Teofilacto (filho de Miguel I)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Teofilacto
coimperador bizantino

Soldo de Miguel I com Teofilacto no reverso
Reinado 25 de dezembro de 811 - 11 de julho de 813
Antecessor(a) Miguel I Rangabe
Sucessor(a) Leão V, o Armênio
Nascimento c. 793
  Constantinopla
Morte 15 de janeiro de 849 (56 anos)
Dinastia nicéfora
Pai Miguel I Rangabe
Mãe Procópia

Teofilacto (em grego: Θεοφύλακτος; romaniz.:Theophylaktos; c. 793 - 15 de janeiro de 849) foi o filho mais velho do imperador bizantino Miguel I Rangabe (r. 811–813) e neto, pelo lado materno, de Nicéforo I, o Logóteta (r. 802–811). Foi coimperador júnior ao lado de seu pai durante o reinado do último, e foi tonsurado, castrado e exilado na ilha Plate

Biografia[editar | editar código-fonte]

Teofilacto era filho de Miguel I Rangabe e Procópia e nasceu ca. 793. Foi o segundo filho do casal após sua irmã Gorgo, e foi batizado em honra a seu avô paterno, o drungário do Dodecaneso Teofilacto Rangabe, que tinha participado em uma conspiração falha para tomar o trono da imperatriz-regente Irene de Atenas em 780. Seu avô maternal, Nicéforo, foi um firme defensor de Irene e logo seria elevado por ela a logóteta geral (ministro financeiro), finalmente depondo-a em outubro de 802.[1][2]

Após a derrota de Nicéforo na batalha de Pliska em 26 de julho de 811 e a incapacidade de seu único filho e herdeiro Estaurácio na mesma batalha, em 2 de outubro a corte aclamou Miguel Rangabe, o genro de Nicéforo, como imperador e forçou Estaurácio a abdicar.[3] Miguel imediatamente começou a consolidar seu governo, distribuindo presentes caros, coroando sua esposa como augusta em 12 de outubro e, finalmente, elevando Teofilacto - então com 18 anos - para a posição de coimperador no dia de Natal, 25 de dezembro de 811.[4] Por volta do mesmo período, Miguel enviou uma embaixada sob o bispo Miguel de Sínada para a corte franca, que dentre outros assuntos levantou a possibilidade de um casamento imperial entre Teofilacto e uma das filhas de Carlos Magno. Apesar da calorosa recepção em Aquisgrão, contudo, Carlos magno hesitou em concordar com tal casamento.[2][5]

Nada se sabe de Teofilacto até 11 de julho de 813, quando Miguel, confrontado por uma revolta militar sob Leão, o Armênio, abdicou. A família real deposta foi exilada nas ilhas do Príncipe, onde foram ordenados como monges e freiras. Teofilacto, como seus dois irmãos, foi castrado para fazê-lo incapaz de clamar o trono no futuro, adotou o nome monástico Eustrácio. Morreu cinco anos depois de seu pai, em 15 de janeiro de 849, e foi enterrado ao lado dele em uma igreja na ilha Plate.[2][6]

Referências

  1. Treadgold 1988, p. 60–61, 128–129, 405 (Note #163).
  2. a b c Winkelmann 2001, p. 684–685.
  3. Treadgold 1988, p. 173–177.
  4. Treadgold 1988, p. 177–179.
  5. Treadgold 1988, p. 179, 182.
  6. Treadgold 1988, p. 188–189, 405 (Note #163).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Treadgold, W. T. (1988). The Byzantine Revival 780-842. Stanford: [s.n.] 
  • Winkelmann, Friedhelm; Lilie, Ralph-Johannes; Ludwig, Claudia; Pratsch, Thomas; Rochow, Ilse; Zielke, Beate (2001). «Theophylaktos (#8336)». Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit: I. Abteilung (641–867), 4. Band: Platon (#6266) – Theophylaktos (#8345) (em alemão). Berlim, Alemanha e Nova Iorque, EUA: Walter de Gruyter. ISBN 978-3-11-016674-3