Fátima Pelaes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fátima Pelaes
Fátima Pelaes
Fátima Pelaes
Secretária Especial de Políticas para as Mulheres do  Brasil
Período 2 de junho de 2016
à 2018
Presidente Michel Temer
Deputada federal pelo Amapá
Período 1 de fevereiro de 2007
a 31 de janeiro de 2015
(2 mandatos consecutivos)

1 de fevereiro de 1991
a 31 de janeiro de 2003
(3 mandatos consecutivos)

Dados pessoais
Nascimento 13 de fevereiro de 1959 (65 anos)
Macapá, Amapá
Alma mater Universidade Federal do Pará
Cônjuge Sivaldo da Silva Brito
Partido PFL (1986-1995)
PSDB (1995-2005)
MDB (2005-2022)
Republicanos (2022-Presente)
Profissão socióloga
política

Fátima Lúcia Pelaes (Macapá, 13 de fevereiro de 1959) é uma socióloga e política brasileira, filiada ao Republicanos. Foi deputada federal pelo Amapá (1991-2003 e 2007-2015)[1] e Secretária Especial de Políticas para as Mulheres no governo de Michel Temer.[2] Também foi Presidente do MDB Mulher.[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Fátima é filha de Marcolina Pelaes, e se formou em sociologia na Universidade Federal do Pará. Também é Especialista em Planejamento e Administração de Projetos de Geração de Renda, pelaUniversidade Federal do Ceará. É casada com o professor Sivaldo Brito, e são pais de Yuri Pelaes Brito.[4]

É cristã evangélica, sendo membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus.[5]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Fátima foi membro da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), em Belém (1981) e da Pastoral Carcerária do Amapá (1982-1986). Foi Superintendente da LBA em Macapá (1986-1989), Secretária de Trabalho e Cidadania do Amapá (1983-1985), Secretária de Turismo do Estado do Amapá (2004-2006); e Presidente do Instituto Teotônio Vilela, Amapá (2003-2004).[1]

Na campanha de 2006, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possuir dois veículos e uma casa, e R$ 300.000,00 em gastos máximos de campanha.[6]

Representou seu Estado na Câmara dos Deputados por cinco mandatos[7] e esteve à frente da Lei Orgânica da Assistência Social, participando como relatora. É de sua autoria a Lei n° 11.942/2009[8], que garantiu assistência às mães e gestantes presidiárias e obrigou a instalação de berçário para amamentação e creche nas unidades prisionais.

É de sua autoria também a Lei de n° 10.421/2012,[9] que garante licença-maternidade às mães adotivas.

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Aborto[editar | editar código-fonte]

A nomeação de Pelaes pelo presidente interino Michel Temer para a Secretaria de Políticas para Mulheres causou controvérsia. Durante uma discussão sobre o Estatuto do Nascituro na Câmara dos Deputados, em que revelou publicamente que nasceu, ela própria, de um abuso sexual sofrido pela mãe, a então deputada se posicionou de forma contrário ao direito ao aborto, mesmo em casos de estupro.[10] Pelaes também foi presidente da Frente Parlamentar da Família e Apoio à Vida.[11]

Ao Instituto Patrícia Galvão, organização social sem fins lucrativos voltada à comunicação e direitos das mulheres, a advogada Silvia Pimentel, representante do Brasil no Comitê sobre a Eliminação da Discriminação contra a Mulher da ONU, afirmou que a decisão “é uma afronta”. “O Estado moderno democrático, que há centenas de anos estamos buscando, é um estado laico. E é um verdadeiro retrocesso se ela tiver sido indicada precisamente por um grupo religioso, no sentido de opor-se às bandeiras das mulheres”, disse.[10][12]

No dia 6 de junho, servidores protestaram contra nomeação da ex-deputada Fátima Pelaes para o cargo. Dezenas de integrantes de uma frente de trabalhadores das secretarias da Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos, além da SPM, fizeram um ato de repúdio à escolha da ex-deputada para o cargo.[13]

Cultos no gabinete[editar | editar código-fonte]

Em 2017, a Secretária Fátima Pelaes foi denunciada por realizar cultos evangélicos na sede do órgão em Brasília e constranger profissionais da pasta a participar dos atos. Fátima não se pronunciou diante da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que não aplicou nenhuma sanção, apenas recomendando à titular da pasta para que não realize mais este tipo de manifestação religiosa em seu gabinete administrativo, durante o horário de expediente.[14]

Investigação[editar | editar código-fonte]

É investigada na Operação Voucher, suspeita de ter destinado R$ 4 milhões de uma emenda parlamentar para uma ONG vinculada à área de turismo, onde trabalhava uma sobrinha.[15][16]

Informações desabonadoras sobre a socióloga foram apagadas e informações elogiosas foram incluídas por editores anônimos nesta página na Wikipédia a partir de computadores ligados à rede do Palácio do Planalto.[17][18]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «Biografia do(a) Deputado(a) Federal FÁTIMA PELAES». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 31 de agosto de 2020 
  2. Diário Oficial de União de 2 de junho de 2016
  3. «PMDB Mulher». Consultado em 28 de agosto de 2016 
  4. «Biografia». Website de Fátima Pelaes. Consultado em 20 de junho de 2016. Arquivado do original em 8 de junho de 2016 
  5. «Fátima Pelaes retorna ao plenário de perna quebrada». O Globo. Consultado em 11 de junho de 2018 
  6. «Dados de Campanha». Consultado em 12 de junho de 2010. Arquivado do original em 2 de dezembro de 2008 
  7. «Camara dos Deputados». 16 de junho de 2016 
  8. «PL 335/1995» 
  9. «PL 1733/1996» 
  10. a b Camila Moraes (1 de junho de 2016). El País, ed. «A militante anti-aborto recrutada por Temer para a Secretaria de Mulheres». Consultado em 21 de junho de 2016 
  11. G1, Renan RamalhoDo; Brasília, em (31 de maio de 2016). «Ministro da Justiça apresenta nova secretária de Política para Mulheres». Política. Consultado em 31 de agosto de 2020 
  12. «Especialistas feministas classificam nomeação de Pelaes para Secretaria de Mulheres como afronta inaceitável». SPW - Português. 1 de junho de 2016. Consultado em 31 de agosto de 2020 
  13. Pedro Peduzz (6 de junho de 2016). «Servidores protestam contra nomeação da ex-deputada Fátima Pelaes para SPM». Agência Brasil. Consultado em 20 de junho de 2016 
  14. Estado de Minas (21 de agosto de 2017). «Ética recomenda que secretária das Mulheres de Temer não faça cultos no gabinete». Estado de Minas. Consultado em 31 de agosto de 2020 
  15. G1
  16. «Secretária de Política para Mulheres é investigada». Exame. 4 de junho de 2016. Consultado em 31 de agosto de 2020 
  17. Jornal da Globo, dia 17 de junho de 2016.
  18. Dados sobre corrupção somem no perfil da Wikipedia da secretária de Mulheres publicado pelo "Portal Fórum" em 20 de junho de 2016