Forças Democráticas Aliadas
As Forças Democráticas Aliadas (em francês: Forces démocratiques alliées) são um grupo armado islamista [1]que opera no Uganda e na República Democrática do Congo (RDC), sendo considerada uma organização terrorista pelo governo ugandense. [2][3] Foi originalmente baseada no oeste do Uganda, mas se expandiu para a vizinha República Democrática do Congo. É considerado o mais violento dos grupos que ronda a região leste da República Democrática do Congo, rica em minérios. Observadores contam as mortes causadas pelo FDA na casa dos milhares apenas na década de 2010.
Desde o final da década de 1990, as Forças Democráticas Aliadas tem operado na província congolesa de Kivu do Norte, perto da fronteira com Uganda. Embora as repetidas ofensivas militares contra o grupo o têm afetado severamente, as Forças Democráticas Aliadas têm sido capazes de se regenerar porque seu recrutamento e redes financeiras permaneceram intactas. [4]
História
[editar | editar código-fonte]O FDA foi formado em 1995 por uma coalização de grupos armados, incluindo o Exército de Libertação Muçulmana da Uganda e o Exército Nacional de Libertação da Uganda - inicialmente focados em um enfrentamento do governo de Yoweri Museveni. Começou operando no lado ocidental da Uganda, para depois se mover para a República Democrática do Congo.[5] Tinha como liderança Jamil Mukulu, um cristão que se converteu ao islamismo salafista enquanto estudava na Arábia Saudita. Era inicialmente membro do Exército Nacional de Libertação da Uganda, e após a morte do lider dessa organização, em 1995, ele contribuiu na formação do FDA, a partir de organizações que tinham o objetivo comum de fundar um Estado islâmico.[5] Musa Baluku é o seu líder atual.
O grupo é notório pelo recrutamento de crianças para o combate, inclusive treinando alguns para operações suicidas. Também criou vinculos com o Estado Islâmico do Iraque e do Levante.[5]
A organização chegou à ser apoiada por alguns Estados da região, como o Sudão, com o interesse de minar o governo de Museveni, e a própria República Democrática do Congo, que tinha interesse em debilitar a influência da Ruanda e Uganda dentro do país. A partir de 2013, porém, o FDA começou à atacar as forças militares congolesas, o que iniciou o conflito entre ambos.[5]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Allied Democratic Forces». Global Security (Araq. em WayBack Machine). 11 de julho de 2020
- ↑ Jasmine Opperman. «Ugandas rising threat adf». Trackingterrorism.org
- ↑ John Pike. «Allied Democratic Forces»
- ↑ «New Insights on Congo's Islamist Rebels». The Washington Post. 19 de fevereiro de 2015
- ↑ a b c d «What is the Allied Democratic Forces armed group?». 30 de novembro de 2021