Felix Manz
Felix Manz | |
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Nascimento | 1498 Zurique |
Morte | 5 de janeiro de 1527 Zurique |
Cidadania | Suíça |
Ocupação | autor de hinos |
Religião | anabatista |
Causa da morte | Execução por afogamento |
Felix Manz (Zurique, 1498 – Zurique, 5 de janeiro de 1527 (29 anos)) foi cofundador juntamente com Conrad Grebel e Georg Blaurock dos Irmãos Suíços Anabatistas na congregação de Zurique na Suíça e foi o primeiro mártir da Reforma Radical.[1]
Nascimento e Vida
[editar | editar código-fonte]Manz nasceu e morreu na cidade de Zurique, onde o seu pai era cônego na Igreja de Grossmünster. Embora sejam parcos os registros sobre sua educação, há evidências que ele tenha tido uma educação liberal, e amplo conhecimento de Hebraico, grego e Latim. Manz tornou-se seguidor de Ulrico Zuínglio depois que se transferiu para Zurique em 1519. Quando Conrad Grebel se juntou ao grupo, em 1521, ele e Manz se tornaram amigos. Eles questionavam o significado da missa, a natureza da Igreja e suas conexões com o Estado, bem como o batismo infantil. Depois do Segundo Colóquio de Zurique,[2] em outubro de 1523, eles ficaram insatisfeitos, acreditando que os planos de Zuínglio para a reforma estavam comprometidos com a conselho da cidade.
Grebel, Manz e outros fizeram inúmeras tentativas de reclamar seus direitos. Diversos pais de famílias se recusaram a batizar seus filhos. Uma discussão pública foi realizada com Zuínglio no dia 17 de Janeiro de 1525, tendo o conselho declarado Zuínglio vitorioso.
Depois do malogro final pelo conselho da cidade em 18 de janeiro, na qual ficou deliberado a não apresentação de qualquer argumentação e a submissão à decisão do conselho, bem como o batismo de seus filhos aos oito dias a partir do nascimento, os fiéis se reuniram na residência de Felix Manz e de sua mãe em 21 de janeiro. Conrad Grebel batizou Georg Blaurock, e Blaurock por sua vez batizou os demais. Esse episódio consolidou o rompimento definitivo entre Zuínglio e o conselho, formando-se, pois, a primeira igreja da Reforma Radical. O movimento se espalhou rapidamente e Manz teve papel ativo dentro dele. Ele usou suas habilidades discursivas para traduzir seus textos numa linguagem popular, e trabalhou entusiasticamente como evangelista. Manz foi preso em diversas ocasiões entre 1525 e 1527. Certa vez, quando estava pregando junto com Georg Blaurock nos arredores de Grüningen, foram tomados de surpresa, presos e levados para Zurique, para a cadeia de Wellenburg.
Execução
[editar | editar código-fonte]No dia 7 de Março de 1526, o conselho de Zurique havia divulgado um édito que tornava o rebatismo de um adulto, crime punível com afogamento. Em 5 de Janeiro de 1527, Manz tornou-se a primeira vítima do édito, e o primeiro anabatista suíço a sofrer o martírio nas mãos dos outros protestantes. Como Manz afirmava que ele desejava "reunir todos aqueles que desejassem aceitar Cristo, obedecer a Palavra de Deus, e seguir as pegadas do Nazareno, e se unir a estes pelo batismo, permitindo que os demais mantivessem a fé que desejassem", Zuínglio e o conselho o acusaram de recusar obstinadamente "a reincidir no erro e na teimosia". Às 15h00 daquele dia, quando estava sendo levado da prisão de Wellenburg até um barco, ele louvou a Deus pregava para as pessoas. Um ministro reformado o acompanhava, e procurou silenciá-lo, esperando estar dando a ele uma chance de se retratar. A mãe e um irmão de Manz o incitavam a permanecer firme e a sofrer em nome de Jesus. Ele foi levado de barco até o Rio Limmat. Suas mãos foram amarradas e presas atrás de seus joelhos e uma vara foi colocada entre elas. Ele foi executado por afogamento no Lago Zurique perto do rio. Suas últimas palavras foram: "Em tuas mãos, Ó Senhor, entrego o meu espírito." Sua propriedade foi confiscada pelo governo de Zurique, sendo ele sepultado no cemitério de São Tiago. A execução de Manz antecipa a Rebelião de Münster, que, oficialmente, começou em 1534. E com isso se rejeita qualquer sugestão de que o conselho estava preocupado com os recentes desenvolvimentos em Münster.
Manz deixou testemunhos escritos de sua fé, um hino com dezoito versos, e aparentemente foi autor de uma defesa dos anabatistas apresentada ao conselho de Zurique, denominada "Protestation und Schutzschrift".
Hino
[editar | editar código-fonte]O hino de dezoito estrofes escrito por Felix Manz foi preservado da ação do tempo e publicado num livro do século XVI. Trata-se de um hino de "Louvor a Deus" pela sua grande salvação. As sete linhas da primeira estrofe são as seguintes:
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Referências
- ↑ «Felix Manz»
- ↑ «"A Difusão do Movimento Reformado na Confederação Suíça"». Consultado em 1 de julho de 2013. Arquivado do original em 26 de agosto de 2014
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- A History of the Baptists, A História dos Anabatistas, por Thomas Armitage ISBN 1-57978-353-8
- Leben und Sterben des Zürcher Täuferführers, Felix Mantz, Vida e Morte do Anabatista de Zurique, Felix Manz, por Ekkehard Trajewski (Estep e outros chamam este de o trabalho mais conclusivo sobre Felix Manz.)
- Mennonite Encyclopedia, Enciclopédia Menonita, Harold S. Bender, Cornelius J. Dyck, Dennis D. Martin, Henry C. Smith, e outros, editores ISBN 0-8361-1018-8
- The Anabaptist Story, A História Anabatista, escrita por William R. Estep ISBN 0-8028-1594-4
- The Anabaptist Vision, A Visão Anabatista, escrita por Harold S. Bender ISBN 0-8361-1305-5
- The Bloody Theater or Martyrs Mirror]], O Teatro Sangrento ou o Espelho dos Mártires, por Thieleman J. van Braght ISBN 0-8361-1390-X
- The Reformers and their Stepchildren, Os Reformadores e seus Seguidores por Leonard Verduin ISBN 1-57978-934-X