Estádio Janguito Malucelli

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Ecoestádio

Arquibancadas do Ecoestádio
Nomes
Nome Janguito Malucelli
Apelido Ecoestádio
Janguitão
Características
Local Curitiba, Paraná, Brasil
Gramado era: grama natural (103,00 m x 74,00 m)
Capacidade 4.200 espectadores
Construção
Data 2007
Custo R$ 1,2 milhão
Inauguração
Data 8 de julho de 2007
Partida inaugural J.Malucelli 1x0 Cianorte
Primeiro gol Diogo Gomes para o J.Malucelli
Recordes
Público recorde 6.609 pessoas[1]
Data recorde 24 de novembro de 2012
Partida com mais público Atlético-PR 1x1 Paraná
Fechado abril de 2019
Demolido 2021
Proprietário era: J.Malucelli

O Estádio Janguito Malucelli, conhecido como Ecoestádio ou Janguitão, foi um estádio brasileiro de futebol localizado na cidade de Curitiba, no estado do Paraná. Era de propriedade do J.Malucelli.

Tornou-se famoso por ser o primeiro "estádio ecológico do Brasil", pois a sua principal arquibancada, de frente ao campo, foi construída com cadeiras plásticas colocadas sobre o morro, sem a utilização de concreto e aproveitando o próprio declive da colina, em degraus recobertos de gramínea (grama). Outro detalhe ecologicamente correto, foi a utilização de madeira de área de reflorestamento na construção dos vestiários, das cabines de imprensa e nos bancos de reservas. Por todas estas características, o estádio também era denominado de Ecoestádio Janguito Malucelli.[2]

O estádio começou a ser utilizado em março de 2007, após o J.Malucelli deixou de disputar suas partidas em São José dos Pinhais. O motivo da mudança foi pela "tentativa de se aproximar da torcida", visto que o Xingu ficava em uma área de difícil acesso. Joel Malucelli também citou que "em Curitiba ficará mais fácil angariar torcedores. Também pretendemos incentivar os nossos empregados, familiares e clientes a freqüentarem o nosso novo estádio".[3]

Em sua melhor fase, o estádio chegou a capacidade máxima de 4.200 torcedores (capacidade de operação conforme CNEF/CBF 2014 era de 3.150 torcedores).[4]

História[editar | editar código-fonte]

O local onde o estádio foi construído, fazia parte do terreno de uma das sedes do Grupo JMalucelli, situado em frente do Parque Barigüi. Ali tornou-se o campo de treino e um dos locais de mando dos jogos do clube predecessor ao J.Malucelli, o "Malutrom Masters". Com a profissionalização do J.Malucelli, o clube disponibilizou seu antigo CT para a construção pioneira de um estádio onde a utilização do concreto e ferro foram minimamente utilizados. O ferro utilizado, foi aproveitado de dormentes de uma ferrovia desativada, e o madeirame, de área de reflorestamento.

No domingo, 8 de julho de 2007, em jogo válido pela Copa Paraná diante do Cianorte, houve a inauguração do estádio. Neste jogo, o J.Malucelli venceu por 1x0 e o primeiro gol anotado no novo estádio, foi do meia Diogo Gomes.

Recorde de público[editar | editar código-fonte]

O recorde absoluto e final (já que o estádio é extinto), ocorreu no sábado, dia 24 de novembro de 2012[5], na última rodada da série B do campeonato brasileiro, quando houve o clássico entre o Atlético e o Paraná Clube (Paratico) que terminou empatado em 1x1. Neste jogo, 6.609 torcedores compareceram ao estádio.[6][7]

Era Atlético Paranaense[editar | editar código-fonte]

Em 2012, o Atlético Paranaense mandou seus jogos no estádio, devido a Arena da Baixada estar fechada para as obras de reforma para a Copa do Mundo de 2014. Para receber partidas da Série B do Brasileirão, o local passou por obras de adequação e ampliação. Conforme exigências da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o estádio deve ter um mínimo de 10.000 pessoas para receber jogos da competição. Assim, o locatário instalou arquibancadas tubulares, que logo após o campeonato foram desmontados.

Devido ao estádio não possuir iluminação artificial na época, todos os jogos foram realizados às 15h, e no dia 4 de setembro de 2012 o rubro negro fez sua "estreia" no Ecoestádio contra o Boa de Varginha (MG) onde venceu por 2x1. No campeonato paranaense deste mesmo ano, o Atlético mandou vários jogos no Janquito, mas com a locação negociada jogo a jogo.

Com os jogos do rubro negro no local, o clube bateu o recorde de público em seguidos jogos, como em setembro de 2012, contra o CRB, com o público de 3.585 torcedores[8] ou como nas partidas: Atlético x Guaratinguetá Futebol Ltda., no dia 27 de outubro, com 6.346 espectadores; Atlético x Paraná Clube, novembro de 2012, com 6.609[9] torcedores. As marcas anteriores eram 3.474 torcedores, em jogo de fevereiro de 2012, entre o próprio Atlético com o Roma Esporte Clube no campeonato paranaense.[10] O recorde de público com mando do J.Malucelli foi em 2008, em partida tendo como visitante o Coritiba, onde 2.173 torcedores estiveram presentes.[11]

O rubro negro utilizou o estadio nos Estaduais de 2012 e 2013 e em 2014, até a semi-final, e na primeira fase da Copa do Brasil de 2013. Por questão de segurança e exigência, o Atlético teve que achar outro lugar para jogar a Série A do Brasileirão de 2013 e os clássicos.

