Willem Jacobus Eijk

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Willem Jacobus Eijk
Cardeal da Santa Igreja Romana
Arcebispo de Utrecht
Info/Prelado da Igreja Católica

Título

Primaz dos Países Baixos
Hierarquia
Papa Francisco
Atividade eclesiástica
Diocese Arquidiocese de Utrecht
Nomeação 11 de dezembro de 2007
Entrada solene 26 de janeiro de 2008
Predecessor Adrianus Johannes Simonis
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 1 de junho de 1985
Catedral de São Cristóvão
por Joannes Baptist Matthijs Gijsen
Nomeação episcopal 17 de julho de 1999
Ordenação episcopal 6 de novembro de 1999
Catedral de São José
por Adrianus Johannes Cardeal Simonis
Nomeado arcebispo 26 de janeiro de 2008
Cardinalato
Criação 18 de fevereiro de 2012
por Papa Bento XVI
Ordem Cardeal-presbítero
Título São Calisto
Brasão
Lema Noli recusare labore
Dados pessoais
Nascimento Duivendrecht
22 de junho de 1953 (70 anos)
Nacionalidade neerlandês
Habilitação académica -Licenciatura em Medicina pela Universidade de Amesterdão (1978)
-Doutoramento em Medicina pela Universidade de Leiden (1987)
-Doutoramento em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino (1989)
Funções exercidas -Bispo de Groningen–Leeuwarden (1999-2007)
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Willem Jacobus Eijk (Duivendrecht, 22 de junho de 1953) é um cardeal neerlandês, atual Arcebispo de Utrecht.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Inicialmente estudou medicina licenciando-se em 1978 pela Universidade de Amsterdão. Com vista a tornar-se padre, entrou no Seminário Maior de Roermond, em Rolduc, onde estudou filosofia e teologia. A partir de 1979 conciliou a sua formação teológica com estudos de Ética em Medicina na Universidade de Leiden.[1]

Vida religiosa[editar | editar código-fonte]

Foi ordenado sacerdote da Diocese de Roermond em 1 de junho de 1985, na catedral de St.-Christoffel, Roermond, por Joannes Baptist Matthijs Gijsen, bispo de Roermond, trabalhando de seguida na paróquia de Santo António de Pádua em Venlo Blerick. Entre 1985 e 1987 terminou o curso de medicina, doutorando-se na Universidade de Leiden, com uma tese sobre a Eutanásia. Seguiu para Roma e em 1989, obteve um doutoramento em filosofia moral na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino e a partir de 1990, leccionou teologia moral no Seminário Maior da Rolduc e de 's-Hertogenbosch, ao mesmo tempo, foi prefeito de estudos em Rolduc. De 1994 a 1995. Foi presidente do Instituto "Mater Ecclesiae Domesticae" (MEDO), Rolduc, para estudos sobre a família. De 1996 até 1999, foi o primeiro docente e professor de teologia moral na Faculdade Teológica de Lugano, na Suíça. Ao mesmo tempo, ele continuou a ensinar no Seminário Maior de Rolduc. De 1997 a 1999, foi membro da Comissão Teológica Internacional.[1]

Eleito bispo de Groningen-Leeuwarden em 17 de julho de 1999, foi consagrado em 6 de novembro, na catedral de São José e São Martinho, Groningen, pelo Cardeal Adrianus Johannes Simonis, Arcebispo de Utrecht, assistido por Franciscus Jozef Maria Wiertz, bispo de Roermond, e por Sergio Lasam Utleg, bispo de Laoag.[2] Depois de um início difícil, o seu episcopado foi assinalado com sinais de crescimento na sua diocese. O exemplo mais marcante foi a abertura da Catedral de Groningen durante os dias úteis a uma comunidade mais viva. O número de ordenações diaconais e presbiteriais têm aumentado nos últimos anos.[1]

Foi promovido a metropolita de Utrecht em 11 de dezembro de 2007 e recebeu o pálio do Papa Bento XVI em 29 de junho de 2008, na Basílica Papal Vaticana.[1][2]

Em 2008, Bento XVI nomeou-o membro da Congregação para o Clero.

