nacional)
Igreja de São Martinho de Mouros (monumento nacional)
Localização
Localização no município de Resende
Localização no município de Resende
Localização no município de Resende
São Martinho de Mouros está localizado em: Portugal Continental
São Martinho de Mouros
Localização de São Martinho de Mouros em Portugal
Coordenadas 41° 06' 19" N 7° 53' 47" O
Região Norte
Sub-região Tâmega e Sousa
Distrito Viseu
Município Resende
Código 181314
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 14,67 km²
População total (2021) 1 333 hab.
Densidade 90,9 hab./km²
Sítio https://www.jf-saomartinhodemouros.pt

São Martinho de Mouros é uma vila portuguesa sede da Freguesia de São Martinho de Mouros do Município de Resende, freguesia com 14,67 km² de área[1] e 1333 habitantes (censo de 2021),[2] tendo, assim, uma densidade populacional de 90,9 hab./km².

Foi sede de concelho entre 1121 e 1855. Era constituído pelas freguesias da sede, Barrô, Fontoura e Paus. Em 1801 tinha 5503 habitantes e em 1849 tinha 6122.

A freguesia de S. Martinho de Mouros é das mais antigas do concelho. Fica quase toda na encosta da margem direita do rio Bestança, a caminho do Douro que a limita a norte.

A povoação de São Martinho de Mouros foi elevada à categoria de vila em 1997.[3]

Desde o rio, preso lá no fundo, até à Fonte da Mesa nas Meadas a 1.122 metros de altitude, o território é extremamente acidentado, cheio de penhascos e cabeços e, lá mais no alto a penedia é tão bela e tão estranha que parece incomodar o firmamento e dizer a quem a vê que, por entre aquelas figuras arrogantes e esquivas, há heróis, há bruxas ou gigantes de outras eras.

Demografia[editar | editar código-fonte]

A população registada nos censos foi:[2]

População da freguesia de São Martinho de Mouros[4]
AnoPop.±%
1864 1 993—    
1878 2 272+14.0%
1890 2 501+10.1%
1900 2 479−0.9%
1911 2 616+5.5%
1920 3 022+15.5%
1930 2 882−4.6%
1940 3 048+5.8%
1950 3 098+1.6%
1960 3 010−2.8%
1970 2 926−2.8%
1981 2 592−11.4%
1991 1 943−25.0%
2001 1 738−10.6%
2011 1 495−14.0%
2021 1 333−10.8%
Distribuição da População por Grupos Etários[5]
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 292 250 862 334
2011 202 166 778 349
2021 118 138 665 412

Património[editar | editar código-fonte]

Toponímia[editar | editar código-fonte]

Nos princípios do século XI, já morto Almançor, as tropas Cristãs reconquistaram definitivamente aos Mouros as terras das margens do Douro, desde a Foz até Aregos e Resende, na margem esquerda. Foram os Gascos da linhagem de Ribadouro e antepassados de Egas Moniz.

S. Martinho porém, continuou pertencendo à área militar de defesa mourisca de Lamego até meados desse século.

Desporto[editar | editar código-fonte]

  • CDRC S. Martinho de Mouros
  • Atitudes Traquinas Associação Desportiva

História[editar | editar código-fonte]

A terra designada atualmente de São Martinho de Mouros foi certamente povoada desde a Pré-história. A sua geografia e as facilidades de defesa naturais, dispersas pela Serra das Meadas e sobre as encostas que descem até ao Douro, contribuíram certamente para os povos que a habitaram se defendessem dos povos invasivos. Daí ter sido procurada e habitada por tribos pré-celtas: talvez Lígures, a quem se atribui a origem do 1.ºcastro que existiu na Mogueira, posteriormente celtizado e romanizado. Contudo, este castro deve ter sido sucessivamente reocupado por vários povos, confirmam-no os vários vestígios arqueológicos que existem no Castro da Mogueira: Inscrição rupestre, vestígios de habitação de castro, três muralhas ou coroas, duas cisternas, das quais uma terá tido função de santuário, pois talvez servisse para recolher sangue e ossos das vitimas, oferecidas e imoladas em honra de divindades pagãs, sepulturas escavadas na rocha, vestígios de um Castelo e uma torre, etc.

Foi concelho e julgado anterior à nossa Nacionalidade, com primeiro foral dado por Fernando Magno, rei de Leão e Castela, e confirmado por D. Teresa em 1121. Teve foral novo manuelino, outorgado em 1513. Perdeu a autonomia judicial em 1840, e foi finalmente extinto em 1855, data na qual passou para o concelho de Resende, do qual é atual freguesia. Conserva um pelourinho, levantado no largo central da povoação, diante da antiga Casa da Câmara, símbolo da autonomia municipal de S. Martinho e das liberdades populares e ainda local de aplicação de justiça.

No que respeita à direção da freguesia, esta teve 4 presidentes de junta:[carece de fontes?]

  • "Nené" Ribeiro (PPD-PSD)
  • António Azevedo (PPD-PSD)
  • Fernando Pereira (PS)
  • António Lucas Ferreira (PS)

Referências

  1. «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  2. a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos» 
  3. «Lei n.º 72/97, de 12 de julho». diariodarepublica.pt. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  4. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  5. INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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