Estação Ferroviária de Alcântara-Mar
Alcântara-Mar
| |||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
a estação de Alcântara-Mar, em 2018 | |||||||||||||||
Identificação: | 69039 AMA (Alcânt-Mar)[1] | ||||||||||||||
Denominação: | Estação de Alcântara-Mar | ||||||||||||||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3] | ||||||||||||||
Classificação: | E (estação)[1] | ||||||||||||||
Tipologia: | B [3] | ||||||||||||||
Linha(s): |
| ||||||||||||||
Altitude: | 8 m (a.n.m) | ||||||||||||||
Coordenadas: | 38°42′8.61″N × 9°10′26.87″W (=+38.70239;−9.17413) | ||||||||||||||
| |||||||||||||||
Município: | Lisboa | ||||||||||||||
Serviços: | |||||||||||||||
| |||||||||||||||
1980s: | |||||||||||||||
Coroa: | Coroa L Navegante | ||||||||||||||
Conexões: | |||||||||||||||
Equipamentos: | |||||||||||||||
Inauguração: | 6 de dezembro de 1890 (há 133 anos) | ||||||||||||||
Website: |
A estação ferroviária de Alcântara-Mar, por vezes identificada apenas como de Alcântara,[4] é uma interface das Linhas de Cascais e Cintura, que serve a freguesia de Alcântara, na cidade de Lisboa, em Portugal. Foi inaugurada, como terminal provisório do Ramal de Cascais, em 6 de Dezembro de 1890.[5][6] Em 1891, foi inaugurado o ramal até Alcântara-Terra.[7] Na década de 1920, a estação foi alvo de profundas obras de remodelação, tendo sido electrificadas as vias e construído um novo edifício de passageiros, desenhado pelo arquitecto Cottinelli Telmo.[8][9]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Localização e acessos
[editar | editar código-fonte]Esta estação situa-se junto à Avenida da Índia, em Lisboa.[10]
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]Esta interface apresenta duas vias de circulação, eletrificadas em toda a sua extensão, identificadas como VA1 e VD2, ambas com 228 m de comprimento e acessíveis por plataformas com comprimentos de 217 e 207 m, respetivamente, e ambas com 110 cm de altura[3] (valores essencialmente idênticos aos de décadas anteriores);[11] existem ainda três vias secundárias (identificadas como Areal 1, Areal 1, e Areal 3) com comprimentos entre 402 e 355 m, que não se encontram eletrificadas.[3] Nesta estação insere-se na rede ferroviária o ramal particular Liscont.[1]
O edifício de passageiros situa-se do lado norte da via (lado direito do sentido ascendente, a Cascais).[12][13]
Serviços
[editar | editar código-fonte]Em dados de 2023, esta interface é servida por comboios de passageiros da C.P. de tipo urbano no serviço “Linha de Cascais” tipicamente com um total de 102 circulações diárias em cada sentido ligando ao Cais do Sodré, das quais 32 têm término em Oeiras e as restantes em Cascais.[4]
História
[editar | editar código-fonte]Século XIX
[editar | editar código-fonte]Um alvará de 9 de Abril de 1887 autorizou a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses a construir uma linha férrea ao longo do Rio Tejo, ligando a Estação Ferroviária de Santa Apolónia, no Cais dos Soldados, à zona de Alcântara, que poderia ser prolongada até Cascais.[14] Assim, a Companhia iniciou a construção, tendo o Ramal de Cascais sido inaugurado em 30 de Setembro de 1889, ligando inicialmente Pedrouços a Cascais.[15] O lanço seguinte, até Alcântara-Mar, entrou ao serviço em 6 de Dezembro de 1890.[5][6] A ligação até Alcântara-Terra, pelo Ramal de Alcântara, abriu à exploração em 10 de Agosto de 1891.[15] O lanço seguinte do Ramal de Cascais, entre Alcântara-Mar e Cais do Sodré, foi inaugurado em 4 de Setembro de 1895.[5][6]
