Estudos bíblicos

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Estudos bíblicos (ou Estudo da Bíblia), é o estudo acadêmico da Bíblia judaico-cristã e textos relacionados. Para o Cristianismo, a Bíblia tradicionalmente é formada pelo Novo Testamento e Antigo Testamento, que juntos são chamados de "Escrituras". [1] O Judaísmo reconhece como escritura só a Bíblia hebraica, também conhecido como o Tanakh, nome que é um acrônimo em hebraico de suas divisões: Torá (Lei), Nevi'im (profetas), e Ketuvim (escritos). Outros textos frequentemente examinados pelos eruditos bíblicos incluem os textos apócrifos judeus, os textos pseudepigrafos judeus, os textos apócrifos cristãos, as muitas vasta literatura do Cristianismo primitivo e a literatura antiga judaica.[2]

Existem duas grandes abordagens para os estudos bíblicos que enxergam a Bíblia em suas duas naturezas, divina e humana. Para os eruditos cristãos, a Bíblia é um livro humano por ter sido escrita por homens, mas é também um livro divino por ter sido inspirada por Deus.[3] A primeira abordagem, que estuda a Bíblia como uma criação humana, é conhecida como crítica bíblica; Esta abordagem praticada no mundo acadêmico visa investigar a origem e o caráter dos livros que formam a Bíblia.[1]Nesta abordagem, os estudos bíblicos podem ser considerados como um sub-domínio da ciência da religião.

A outra abordagem é o estudo religioso da Bíblia, onde assume-se que a Bíblia tem uma origem divina. Esta abordagem cabe à Hermenêutica bíblica, que é obtida através do estudo levado a cabo pela teologia exegética. A evolução ou a história progressiva da Revelação de Deus à humanidade, desde da sua queda e passando pelo Antigo Testamento e Novo Testamento, é objecto de estudo da Teologia bíblica.

O estudo e a interpretação da Bíblia têm a finalidade de superar certos distanciamentos que se apresentam tanto no aspecto humano quando no aspecto divino das Escrituras. Como um livro humano, há os distanciamentos temporal, contextual, cultural, linguístico e autorial. Como um livro divino, há os distanciamentos natural, espiritual e moral.[3]

Metodologicamente e teoricamente, o campo inclui muitas disciplinas, como a história, arqueologia, crítica literária, Filosofia, e cada vez mais as ciências sociais. Aqueles que estudam a bíblia não necessariamente precisam ter um compromisso de fé com os textos que estudam. Na verdade, a crítica bíblica parece contradizer o compromisso com o texto e é por vezes considerada heresia, embora alguns estudiosos judeus importantes neste campo são, na realidade, ortodoxos.

Referências

  1. a b Davis, Jonh. D., ed. (1898). Davis Dictionary of the Bible. artigo: Bible (em inglês). Philadelphia, USA: The Westminster Press 
  2. Bruce, F. F., ed. (1962). New Bible Dictionary. artigo: Bible (em inglês). Leicester, United Kingdom: Inter-Varsity Press 
  3. a b Lopes, A. N., ed. (2004). A Bíblia e seus Intérpretes. [S.l.]: Editora Cultura Cristã 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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