Exposição Universal de 1937
EXPO Paris 1937 | |
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Detalhes | |
Classe da BIE | Exposição universal |
Nome | Exposição Internacional de Artes e Técnicas Aplicadas à Vida Moderna |
Construção | Palais de Chaillot |
Área | 101 hectares |
Visitantes | 31 040 955 |
Organizado por | Joseph Van Neck |
Participante(s) | |
Local | |
Realizado em | ![]() |
Cidade | Paris |
Local | Trocadéro, no Campo de Marte, nas Margens do Rio Sena |
Coordenadas | 48° 51′ 44″ N, 2° 17′ 17,7″ L |
Linha do tempo | |
Inauguração | 25 de maio de 1937 |
Encerramento | 25 de novembro de 1937 |
Exposições universais | |
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Exposições especializadas | |
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A Exposição Internacional de Artes e Técnicas Aplicadas à Vida Moderna (Exposition Internationale des Arts et Techniques dans la Vie Moderne) aconteceu de 25 de maio a 25 de novembro de 1937, em Paris, na França. Tanto o Musée de l'Homme quanto o Palais de Tokyo, que abriga atualmente o Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris, foram criados para esta exibição.
Exibições[editar | editar código-fonte]
O pavilhão canadense incluiu uma estátua de 28 pés de altura de um búfalo, feita por Joseph-Émile Brunet. Pinturas de Brunet, painéis na porção externa da estrutura e um show dentro do pavilhão mostraram aspectos da cultura canadense.
O Pavilhão Espanhol atraiu a atenção pois a exposição aconteceu ao mesmo tempo que a Guerra Civil Espanhola. O pavilhão foi construído pelo arquiteto espanhol Josep Lluis Sert,[1] e financiado pelo governo republicano e incluiu a famosa pintura Guernica, de Pablo Picasso,[2] uma mostra dos horrores da guerra, a escultura Fonte de Mercúrio, de Alexander Calder e a pintura Pastor Catalão em revolta, de Joan Miró.[3]
Dois outros pavilhões notáveis foram os da Alemanha Nazista e da União Soviética. A organização da feira colocou os dois pavilhões muito próximos, em direções opostas da Torre Eiffel.[4] Adolf Hitler queria desistir da exposição, mas seu arquiteto Albert Speer convenceu-o a participar, após mostrar seus planos do pavilhão. Speer depois revelou, em sua autobiografia, que tinha dado uma olhada clandestina nos planos do pavilhão soviético e desenhou o pavilhão alemão a fim de representar o anticomunismo.
O preparo e construção da exibição sofreu atrasos. No dia de abertura, somente os pavilhões alemão e soviético estavam prontos. Graças ao fato de ambos estarem um de frente para o outro, isso tornou a exposição uma competição entre os dois rivais ideológicos.
O pavilhão de Speer possuía em seu cume, uma torre cheia com símbolos do estado nazista: uma águia e uma suástica. O pavilhão foi erigido como um monumento ao "orgulho e realizações alemãs". Foi transmitido ao mundo que uma nova e poderosa Alemanha tinha restaurado o senso de orgulho nacional. À noite, o pavilhão era todo iluminado. A escultura Camaradagem de Josef Thorak ficou fora do pavilhão, entre dois nus femininos enormes.[4]
O arquiteto do pavilhão soviético foi Boris Iofan. Vera Mukhina projetou a enorme escultura do pavilhão. A enorme construção tinha, em seu topo, um homem e mulher trabalhadores, de mãos dadas, portando um martelo e uma foice. A estátua simbolizava a união dos trabalhadores e dos camponeses.[4]
A Grã-Bretanha não tinha as mesmas expectativas de competição e fez um pavilhão bem menor do que a Alemanha[5] Frank Pick, escolheu Oliver Hill como arquiteto mas orientou-o a evitar modernismos e focar em trabalhos mais tradicionais.[6] O principal elemento arquitetônico do pavilhão de Hill foi uma grande caixa branca, decorada com frisos, pintada por John Skeaping e, em seu interior, havia fotografias gigantes que incluíam Neville Chamberlain pescando.
Prêmios[editar | editar código-fonte]
Tanto Albert Speer quanto Boris Iofan receberam medalhas de ouro pelos seus trabalhos. Speer ainda recebeu um Grand Prix pelo seu modelo parcial das estradas de Nuremberg, para surpresa de Hitler.[7]
Johanne deRibert Kajanus, e Eva Norvind ganharam uma medalha de bronze pela escultura 'Mãe e Filho'.
Os engenheiros poloneses de Varsóvia ganharam uma medalha de ouro pela sua locomotiva Pm36-1 PKP classe Pm36.
O arquiteto norte-americano Alden Dow ganhou o grande prêmio para arquitetura residencial pela casa de John S. Whitman, em Michigan.[8]
Galeria[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ ...the Spanish Pavilion PBS. Retrieved 15 de outubro de 2012
- ↑ Beevor, Antony. (2006). The Battle for Spain. The Spanish Civil War, 1936-1939. Penguin Books. London. p.249
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 15 de outubro de 2012. Arquivado do original em 7 de julho de 2010
- ↑ a b c R. J. Overy (30 de setembro de 2004). The Dictators: Hitler's Germany, Stalin's Russia. [S.l.]: W. W. Norton & Company. ISBN 978-0-393-02030-4
- ↑ Crinson, Mark (2004). «Architecture and 'national projection' between the wars». In: Arnold, Dana. Cultural Identities and the Aesthetics of Britishness. Manchester: Manchester University Press. pp. 191–194. ISBN 0-7190-6768-5
- ↑ Saler, Michael T. (1999). The Avant-Garde in Interwar England : Medieval Modernism and the London Underground. Oxford: Oxford University Press. pp. 158–159. ISBN 0-19-514718-9
- ↑ Fest, Joachim. Speer p.88 (English edition)
- ↑ Robinson, Sidney K., The Architecture of Alden B. Dow, Wayne State University Press, Detroit, MI 1983 p. 45