Em 1896, estava prevista a instalação de iluminação a gás em várias estações da Linha de Cascais, incluindo a de Alcântara-Mar.[16] Em 28 de Julho, foi duplicado o troço entre Belém e Alcântara-Mar.[15] Nesse ano, foi organizado um comboio especial desde Alcântara-Mar até Sintra, para os passageiros do cruzeiro Cordillère, que assim evitaram a passagem pelo Rossio; esta experiência teve bons resultados, tendo sido a génese de uma alteração de 1898 no traçado do Sud Expresso, que passou a circular, uma vez por semana, por Alcântara-Mar.[17] Desta forma, possibilitou-se que os passageiros deste comboio e as suas bagagens fossem directamente para o cais, o que melhorou consideravelmente os serviços.[17]
Em 1 de Fevereiro de 1897, foi concluída a segunda via entre Alcântara-Mar e o Cais do Sodré,[18] prevendo-se que iria brevemente entrar ao serviço.[19] No entanto, a circulação pela segunda via só começou em 4 de Julho.[5][15] Em Abril, esta estação já tinha sido mudada para uma estrutura provisória junto ao entroncamento das Linhas de Cintura e de Cascais, e com acesso directo à nova avenida, de forma a evitar que os utentes tivessem de atravessar as linhas para aceder à gare.[20]
Século XX
[editar | editar código-fonte]A Gazeta dos Caminhos de Ferro de 1 de Dezembro de 1914 noticiou que a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses tinha apresentado uma proposta para uma tarifa especial, relativa ao transporte de mercadorias, onde se estabeleciam preços mais baixos para estações onde se situavam os principais centros corticeiros, incluindo as duas estações de Alcântara.[21] Em 1918, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses arrendou a exploração da Linha de Cascais à Sociedade Estoril.[8] Entre 1927 e 1928, Cottinelli Telmo projectou um novo edifício de passageiros para esta estação, no estilo modernista.[9] Em 1926, foi electrificada a Linha de Cascais.[8]
O Decreto-Lei n.º 28:796, de 1 de Julho de 1938, introduziu profundas modificações na zona de Alcântara, incluindo o encerramento da estação fluvial de Santo Amaro, passando os serviços a serem feitos por novas dependências na estação de Alcântara-Mar, que seria ligada à doca por uma linha de via estreita, para vagonetas.[22][23] Também em 1938, a C. P. levantou a estação de Santo Amaro, tendo aproveitado os materiais para construir uma dependência em Alcântara Mar.[24]
Em 1 de Agosto de 1939, foi reatada a circulação do comboio Sud Expresso, após um hiato de três anos, devido à Guerra Civil Espanhola; nessa altura, este comboio ligava Paris à estação do Rossio, em Lisboa, com uma carruagem directa para Alcântara-Mar e Estoril que era atrelada e desatrelada em Campolide.[25] Nesse ano, o Ministério das Obras Públicas e Comunicações publicou um decreto que modificou o traçado da Linha de Cascais desde Alcântara até à Cruz Quebrada, para a construção da Estrada Marginal entre Lisboa e Cascais.[26] Em 15 de Dezembro, foi inaugurado o novo traçado entre Belém e o Apeadeiro de Bom Sucesso,[27] prevendo-se que o lanço seguinte a ser modificado fosse o de Belém a Alcântara.[28] Esta intervenção foi concluída no ano seguinte.[29] Também em 1940, foi organizada uma exposição das novas carruagens da C. P. na estação de Alcântara Mar, que iriam ser utilizadas nos comboios da Linha de Cascais.[30] Em 16 de Setembro desse ano, a Gazeta dos Caminhos de Ferro relatou que a C. P. estava a preparar a criação de corpos de bombeiros em várias estações da sua rede, incluindo em Alcântara Mar.[31]
