Estrela OH/IR

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Uma estrela OH/IR é uma estrela do ramo gigante assimptótico (asymptotic giant branch – AGB) que mostra forte emissão de maser OH e é, de forma pouco usual, brilhante em comprimentos de onda próximos ao infravermelho.

Nos últimos estágios da evolução AGB, a estrela desenvolve um supervento, com perda extrema de massa. O gás no vento estelar condensa quando se resfria longe da estrela, formando moléculas como água (H2O) e monóxido de silício (SiO). Isto pode formar grãos de poeira, na maior parte silicatos, que obscurecem a estrela em comprimentos de onda menores, levando a uma forte fonte de infravermelho.[1] Radicais hidroxila (OH) podem ser produzidos por fotodissociação ou por dissociação colisional.[2]

H2O e OH podem ser bombeados para produzir a emissão de maser. Masers OH em particular podem gerar uma poderosa ação de maser a 1612 MHz e isto é visto como uma característica definidora para as estrelas OH/IR. Muitas outras estrelas AGB, como as variáveis Mira, mostram masers OH mais fracos em outros comprimentos de onda, como 1667 MHz ou 22 MHz.[3]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Kemper, F.; De Koter, A.; Waters, L. B. F. M.; Bouwman, J.; Tielens, A. G. G. M. (2002). «Dust and the spectral energy distribution of the OH/IR star OH 127.8+0.0: Evidence for circumstellar metallic iron». Astronomy and Astrophysics. 384 (2). 585 páginas. Bibcode:2002A&A...384..585K. arXiv:astro-ph/0201128Acessível livremente. doi:10.1051/0004-6361:20020036 
  2. Goldreich, P.; Scoville, N. (1976). «OH-IR stars. I - Physical properties of circumstellar envelopes». Astrophysical Journal. 205. 144 páginas. Bibcode:1976ApJ...205..144G. doi:10.1086/154257 
  3. Lewis, B. M. (2002). «On Dead OH/IR Stars». The Astrophysical Journal. 576. 445 páginas. Bibcode:2002ApJ...576..445L. doi:10.1086/341534 
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