Fernando Gomes de Oliveira

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Fernando Gomes de Oliveira
Prefeito de Itabuna
Período 1 de janeiro de 1977
até 31 de dezembro de 1982
1 de janeiro de 1989
até 31 de dezembro de 1992
1 de janeiro de 1997
até 31 de dezembro de 2000
1 de janeiro de 2005
até 31 de dezembro de 2008
1 de janeiro de 2017
até 31 de dezembro de 2020
Deputado federal pela Bahia
Período 1983
até 1988
1995
até 1996
Dados pessoais
Nascimento 30 de junho de 1939
Itabuna, Bahia
Morte 24 de julho de 2022 (83 anos)
Salvador, Bahia
Progenitores Mãe: Ester Gomes de Oliveira
Pai: José Oliveira de Freitas
Cônjuge Gislene Neiva Monteiro Oliveira
Partido MDB
PFL
PTB
PFL
PTC
Profissão pecuarista

Fernando Gomes Oliveira (Itabuna, 30 de junho de 1939Salvador, 24 de julho de 2022) foi um agropecuarista e político brasileiro, tendo sido prefeito de Itabuna por cinco mandatos e Deputado federal pela Bahia.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Fernando Gomes nasceu no ano de 1939, na cidade de Itabuna, sendo irmão dos também políticos Nilton Baiano e de Daniel Gomes Oliveira.[1]

Realizou um curso técnico de contabilidade em sua cidade natal entre os anos de 1961 e 1963 e passou a operar em atividades agropecuárias em suas propriedades no sul e no sudoeste do estado.[1] Foi um dos fundadores do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição a Ditadura militar brasileira, na cidade de Itabuna.[1][2]

Política[editar | editar código-fonte]

Começou sua carreira política no ano de 1973, aos 34 anos, quando foi convidado pelo então prefeito de Itabuna, José Oduque (MDB), para assumir o cargo de Secretário Municipal de Administração, tendo ocupado a função até meados de 1976, quando se desincompatibilizou do cargo para se candidatar à prefeitura do município nas eleições de novembro.[1]

No processo eleitoral venceu o pleito e garantiu a cadeira de prefeito ao MDB, no começo de 1977, exercendo seu primeiro mandato à frente da Prefeitura de Itabuna até 1982.[3]

No ano de 1982, foi eleito Deputado Federal pelo estado da Bahia assumindo seu primeiro mandato como parlamentar com 78 200 votos.[4] Em 1986, foi reeleito ao cargo após conquistar 61 838 votos, cumprindo o mandato até 1988, quando foi novamente eleito Prefeito de Itabuna, assumindo o cargo em 1989 até 1992.[4]

Em 1994, foi eleito Deputado federal pela terceira vez ao fazer 26 865 votos.[4] Em 1996, filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) conquistou a prefeitura de Itabuna pela segunda vez com 34 352 votos.[4] Fernando Gomes tentou reeleger-se em 2000 prefeito de Itabuna, mas foi derrotado por Geraldo Simões, do Partido dos Trabalhadores (PT).[1] No ano de 2002, passou por uma nova derrota ao se candidatar como deputado federal, e não conseguiu ser eleito.[1]

Em 2004, filiado ao Partido da Frente Liberal (PFL), foi novamente eleito prefeito de Itabuna com 49 689 votos.[4][5] Em 2016, foi novamente eleito prefeito de Itabuna com 34 152 votos, mesmo após ter candidatura deferida por causa da Lei da Ficha Limpa.[6] Após decisão Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gomes foi declarado prefeito.[7] Em 2017, rompeu com o Democratas (DEM) e filiou-se ao Partido Trabalhista Cristão (PTC).[8][9]

Em seu último mandato (2016–2020), foi o prefeito com maior salário no estado da Bahia, com vencimentos na casa dos 30 000 reais, superando inclusive os vencimentos mensais do então presidente da república, Michel Temer (MDB) que recebia 27 800 reais.[10]

Em suas administrações como prefeito, o município realizou obras como a construção do Ginásio de Esportes - Vila Olímpica, Instituto Municipal de Educação Aziz Maron (IMEAM), viadutos, grupos escolares, Usina Asfáltica de Itabuna, Maternidade da Mãe Pobre, Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães, bem como obras de saneamento, programas sociais na área de educação.[11]

Morte[editar | editar código-fonte]

No ano de 2022, devido a complicações de saúde foi internado no Hospital Aliança em Salvador onde contraiu uma bactéria e passou por uma crise hepática causada por medicamentos usados para amenizar dores na lombar.[12][13]