No XIII Concurso das Estações Floridas, organizado em 1954 pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses e pelo Secretariado Nacional de Informação, a estação foi premiada com um diploma de menção honrosa especial.[32] Em 16 de Agosto de 1955, a Sociedade Estoril iniciou as obras para a modernização da via férrea desde esta estação até e Belém, prevendo-se que depois passariam para o lanço de Alcântara-Mar ao Cais do Sodré.[33]
Em 1976, a Linha de Cascais deixou de ser explorada pela Sociedade Estoril, voltando à gestão directa dos Caminhos de Ferro Portugueses.[34]
Décadas de 1990 e 2000
[editar | editar código-fonte]Em 1991 foi construída uma passagem pedonal segregada ligando Alcântara-Mar a Alcântara-Terra (então recentemente reaberta ao serviço de passageiros), constituída por um atravessamento subterrâneo sob a Avenida da Índia seguido de uma passagem elevada, esta última demolida em 2008.[35] Em Dezembro de 2009, a passagem pedonal inferior foi temporariamente encerrada devido a uma inundação.[36]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
- ↑ a b c Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
- ↑ a b Comboios Urbanos : Lisboa : Cais do Sodré ⇄ Cascais («horário em vigor desde 02 maio 2023»). Esta informação refere-se aos dias úteis.
- ↑ a b c d TORRES, Carlos Manitto (16 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1682). Lisboa. p. 61-64. Consultado em 6 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b c HENRIQUES, 2001: 63-64
- ↑ REIS et al, 2006:12
- ↑ a b c REIS et al, 2006:62
- ↑ a b MARTINS et al, 1996:129
- ↑ «Alcântara-Mar». Comboios de Portugal. Consultado em 12 de Novembro de 2014
- ↑ «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85
- ↑ (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
- ↑ Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
- ↑ «Sociedade "Estoril"» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1476). Lisboa. 16 de Junho de 1949. p. 423-425. Consultado em 7 de Outubro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b c d «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). Lisboa. 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 6 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 48 (1161). Lisboa. 16 de Maio de 1936. p. 259. Consultado em 24 de Fevereiro de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 50 (1223). Lisboa. 1 de Dezembro de 1938. p. 537-538. Consultado em 31 de Outubro de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1226). Lisboa. 16 de Janeiro de 1939. p. 81-85. Consultado em 31 de Outubro de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 49 (1179). Lisboa. 1 de Fevereiro de 1937. p. 88-89. Consultado em 28 de Junho de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 49 (1184). Lisboa. 16 de Abril de 1937. p. 203. Consultado em 5 de Agosto de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Viagens e Transportes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 27 (647). Lisboa. 1 de Dezembro de 1914. p. 359. Consultado em 19 de Julho de 2012 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ PORTUGAL. Decreto-Lei n.º 28796, de 1 de Julho de 1938. Ministério das Obras Públicas e Comunicações - Gabinete do Ministro, Paços do Governo da República. Publicado no Diário do Govêrno n.º 150, de 1 de Julho de 1938.
