Filaríase
| Filaríase | |
|---|---|
| Ao se acumular nos vasos linfáticos o parasita causa grande inchaço e engrossamento da pele na área, esse inchaço ocorre geralmente nos pés, pernas e genitais | |
| Especialidade | infecciologia |
| Classificação e recursos externos | |
| CID-11 | 1F66 |
| CID-10 | B74 |
| CID-9 | 125.0-125.9 |
| MeSH | D005368 |
Filaríase ou filariose é uma doença parasitária, considerada como doença tropical infecciosa, causada por nematóides filariais da superfamília Filarioidea, também conhecida como Filariae.[1] A forma sintomática mais conhecida da doença é a filaríase linfática, popularmente chamada de elefantíase em referência do inchaço e engrossamento da pele e tecidos subjacentes, que foi a primeira, entre as enfermidades infecciosas transmitidas por insetos, a ser descoberta.
Epidemiologia
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As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas no Brasil, especialmente onde não há tratamento apropriado de água e esgoto. Ocorreram grandes epidemias na década de 50 e 60, mas com a urbanização e combate aos vetores o número de casos tem decaído cerca de 3/4 a cada década (de 8,2% na década de 50, para 2,6% em 60, 0,7% em 70, 0,16% em 80 e 0,02% na década de 90).[3]
A Organização Mundial da Saúde (OMS) planeja praticamente eliminar a filariose do mundo até 2020. A estratégia inclui exterminar os mosquitos transmissores de modo similar a campanha contra a dengue e malária.[4]
Sinais e Sintomas
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A longo prazo, a presença de vários pares de adultos nos vasos linfáticos, com fibrosação e obstrução dos vasos (formando nódulos palpáveis) pode levar a acumulações de linfa a montante das obstruções, com dilatação de vasos linfáticos alternativos e espessamento da pele. Esta condição, dez a quinze anos depois, manifesta-se como aumento de volume grotesco das regiões afectadas, principalmente pernas e escroto, devido à retenção de linfa e infecções bacterianas. Os vasos linfáticos alargados pela linfa retida, por vezes rebentam, complicando a drenagem da linfa ainda mais. Por vezes as pernas tornam-se grossas, dando um aspecto semelhante a patas de elefante, descrito como elefantíase.[5]
Ver também
[editar | editar código]Referências
- ↑ Center for Disease Control and Prevention. «Lymphatic Filariasis»
- ↑ ROCHA, Eliana M. M. and FONTES, Gilberto. Filariose bancroftiana no Brasil. Rev. Saúde Pública [online]. 1998, vol.32, n.1 [cited 2012-10-02], pp. 98-105 . Available from: <scielo.br>. ISSN 0034-8910. http://dx.doi.org/10.1590.
- ↑ scielo.br - pdf
- ↑ World Health Organization - Preparing and Implementing a National Plan to Eliminate Lymphatic Filariasis: A guideline for Programme Managers. Technical reports series WHO/CDS/CPE/CEE/2000.15. Geneva, 2000
- ↑ a b «Elefantíase». Invivo. Consultado em 27 de maio de 2023