O Governador da Bahia, Rui Costa (PT) e o prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), decretaram luto de três dias na Bahia e em Itabuna respectivamente.[14][15]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Pandemia de COVID-19[editar | editar código-fonte]

Em vídeo sobre a reabertura do comércio, em meio a Pandemia de COVID-19 no Brasil, Fernando disse "morra quem morrer" ao defender a reabertura do comércio.[16][17][18] Em nota publicada via Facebook, Gomes pediu desculpas e disse que "foi mal interpretado" e anunciou toque de recolher.[19][20]

Referências

  1. a b c d e f g «Fernando Gomes de Oliveira». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 3 de julho de 2020. Cópia arquivada em 2 de outubro de 2022 
  2. «Luto oficial: morre Fernando Gomes, ex-prefeito de Itabuna». Prefeitura Municipal de Ilhéus. 24 de julho de 2022. Consultado em 23 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 23 de fevereiro de 2024 
  3. «O dia da cidade». Fundação Casa de Rui Barbosa. Consultado em 3 de julho de 2020. Cópia arquivada em 26 de outubro de 2020 
  4. a b c d e «Candidatos eleitos - Período de 1945 a 1990». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 3 de julho de 2020 
  5. «Placar BA/ Itabuna». UOL Eleições 2004. Consultado em 23 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 23 de fevereiro de 2024 
  6. «Fernando Gomes será diplomado como prefeito de Itabuna, diz TRE». G1. 7 de dezembro de 2016. Consultado em 3 de julho de 2020. Cópia arquivada em 8 de dezembro de 2023 
  7. Santos, Luan (7 de dezembro de 2016). «Gomes é declarado prefeito de Itabuna dois meses após eleições». A Tarde. Consultado em 3 de julho de 2020. Cópia arquivada em 23 de fevereiro de 2024 
  8. «Itabuna: prefeito Fernando Gomes decide se filiar ao PTC». A Tarde. 27 de fevereiro de 2020. Consultado em 3 de julho de 2020. Arquivado do original em 4 de julho de 2020 
  9. «Prefeito na Bahia quer comércio aberto na semana que vem: 'Morra quem morrer'». Extra. 3 de julho de 2020. Consultado em 3 de julho de 2020. Cópia arquivada em 28 de abril de 2022 
  10. Jr., Jairo; Santos, Luan (20 de dezembro de 2018). «Prefeitos na Bahia ganham salário maior do que o de Michel Temer». Correio. Consultado em 3 de julho de 2020. Cópia arquivada em 23 de fevereiro de 2024 
  11. «Sobre». Fernando Gomes. Consultado em 3 de julho de 2020. Arquivado do original em 3 de julho de 2020 
  12. «Ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes morre aos 83 anos». G1. 24 de julho de 2022. Consultado em 26 de julho de 2022. Cópia arquivada em 11 de fevereiro de 2024 
  13. «Morre aos 83 anos ex-prefeito que disse 'morra quem morrer' na pandemia». UOL. 24 de julho de 2022. Consultado em 26 de julho de 2022. Cópia arquivada em 30 de julho de 2020 
  14. «Corpo de Fernando Gomes, ex-prefeito de Itabuna, é velado após cortejo em carro de bombeiros». G1. 25 de julho de 2022. Consultado em 26 de julho de 2022. Cópia arquivada em 26 de setembro de 2022 
  15. «Morre ex-prefeito que disse 'morra quem morrer' durante a pandemia». Internet Group. 24 de julho de 2022. Consultado em 26 de julho de 2022. Cópia arquivada em 30 de novembro de 2023 
  16. «Prefeito de Itabuna diz que comércio será reaberto a partir de 9 de julho 'morra quem morrer'; veja vídeo». G1. 2 de julho de 2020. Consultado em 2 de julho de 2020. Cópia arquivada em 2 de fevereiro de 2023 
  17. «Prefeito de Itabuna anuncia reabertura do comércio: 'Morra quem morrer'». Correio. 1 de julho de 2020. Consultado em 2 de julho de 2020. Cópia arquivada em 6 de novembro de 2022 
  18. Pitombo, João (2 de julho de 2020). «"Morra quem morrer": prefeito de Itabuna diz ter sido mal interpretado em frase que gerou polêmica». Zero Hora. Consultado em 3 de julho de 2020. Cópia arquivada em 19 de setembro de 2020 
  19. «NOTA». Fernando Gomes. 3 de julho de 2020. Consultado em 3 de julho de 2020. Cópia arquivada em 23 de fevereiro de 2024 
  20. «Após declaração polêmica de prefeito, governo da Bahia anuncia toque de recolher em Itabuna». G1. 2 de julho de 2020. Consultado em 3 de julho de 2020. Cópia arquivada em 3 de fevereiro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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