- ↑ «Urbanização de Lisboa» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 50 (1214). Lisboa. 16 de Julho de 1938. p. 336-339. Consultado em 1 de Novembro de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «O que se fez em caminhos de ferro em 1938-39» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1266). Lisboa. 16 de Setembro de 1940. p. 638-639. Consultado em 14 de Abril de 2018 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «"Sud-Express"» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1240). Lisboa. 16 de Agosto de 1939. p. 393. Consultado em 29 de Março de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «A linha férrea de Cascais vai sofrer alterações entre Alcântara e a Cruz Quebrada» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1241). Lisboa. 1 de Setembro de 1939. p. 415. Consultado em 29 de Março de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Na linha de Cascais inaugurou-se hoje um novo troço». Diário de Lisboa. Ano 19 (6130). Lisboa: Renascença Gráfica. 15 de Dezembro de 1939. p. 3. Consultado em 10 de Outubro de 2020 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares
- ↑ SABEL (16 de Dezembro de 1939). «Ecos e Comentários» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 31 (1248). Lisboa. p. 544. Consultado em 29 de Março de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «O que se fez em Caminhos de Ferro no ano de 1940» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 53 (1274). Lisboa. 16 de Janeiro de 1941. p. 83-88. Consultado em 31 de Dezembro de 2018 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ BARRETO et al, 1999:224
- ↑ «Vida Ferroviária» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1266). Lisboa. 16 de Setembro de 1940. p. 644. Consultado em 15 de Abril de 2018 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «XIII Concurso das Estações Floridas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 67 (1608). Lisboa. 16 de Dezembro de 1954. p. 365. Consultado em 25 de Setembro de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «A Sociedade Estoril e a modernização da sua linha férrea» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 68 (1625). Lisboa. 1 de Setembro de 1955. p. 309-313. Consultado em 25 de Setembro de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ REIS et al, 2006:117
- ↑ CRUZ-FILIPE, Luís (4 de Outubro de 2008). «A passagem de Alcântara». Divagações sobre tudo e sobre nada. Consultado em 18 de Maio de 2010
- ↑ «Passagem inferior de peões em Alcântara cortada por inundação». TSF Rádio Notícias. 22 de Dezembro de 2009. Consultado em 16 de Maio de 2010 [ligação inativa][ligação inativa]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Barreto, António; Mónica, Maria Filomena (1999). Dicionário de História de Portugal: Suplemento A/E. Volume 7 1ª ed. Lisboa: Livraria Figueirinhas. 714 páginas. ISBN 972-661-159-8
- Henriques, João Miguel (2001). Cascais. Do Final da Monarquia ao Alvorecer da República (1908-1914). Cascais: Câmara Municipal de Cascais e Edições Colibri. 215 páginas. ISBN 972-772-268-7
- Martins, João; Brion, Madalena; Sousa, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado: O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas
- Reis, Francisco; Gomes, Rosa; Gomes, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP - Comboios de Portugal e Público - Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
Concursos das Estações Floridas
| ||||||
---|---|---|---|---|---|---|
Ano | Prémio | |||||
1.º | 2.º | 3.º | 4.º | 5.º | 6.º | |
1941 | Castêlo da Maia | Luso-Buçaco | Alcântara-Mar | |||
1942 | Castêlo da Maia | Portimão | Carcavelos | |||
1943 | Rio Tinto | Fornos de Algodres | Olhão | |||
1944 | Darque | Olhão | Pero Negro | |||
1945 | Leça do Balio | Caminha | Afife | |||
1946 | Runa | Pinhal Novo | Leixões | |||
1947 | Runa | Fornos de Algodres | Caminha | |||
1948 | Caminha | Fornos de Algodres | Castelo de Vide | |||
1950 | Runa | Olhão | Caminha | |||
1951 | Valado | Runa | Cête | Leixões | Olhão | Caminha |
1952 | Leixões | Valado | Runa | Olhão | Cête | Afife |
1953 | Olhão | Caminha | Valado | Runa | Rio Tinto | Leixões |
1954 | Leixões | S. Mamede de Infesta | Valado | Rio Tinto | Runa | Olhão |
1955 | Valado | Leixões | Barroselas | Olhão | Fornos de Algodres | Luso-Buçaco |
1956 | Valado | Leixões | Cête | Paçô Vieira | Olhão | Paredes |
1957 | Luso-Buçaco | Valado | Paçô Vieira | Fronteira | Fornos de Algodres | Contumil |
1958 | Caminha | Leixões | Olhão | Valado | Luso-Buçaco | Fronteira |
1959 | Fronteira | Fornos de Algodres | Contumil | Luso-Buçaco | Valado | Olhão |
1960 | Elvas | Barcelos | Macinhata | Covas | Olhão | Canedo |
1961 | S. João da Madeira | S. Mamede de Infesta | Valença | Porto-Trindade | Chaves | Celorico de Basto |