Eugénio Lisboa
Eugénio Lisboa | |
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Nascimento | 25 de maio de 1930 (93 anos) Lourenço Marques, Portugal |
Prémios | Prémio Literário Município de Lisboa (1985) |
Género literário | Ensaio, crítica |
Eugénio Lisboa (Lourenço Marques, 25 de Maio de 1930 —) é um ensaísta e crítico literário português. É especialista em José Régio.
Biografia
Nascido em Lourenço Marques, (Moçambique), em 1947 vai para Lisboa por força da sua formação académica e das obrigações do serviço militar. Licenciou-se em 1953 em Engenharia Elctrotécnica, pelo Instituto Superior Técnico. Em 1976, vai para França onde é adjunto do director mundial de exploração na Compagnie de Française des Pétroles. O ramo petrolífero foi a sua especialidade profissional durante 20 anos (1958-78). Mas, entre 1974 e 1978, acumulou essa atividade com a docência de cursos de Literatura Portuguesa, nas universidades de Lourenço Marques, Pretória (1974-75) e Estocolmo (1977-78). Exerceu também funções diplomáticas, ocupando durante 17 anos consecutivos (1978-95) o cargo de conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Londres. Presidiu à Comissão Nacional da UNESCO (1996-98).
Crítico e ensaísta, dedicou exigente atenção à obra de José Régio a partir de José Régio: Antologia, Nota Bibliográfica e Estudo (1957). Ainda em Moçambique, co-dirigiu com Rui Knopfli cadernos literários de jornalis desafectos ao regime, casos de A Tribuna e A Voz de Moçambique. A generalidade dos ensaios que escreveu e publicou em Moçambique foram coligidos nos dois volumes de Crónica dos Anos da Peste (1973 e 1975; tomo único desde 1996). Fez teatro radiofónico no Rádio Clube de Moçambique, a partir de textos de Jean Racine, Ibsen e José Régio. Colaborou em numerosas revistas e jornais moçambicanos - Diário de Moçambique, Notícias da Beira, Objectiva, Paralelo 20 - e portugueses - Jornal de Letras, A Capital, Diário Popular, O Tempo e o Modo, Colóquio-Letras, Nova Renascença, Oceanos, Ler, entre outras. É professor da Universidade de Aveiro.
É Doutor Honoris Causa pela Universidade de Nottingham, do Reino Unido (1988) e pela Universidade de Aveiro (2002)[1]. Foi distinguido com o grau Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Eugénio Lisboa usou os pseudónimos Armando Vieira de Sá, John Land e Lapiro da Fonseca.
Obras
- José Régio: nota bio-bibliográfica, exame crítico e bibliografia (1957);
- José Régio: a obra e o homem (1976);
- José Régio: uma palavra viva (1978);
- O segundo modernismo em Portugal (1984);
- Jorge de Sena (1984);
- O particular, o nacional e o universal (1985);
- Poesia portuguesa: do Orpheu ao Neo-realismo (1986);
- As vinte e cinco notas do texto (1987);
- José Régio: uma literatura viva (1992);
- Crónica dos anos da peste (1996);
- David Mourão-Ferreira: a obscura clareza das estrelas (revista LER, 1997);
- A matéria intensa (1999);
- O objecto celebrado: miscelânea de ensaios, estudos e crítica (1999);
- O ilimitável oceano (2001);
- O essencial sobre José Régio (2001);
- Indícios de oiro (2009);
- Ler Régio (2010);
- Acta est fabula: memórias (2012);
- Correspondência com José Régio (2016).
Referências
- ↑ «Doutores honoris causa pela UA». Universidade de Aveiro. Consultado em 23 de Agosto de 2014. Cópia arquivada em 28 de Julho de 2014