Iluminação[editar | editar código-fonte]

Com a renda do aluguel para o Atlético Paranaense, foi possível a instalação do sistema de iluminação, com quatro torres de refletores, além da pequenas reformas e melhorias do estádio, principalmente na troca do gramado visando a Copa do Mundo.[12] O sistema foi inaugurado em 14 de março de 2013, no jogo Atlético x Nacional Atlético Clube.[13]

Copa FIFA 2014[editar | editar código-fonte]

Para a Copa do Mundo de 2014, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) homologou o estádio como campo oficial de treino para as seleções, principalmente pela adequação do gramado as padrões FIFA (dimensões de 103,00 m x 74,00 m). Entre as oito seleções que jogaram a competição em Curitiba, a Seleção da Russa, Seleção Equatoriana e a Seleção Nigeriana utilizaram o estádio como CT.[14]

O fim[editar | editar código-fonte]

Com a extinção do "J.Malucelli Futebol S/A" em dezembro de 2017, o "Grupo JMalucelli", dono do clube e do estádio, alugou o local para o ex-futebolista Paulo Rink em meados de 2018 para ser usado como uma "escolinha de futebol". Porém, o contrato foi rescindido em abril de 2019.[15]

No segundo semestre de 2019[16], o Grupo JMalucelli vendeu o terreno de sua sede no Parque Barigüi, que incluía a área total do estádio, para a "Construtora Avantti". Em 2021, as estruturas do antigo estádio foram removidas (arquibancadas e os vestiários, cabines de imprensa e todas as dependências cobertas) para a construção de dois empreendimentos com vista para a BR-277: um condomínio de casas de alto padrão e outro comercial.[17][18]

Maiores públicos[editar | editar código-fonte]

Os maiores públicos do estádio foram:

  • 1º - 24 de novembro de 2012 - Atlético 1 x 1 Paraná - público: 6.609 pessoas[5]
  • 2º - 27 de outubro de 2012 - Atlético 3 x 0 Guaratinguetá - público: 6.346 pessoas[6]
  • 3º - 22 de setembro de 2012 - Atlético 2 x 1 Ceará - público: 6.005 pessoas[carece de fontes?]
  • 4º - 11 de setembro de 2012 - Atlético 4 x 1 CRB - público: 3.585 pessoas[8]
  • 5º - 1 de fevereiro de 2012 - Atlético 4 x 0 Roma de Apucarana - público: 3.474 pessoas[10]
  • 6º - 26 de março de 2008 - J.Malucelli 3 x 2 Coritiba - público: 2.173 pessoas[11]

Referências

  1. «Atlético-PR é dono de outros recordes no estado». Portal Globo Esporte. Consultado em 16 de abril de 2021 
  2. «Janguitão, o primeiro estádio ecológico do Brasil». Portal Última Divisão. Consultado em 18 de abril de 2021 
  3. «O ecoestádio do J. Malucelli». Gazeta do Povo. Consultado em 12 de agosto de 2023 
  4. «Cadastro de esatádio CBF 2014» (PDF). Confederação Brasileira de Futebol. Consultado em 18 de abril de 2021 
  5. a b «Sul-Americana põe o Athletico como recordista de público em cinco estádios de Curitiba». Portal Globo Esporte. Consultado em 16 de abril de 2021 
  6. a b «Clássico bateu recorde de público no Ecoestádio». Portal Futebol Paranaense. Consultado em 16 de abril de 2021 
  7. «Ecoestádio: Amuleto da sorte atleticana». Portal Club Athletico Paranaense. Consultado em 16 de abril de 2021 
  8. a b «Com previsão de casa cheia, torcida atleticana pode habilitar smart». Portal Globo Esporte. Consultado em 18 de abril de 2021 
  9. «O estádio». Futebol Metrópole. Consultado em 18 de abril de 2021 
  10. a b «Furacão estreia na nova casa com goleada sobre o Roma e segue 100%». Revista Veja. Consultado em 18 de abril de 2021 
  11. a b «Furacão crava recorde de público no Ecoestádio». Jornal Tribuna do Paraná. Consultado em 18 de abril de 2021 
  12. «Torres no Janguito são instaladas, e iluminação fica pronta até o dia 12». Portal Globo Esporte. Consultado em 18 de abril de 2021 
  13. «Iluminação no Ecoestádio Janguito está instalada e pronta para 'estrear'». Portal Globo Esporte. Consultado em 18 de abril de 2021 
  14. «Campo de treino na Copa, Janguito é entregue à Fifa com novo gramado». Portal Globo Esporte. Consultado em 18 de abril de 2021 
  15. «Janguito Malucelli pode ser demolido pra dar espaço a condomínio ou centro comercial». Jornal Tribuna do Paraná. Consultado em 18 de abril de 2021 
  16. «O grupo J. Malucelli - que gerenciava o clube e cuidava do estádio - vendeu o terreno em 2019 para uma construtora». Portal Globo Esporte. Consultado em 18 de abril de 2021 
  17. «Janguito está abandonado como vídeo que circula no WhatsApp? Saiba o que será feito no local». Portal Um Dois Esportes (Grupo RPC). Consultado em 18 de abril de 2021 
  18. «Futebol: Ecoestádio deve ser transformado em condomínio de alto padrão». CATVe. Consultado em 18 de abril de 2021