Foi criado cardeal no Primeiro Consistório Ordinário Público de 2012, no dia 18 de fevereiro, com o título de Cardeal-presbítero de São Calisto.[1][2] Neste mesmo ano a 21 de abril foi nomeado membro da Congregação para a Educação Católica.[1]

Como Arcebispo de Utrecht, recomendou uma reestruturação das 326 paróquias da diocese em 48 territórios, seguindo um padrão em toda a Europa face à diminuição da frequência à igreja. Ele insistiu nesse plano apesar de alguma resistência popular. Ele disse: "Quando falei com o Papa, avisei que as antigas estruturas eclesiais não existiriam quando eu me aposentasse – e que em 2025 dois terços das nossas igrejas teriam sido retiradas do culto divino."[3]

Em 2015, Eijk foi eleito para representar a Conferência Episcopal dos Países Baixos no Sínodo dos Bispos sobre a Família, em outubro.[4] Antes do Sínodo, ele publicou um ensaio afirmando que os casais que celebram um novo casamento civil sem terem recebido anulações de casamentos anteriores representam "uma forma de adultério estruturado e institucionalizado".[5] Após o Sínodo, ele se tornou um crítico da exortação do Papa Francisco, a Amoris laetitia. Em 2018, ele disse que o documento "fez com que a dúvida fosse semeada" e disse que Francisco deveria afirmar mais claramente que o casamento é "único e indivisível" e que a um católico que se case novamente após o divórcio deve ser negada a Comunhão.[6]

Em maio de 2018, depois de o Papa Francisco não ter rejeitado um projeto de proposta por parte da Conferência Episcopal Alemã para permitir que os protestantes recebessem a Eucaristia nas igrejas católicas em certos casos, Eijk escreveu que Francisco não estava defendendo "a doutrina e a prática claras da Igreja" e que isto representava "uma tendência para a apostasia da Verdade".[7]

Heráldica[editar | editar código-fonte]

Conclaves[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f The Cardinals of the Holy Roman Church
  2. a b c «Catholic Hierarchy». Consultado em 17 de março de 2013 
  3. Luxmoore, Jonathan (15 de novembro de 2017). «Europe's church creatively rethinks as numbers plummet» (em inglês). National Catholic Reporter. Consultado em 29 de agosto de 2023 
  4. «XIV Assemblea Generale Ordinaria del Sinodo dei Vescovi (4-25 ottobre 2015) – Elenco dei Partecipanti, 15.09.2015» (em italiano). Sala de Imprensa da Santa Sé. 5 de outubro de 2015. Consultado em 7 de maio de 2018 
  5. McElwee, Joshua J.; Coday, Dennis (2 de outubro de 2015). «Synod to be culmination of two years' preparation, consultation» (em inglês). National Catholic Reporter. Consultado em 7 de maio de 2018 
  6. San Martín, Inés (1 de fevereiro de 2018). «Once again, bishops around the world differ on 'Amoris'» (em inglês). Crux. Consultado em 7 de maio de 2018 
  7. Eijk, Willem Jacobus (7 de maio de 2018). «Cardinal Eijk: Pope Francis Needed to Give Clarity on Intercommunion» (em inglês). National Catholic Register. Consultado em 8 de maio de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Precedido por
Johann Bernard Wilhelm
Maria Möller

Bispo de
Groningen–Leeuwarden

19992007
Sucedido por
Gerard Johannes Nicolaus de Korte
Precedido por
Adrianus Johannes Simonis

Arcebispo de Utrecht

2007
Sucedido por
(incumbente)
Precedido por
Corrado Ursi
Cardeal
Cardeal-presbítero de São Calisto

2012
Sucedido por
(incumbente)