Feminização (sociologia)

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Na sociologia, a feminização é a mudança nos papéis de género e papéis sexuais numa sociedade, grupo ou organização para um foco no feminino. Também pode significar a incorporação da mulher num grupo ou numa profissão que antes era dominada por homens.

Exemplos de feminização na sociedade[editar | editar código-fonte]

  • Feminização da educação – Maioria de docentes do sexo feminino, maioria feminina de estudantes do ensino superior e um currículo que é mais adequado ao processo de aprendizagem das mulheres.[1]
  • Feminização do local de trabalho – Ocupações com remuneração mais baixa, dominadas por mulheres, como (1) preparação de alimentos, serviço de alimentação e outras ocupações relacionadas à alimentação e (2) cuidados pessoais e serviços.[2]
  • Feminização do tabagismo – A frase tochas da liberdade é emblemática do fenómeno do fumo deixando de ser visto como atividade masculina para também feminina.

Definição de feminização[editar | editar código-fonte]

Feminização tem dois significados básicos. O primeiro diz respeito a uma pessoa que não era inicialmente feminina, mas se torna feminina mais tarde na sua vida através das perceções do indivíduo e daqueles ao seu redor. De acordo com a teórica de género Judith Butler, o género de uma pessoa não é apenas um ato de vontade ou auto descrição, pois também é moldado pelas pessoas que descrevem, categorizam e tratam a pessoa de acordo com suas próprias perceções de seu género. O segundo significado do termo feminização descreve quando uma pessoa que originalmente tinha qualidades femininas começa a incorporar mais atributos femininos na sua personalidade de alguma forma. O termo tem sido frequentemente usado para descrever mulheres, no entanto, com o tempo, mudou para onde o termo pode ser usado para descrever o processo de alguém ou algo se tornar mais feminino ao adotar qualidades femininas.[3]

Mulher de terno

Feminização da pobreza[editar | editar código-fonte]

As mulheres são mais propensas do que os homens a viver abaixo da linha da pobreza, um fenómeno conhecido como feminização da pobreza. As taxas de pobreza de 2015 para homens e mulheres nos EUA foram de 10% e 15%, respetivamente. As mulheres são menos propensas a buscar diplomas avançados e tendem a ter empregos com baixos salários. Existe uma disparidade salarial entre homens e mulheres: mesmo com o mesmo nível de educação e função profissional, as mulheres ganham muito menos do que os homens,[4] seja por discriminação ou por diferenças de escolha.[5]

Feminização da força de trabalho[editar | editar código-fonte]

A feminização da força de trabalho nas associações atuais é incontornável na medida em que as mulheres constituem metade da força de trabalho e a revelação delas como um potencial ativo lucrativo.[6] No pós-guerra, houve avanços consideráveis no equilíbrio da força de trabalho ao comparar o estatuto de trabalho de mulheres e homens e as taxas de remuneração nas economias da América do Norte e da Europa.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Carole Leathwood, Barbara Read, 'Gender and the Changing Face of Higher Education: A Feminized Future?', Open University Press, ISBN 978-0-335-22714-3, 2008.
  2. Snarr, C. Melissa. “Women's Working Poverty: Feminist and Religious Alliances in the Living Wage Movement.” Journal of Feminist Studies in Religion, vol. 27, no. 1, 2011, pp. 75–93. JSTOR, JSTOR, www.jstor.org/stable/10.2979/jfemistudreli.27.1.75.
  3. Imhoff, Sarah (Primavera–Verão 2016). «The myth of American Jewish feminization» (PDF). Indiana University Press. Jewish Social Studies. 21 (3): 126-152. JSTOR 10.2979/jewisocistud.21.3.05. doi:10.2979/jewisocistud.21.3.05  |hdl-access= requer |hdl= (ajuda)
  4. «Beijing +5 – Women 2000: Gender Equality, Development and Peace for the 21st Century Twenty-third special session of the General Assembly, 5-9 June 2000». www.un.org. Consultado em 27 de abril de 2017 
  5. Schow, Ashe (13 de janeiro de 2016). «Harvard prof. takes down gender wage gap myth». The Washington Examiner. Consultado em 9 de maio de 2017 
  6. «Why The Feminisation Of The Workplace Is Good News For Everyone». Huffington Post India. Consultado em 8 de maio de 2017 
  7. «Feminization of the labor force : paradoxes and promises in SearchWorks catalog». searchworks.stanford.edu (em inglês). Consultado em 16 de abril de 2018