Festival Terras sem Sombra de Música Sacra do Baixo Alentejo
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Festival Terras sem Sombra | |
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Período de atividade | 2003 - presente |
Local(is) | Vidigueira, Serpa, Monsaraz, Valência de Alcântara, Olivença, Beja, Elvas, Cuba, Ferreira do Alentejo, Odemira, Barrancos, Santiago do Cacém e Sines |
Página oficial | Site oficial |
O Terras sem Sombra - Festival do Baixo Alentejo é uma iniciativa cultural composta por actividades, concertos, conferências, visitas guiadas ao patrimônio e acções de salvaguarda da biodiversidade no Baixo Alentejo.[1]
Foi fundado em 2003 por José António Falcão e possuí uma programação da qual fazem parte concertos de música erudita, atividades de valorização do patrimônio cultural e de salvaguarda da biodiversidade, master-classes, conferências temáticas, visitas guiadas e outras iniciativas de pedagogia artística.[2][3]
Características[editar | editar código-fonte]
O Festival Terras sem Sombra é itinerante, abrangendo concertos em igrejas históricas de diferentes concelhos do Alentejo.[4]
A direcção artística da iniciativa corre a cargo de Juan Ángel Vela del Campo. O Festival Terras sem Sombra assume-se pelos seus promotores como uma alavanca do desenvolvimento regional e um meio de disseminação de boas práticas de sustentabilidade.[5]
Recebeu o prémio ao Melhor Evento, em 2011, pela Turismo do Alentejo e Ribatejo.[6]
Prémio Internacional Terras sem Sombra[editar | editar código-fonte]
O Festival está ligado à atribuição anual do Prémio Internacional Terras sem Sombra, nas categorias de Música, Património Cultural e Salvaguarda da Biodiversidade. Instituido em 2011 este prémio é destinado a homenagear uma personalidade ou uma instituição que se tenham salientado, ao nível global, em cada uma das seguintes categorias: a promoção da Música; a valorização do Património Cultural e a salvaguarda da Biodiversidade.[7]
Até à data foram atribuídos os seguintes galardões:
Data | Nome | Área |
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2011 | Cheryl Studes (Estados Unidos da América) | |
2011 | Pontificia Accademia Romana di Archeologia (Cidade do Vaticano) | Património Cultural |
2011 | Mário Ruivo (Portugal) | Biodiversidade |
2012 | Dimitra Theodossiou (Grécia) | Música |
2012 | Maria Helena Mendes Pinto (Portugal) | Património Cultural |
2012 | Miguel Ángel Simón (Espanha) | Biodiversidade |
2013 | Enzo Dara (Itália) | Música |
2013 | Associação dos Arqueólogos Portugueses (Portugal) | Património Cultural |
2014 | Pedro Vaz Pinto (Angola) | Biodiversidade |
2014 | Teresa Berganza (Espanha) | Música |
2014 | Angelo Oswaldo de Araújo Santos (Brasil) | Património Cultural |
2014 | Serafim Riem (Portugal) | Biodiversidade |
2015 | Ismael Fernández de la Cuesta(Espanha) | Música |
2015 | Centro Nacional de Cultura (Portugal) | Património Cultural |
2015 | World Wide Fund for Nature (ONG internacional) | Biodiversidade |
2016 | Michael Haefliger (Festival de Lucerna (Suíça)) | Música |
2016 | Khaled al-Asaad (Póstumo)(Arqueólogo da Síria) | Património Cultural |
2016 | Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal | Biodiversidade |
2017 | Alberto Zedda (Póstumo) (Diretor Musical) | Música |
2017 | Campo Arqueológico de Mértola | Património Cultural |
2017 | Fundação Stiftung Schloss Dyck (Alemanha) | Biodiversidade |
2018 | Peter Eötvös (Músico) | Música |
2018 | Cidade de Albarracín – Fundación Santa María | Património Cultural |
2018 | Associação Portuguesa para a Diversidade da Videira – PORVID | Biodiversidade |
2018 | João de Almeida (Arquiteto e Artista Plástico) | Património Cultural |
2018 | Jardim Botânico Nacional de Cabo Verde | Biodiversidade |
Da tutela diocesana ao âmbito da sociedade civil[editar | editar código-fonte]
O Terras sem Sombra nasceu e desenvolveu-se no âmbito da Diocese de Beja. Porém, com a entrada em funções de um novo bispo, foi tomada a decisão de confiar a realização do Festival à sociedade civil. A associação Pedra Angular, fundada em 1996 e que já colaborava activamente com o projeto, passou a organizá-lo.
Com a extinção do DPHADB, em 2017, o afastamento desta mesma Diocese das actividades culturais e artísticas e o progressivo encerramento das igrejas do Baixo Alentejo, o Festival Terras sem Sombra passou a ter de realizar muitos concertos, inclusivamente de música religiosa, fora dos templos, o que acabou por ter consequências na própria conservação de alguns monumentos.[8]
Uma investigação do jornal Público, em Junho de 2020, avançou que o sucedido poderá ter estado relacionado com alegadas controvérsias na gestão de José António Falcão, ocorridas alguns anos antes da referida extinção.[9] A direção do Festival refutou esta leitura a posteriori dos factos e prestou esclarecimentos sobre o assunto.[10]
Notas
- ↑ «Sobre o Terras Sem Sombra - Um Festival no Alentejo». Terras sem Sombra. Consultado em 16 de setembro de 2020
- ↑ Ana Santos, “Festival Terras sem Sombra de Música Sacra do Baixo Alentejo”, em Invenire, II, Lisboa, 2011, pp. 64-65.
- ↑ «Prémio Internaciomal | Terras Sem Sombra - Um Festival no Alentejo». Terras sem Sombra. Consultado em 14 de setembro de 2020
- ↑ Lusa. «Festival Terras sem Sombra decorre em 13 concelhos alentejanos e vai até à República Checa». PÚBLICO. Consultado em 14 de setembro de 2020
- ↑ «Sobre o Terras Sem Sombra - Um Festival no Alentejo». Terras sem Sombra. Consultado em 14 de setembro de 2020
- ↑ “Festival Terras sem Sombra recebe Prémio Turismo do Alentejo para o Melhor Evento 2011”, em Diário do Sul, Évora, 26 de Abril de 2011, p. 15.
- ↑ Uma Breve Eternidade: Emoção e Comoção na Música Europeia (Séculos XII-XXI), Santiago do Cacém, Pedra Angular, 2020, pp. 278-281
- ↑ Ângela Ataíde, “O Cante e o Bispo”, em Diário do Alentejo, Beja, 16 de Fevereiro de 2018, p. 3.
- ↑ Cerejo, José António. «Projecto pioneiro não serviu para nada e custou meio milhão de euros à Diocese de Beja». PÚBLICO. Consultado em 14 de setembro de 2020
- ↑ https://www.publico.pt/2020/07/31/culturaipsilon/noticia/projecto-nao-serviu-nada-custou-500-mil-diocese-beja-1926277/