Estação São Pedro da Aldeia

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Estação Ferroviária de São Pedro da Aldeia
Estação São Pedro da Aldeia
Foto histórica da Estação Ferroviária de São Pedro da Aldeia
Uso atual Sede do escritório regional do IPHAN, museu
Administração IPHAN
Informações históricas
Inauguração 1937
Fechamento 1962
Localização
Localização Rodovia RJ 106, Centro - São Pedro da Aldeia, RJ
 Nota: Este artigo é sobre a estação da extinta Estrada de Ferro Maricá, no Brasil. Se procura a estação do Metrô de Porto Alegre, no Brasil, veja Estação São Pedro. Se procura estação da Linha de Cascais, em Portugal, veja Estação Ferroviária de São Pedro do Estoril. Se procura a estação da Linha do Minho, em Portugal, veja Estação Ferroviária de São Pedro da Torre. Se procura a estação da Linha da Beira Alta, em Portugal, veja Apeadeiro de Aldeia.
 Nota: Para as estações do extinto Ramal de Viseu, em Portugal, com nomes semelhantes, ver Estação Ferroviária de São Pedro do Sul e Estação Ferroviária de Termas de São Pedro do Sul.

A Estação Ferroviária de São Pedro da Aldeia, localizada no município de São Pedro da Aldeia foi fundada em 1937 para auxiliar no escoamento da produção local, principalmente a de sal. Compunha a Estrada de Ferro Maricá (EFM), contudo, foi desativada em 1962.

O fim da linha nos anos 1960, acarretou décadas de falta de conservação do monumento, que chegou a funcionar como um terminal rodoviário. Durante as obras, a marquise teve que ser quase totalmente refeita, tamanho o desgaste com o tempo. A estrutura estava comprometida e corria o risco de desabamento. Os letreiros haviam desaparecido. Agora, o nome da estação e as informações sobre localização e distâncias ganharam destaque.

História[editar | editar código-fonte]

A Estação compunha a Estrada de Ferro Maricá (EFM), que começou a ser construída em 1888 com o intuito de escoar produtos (sal, café, milho, abacaxi, laranja, pescados e farinha de ostra) e transportar passageiros.

Construção[editar | editar código-fonte]

A Estação Ferroviária de São Pedro da Aldeia foi construída em 1937 e passou a integrar à EFM.

Em 1943, passou a ser administrada pela Estrada de Ferro Central do Brasil, após assumir a linha férrea. A partir de 1958, com a criação da Rede Ferroviária Federal, o prédio da estação passou a integrar juntamente com a linha à Estrada de Ferro Leopoldina, que os administrou até o final de suas atividades.[1][2]

Desativação[3][editar | editar código-fonte]

Após fortes chuvas assolarem a região em 1962, ocasionando no desabamento de uma das pontes locais da linha férrea, o trecho de Cabo Frio a Maricá acabou tendo suas operações suspensas e sendo consequentemente desativado, o que também levou ao fechamento da estação.

Na década de 60, ocorreu a desativação de todos os trechos ainda operantes da ferrovia e posteriormente sua erradicação, por suposta alegação da mesma ser ''antieconômica'' pelo GESFRA, grupo considerado de ''extermínio ferroviário'', formado por executivos da iniciativa privada e ligado ao governo.

Tentativa de reativação[editar | editar código-fonte]

Grandes produtores rurais, políticos, moradores e produtores de sal da cidade de São Pedro da Aldeia e municípios afetados pela desativação fizeram manifestações contrárias, pedindo a reativação da linha, tal movimento culminou numa reunião na Câmara de Vereadores de Araruama, onde um interventor da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) prometeu ressaltar a necessidade de retorno daquela em relatório oficial. Entretanto, no tal relatório, constava que a única fonte de renda da região era o cultivo do abacaxi e simultaneamente, foram levantadas denúncias envolvendo ex-ferroviários e empresas rodoviárias coletivas, com fortes indícios de favorecimento ilícito, corrupção, tráfico de influência e sabotagem política, nunca averiguadas.

Restauração[editar | editar código-fonte]

O monumento que fez parte da extinta Rede Ferroviária Federal já havia sido vendido, e a prefeitura municipal readquiriu o imóvel para dar início a restauração. As obras começaram em 2010 por iniciativa do IPHAN, fazendo a população e turistas voltarem a se interessar pela velha construção, de estilo art déco e cor amarelo ocre, antes encoberta sob diversas camadas de tintas.

O autor do projeto de recuperação da estação ferroviária foi o arquiteto e o chefe de escritório Ivo Barreto.

Em 17 de agosto de 2011 foi entregue a população a 1ª fase de restauros da estação com implementação do escritório regional do IPHAN, o Centro de Memória Ferroviária de São Pedro da Aldeia e a videoteca do Cine Estação São Pedro.

Cronologia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Railways of Brazil in Postcards and Souvenir Albums (em inglês). [S.l.]: Solaris Editorial. 2005 
  2. Boiteux, Paulo (16 de abril de 2014). História das Ferrovias Brasileiras. [S.l.]: Letra Capital Editora LTDA 
  3. Rodriguez, Helio Suêvo (2004). A formação das estradas de ferro no Rio de Janeiro: o resgate da sua memória. [S.l.]: Memória do Trem 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • PELOSI, José Carlos. Ela vai "vortá"? Jornal do Brasil/Cidade, 5 de setembro de 1988.
  • OLIVEIRA, Luiz Octávio S..Informativo AFPF (Associação Fluminense de Preservação Ferroviária) n.º 23 – maio de 2001.
  • RODRIGUEZ, Hélio Suevo. Resgate da Memória Ferroviária no Estado do Rio de Janeiro (título provisório).