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Estatismo corporativo

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O Estatismo Corporativo, o Corporativismo Estatal, ou simplesmente o Corporativismo é uma cultura política e uma forma de corporativismo cujos proponentes afirmam ou acreditam que os grupos corporativos devem formar a base da sociedade e do estado. Por este princípio, o estado exige que todos os cidadãos pertençam a um dos vários grupos de interesse oficialmente designados (baseados geralmente no sector econômico), que consequentemente têm grande controlo sobre os seus membros. Esses grupos de interesse alcançam assim um estatuto público e eles ou os seus representantes participam na elaboração de políticas nacionais, pelo menos formalmente.[1]

Tal como acontece com outras culturas políticas, existiram historicamente sociedades que exemplificaram o estatismo corporativo, por exemplo, conforme proposto por Othmar Spann (1878-1950) na Áustria e implementado por Benito Mussolini (1883-1945) na Itália (1922-1943), António de Oliveira Salazar no Estado Novo de Portugal (1933–1974) [2] e pelo Estado Federal da Áustria. Após a Segunda Guerra Mundial, o estatismo corporativo influenciou o rápido desenvolvimento da Coreia do Sul e do Japão.[3]

O estatismo corporativo manifesta-se mais comummente como um partido no poder que actua como mediador entre os trabalhadores, os capitalistas e outros grandes interesses do Estado, incorporando-os institucionalmente no governo. Os sistemas corporativistas predominaram em meados do século XX na Europa e, mais tarde, noutros países em desenvolvimento. Uma crítica é que os interesses, tanto sociais como económicos, são tão diversos que um Estado não pode defini-los ou organizá-los eficazmente através da sua incorporação. O estatismo corporativo difere do nacionalismo corporativo na medida em que é um modo social de organização, em vez de um nacionalismo econômico que opera por meio de corporações empresariais privadas. O tema permanece controverso em alguns países, incluindo Coreia do Sul, Japão e Portugal.

  • Chaebol – um tipo de grande conglomerado empresarial sul-coreano.
  • Corporativismo — ideologia da qual o estatismo corporativo é um subconjunto.
  • Corporatocracia — um governo dominado por interesses empresariais, muitas vezes confundido com corporativismo.
  • Milagre do Leste Asiático — uma transformação económica nos países do Leste e Sudeste Asiático.
  • Fascismo — uma ideologia política que às vezes inclui o estatismo corporativo como componente.
  • Milagre no Rio Han — uma transformação económica na Coreia do Sul.
  • Folkhemmet — Nome dado à variante sueca do corporativismo, às vezes chamada de Corporativismo Social.
  • Capitalismo de Estado — uma forma económica em que as empresas controladas pelo Estado dominam a economia e operam com fins lucrativos.
  • Zaibatsu — um tipo de grande conglomerado empresarial japonês.

Referências

  1. Abrahamian; DeBardeleben; DeSipio; Grindle; Kew and Lewis; Ross. Introduction to Comparative Politics. Boston, MA: Wadsworth Cengage Learning 
  2. Morlino, Leonardo (7 Set 2011). Badie, Bertrand, ed. International Encyclopedia of Political Science. [S.l.]: SAGE Publications. ISBN 9781483305394. Consultado em 9 Set 2020 
  3. Kim, B. K. & Vogel, E. F. (eds.) (2011). The Park Chung Hee Era: The Transformation of South Korea. Harvard University Press. p. 125.