Estação Ferroviária de Terenos

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Estação Ferroviária de Terenos
Uso atual Transporte ferroviário
Administração ALL
Informações históricas
Inauguração 1914
Fechamento 1996
Localização
Localização Terenos, Mato Grosso do Sul

A Estação Ferroviária de Terenos foi uma construção destinada a embarque ou desembarque de passageiros de trem e, secundariamente, ao carregamento e descarregamento de carga transportada. Usualmente consistia em um edifício para passageiros (e possivelmente para cargas também), além de outras instalações associadas ao funcionamento da ferrovia.

História[editar | editar código-fonte]

A estação de Terenos foi inaugurada em 6 de setembro de 1914. Faz parte da linha E. F. Itapura-Corumbá, que foi aberta a partir de 1912. Apesar disso, por dificuldades técnicas e financeiras, havia cerca de 200 km de trilhos para serem finalizados (trechos Jupiá-Água Clara e Pedro Celestino-Porto Esperança), fato que ocorreu apenas em outubro de 1914. Em 1917 a ferrovia é fundida no trecho da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB), que fazia o trecho paulista Bauru-Itapura.

A partir daí, a linha estava completa até o rio Paraguai, ao sul de Corumbá, em Porto Esperança. Somente em 1952 a cidade de Corumbá seria alcançada pelos trilhos. A partir de 1975 foi incorporada em uma divisão da RFFSA sendo finalmente privatizada a partir de 1992 e entregue em concessão para a Novoeste em 1996. A perspectiva de reativação do Trem do Pantanal entre Campo Grande e Corumbá, a partir de 2005, pelo Governo de MS e da Brasil Ferrovias fez com que o jornal O Estado de S. Paulo publicasse uma reportagem sobre a futura volta do trem. Ali fala sobre a situação atual da estação de Terenos:

Outras estações ferroviárias do município[editar | editar código-fonte]

Jaraguá[editar | editar código-fonte]

A estação de Jaraguá foi inaugurada em 29 de setembro de 1927. Apesar disso a estação original foi demolida e a casa que sobra ao lado da linha, em meados dos anos 90, foi reformada e usada como local de venda de carnes especiais de bezerros e novilhos precoces. Se localiza no acesso da Fazenda Jaraguá e fica na beira da estrada e de bem fácil de acessar. Em 2009 segue existindo como moradia.

Alcilândia[editar | editar código-fonte]

A estação de Alcilândia foi inaugurado em 12 de maio de 1958 e consta nos Guias Levi apenas a partir de 1965. Seis anos antes, no livro da Noroeste (1959), o referido posto não é citado, e sim uma ponto de parada entre Terenos e Pedro Celestino de nome Parada da Pedreira Pedro Celestino, que possivelmente pode ser o ponto de parada citado. Uma curiosidade é que em 1959 a quilometragem do ponto de parada era 920 e não 941 e a mudança da quilometragem foi feito possivelmente por causa de alguma modificação do traçado da estrada. Há indícios que o Posto do km 941 teve seu nome mudado para Alcilândia, que era seu nome em 1976.

Pedro Celestino[editar | editar código-fonte]

A estação de Pedro Celestino foi inaugurada em 31 de dezembro de 1912 com o nome inicial de Imbiruçu. Uma curiosidade é que essa estação foi ponta de linha por aproximadamente dois anos de uma linha que vinha de Porto Esperança. Como ela foi entregue em 1912 e faltava 200 km de trilhos para serem finalizados (Jupiá-Água Clara e Imbiruçu-Porto Esperança), a entrega ocorreu só em 1914 em decorrência a problemas técnicos e financeiros, o que deixou o trecho mais isolado do resto. Anos depois a estação teve seu nome mudado para Pedro Celestino.

Murtinho[editar | editar código-fonte]

A estação de Jacaré foi inaugurado em 6 de setembro de 1914. Logo depois passa a se chamar Joaquim Murtinho e finalmente Murtinho.

Como a maioria das estações entre Campo Grande e Porto Esperança, em muitos anos esta estação não possuía água potável, o que fazia com que a NOB disponibilizasse um vagão pipa para abastecimento. Anos depois a estação teve seu nome mudado para Jacaré.

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • O Estado de S. Paulo, 2004;
  • IBGE, 1959;
  • Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;
  • Guias Levi, (1932-1980)
  • S. Cardoso Ayala e F. Simon: Álbum Gráfico do Estado de Matto Grosso, 1914;

Ligações externas[editar | editar código-fonte]