Estado operário deformado

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 Nota: Não confundir com Estado operário degenerado.

Na teoria política trotkista, os Estados Operários Deformados são aqueles onde a burguesia foi derrubada do poder através da Revolução Social , e onde os meios de produção foram amplamente nacionalizados trazendo benefícios para a classe operária, mas onde esta mesma classe nunca ocupou o poder político (como ocorreu na Rússia logo após a Revolução Russa ). Estes Estados Operários são deformadas porque suas estruturas políticas e econômicas foram impostas de cima (ou de fora), e onde as organizações da classe operária revolucionária foram esmagadas. Da mesma forma que um Estado Operário Degenerado, não podemos afirmar que um Estado Operário Deformado é um Estado que está em transição para o socialismo.

O conceito de Estado Operário Deformado foi desenvolvido pelos teóricos da Quarta Internacional após a Segunda Guerra Mundial , quando a União Soviética derrotou militarmente a Alemanha nazista e criou Estados satélites noa Leste Europeu . Tomando como base o conceito de Leon Trotsky de que a União Soviética era um Estado Operário Degenerado , o III Congresso Mundial da Quarta Internacional em 1951, descreveu os novos regimes como Estados Operários Deformados. E como tarefa mostrou que ao invés de defender uma revolução social, como nos países capitalistas, a Quarta Internacional deve defender a revolução política para derrubar a burocracia stalinista na União Soviética (que foi degenerado) e nos estados-tampão [1].

Esta abordagem é defendida pelas correntes trotskistas Quarta Internacional reunificada e pelo Comitê por uma Internacional dos Trabalhadores . A Liga para a Quinta Internacional argumenta que os estados da Europa Oriental são Estados Operários Degenerados, e que se tornaram degenerados desde o nascimento.

As correntes que romperam com a Quarta Internacional antes de 1948 por causa de divergências com Trotsky sobre o caráter de Estado da União Soviética [2]tendem a discordar com esta interpretação e adotaram teorias que descrevem os estados stalinistas do pós-guerra como sendo Capitalista de Estado [3] ou Coletivista Burocrático [4].

Referências

  1. Pierre Frank, "Evolution of Eastern Europe", (em inglês) Fourth International, Novembro 1951.
  2. Antonio Liz Vázquez Trótski e o seu tempo: (1879-1940) (em castelhano) CYAN, 2005 pp. 213-219 ISBN 9788481985757
  3. Daniel Bensaïd Trotskismos (em castelhano) Editorial El Viejo Topo, 2007 pp. 41-50 ISBN 9788496831063
  4. Maurício Tragtenberg Burocracia e ideologia SciELO - Ed. UNESP, 2006 ISBN 9788539302871
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