Forte de Montedor

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Fortim de Montedor
Apresentação
Tipo
Estatuto patrimonial
Localização
Localização
Coordenadas
Mapa
Forte de Montedor
Vista aérea do forte
Construção Pedro II de Portugal ()
Estilo
Conservação
Homologação
(IGESPAR)
IIP
(DL 47.508 de 24 de janeiro de 1967)
Aberto ao público Não

O Forte de Montedor, também referido como Fortim de Montedor e Forte de Paçô, localiza-se sobre a praia de Paçô, na freguesia de Carreço, município e distrito de Viana do Castelo, em Portugal.[1]

Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 47.508, publicado no DG n.º 20, de 24 de Janeiro de 1967.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Com o fim da Guerra da Restauração (1640-1668), foi um dos quatro fortins edificados no litoral entre Caminha e Viana do Castelo com o objetivo de reforçar a defesa da costa atlântica do Alto Minho, vulnerável a um possível ataque da Armada espanhola. Os demais foram o Forte da Vinha na Areosa, e os fortes do Cão e de Lagarteira em Vila Praia de Âncora. Estes somavam-se ao Forte da Ínsua, construído durante aquele conflito para defesa da barra sul do rio Minho.

Nessa linha, à época, foram remodeladas fortificações já existentes como o Castelo de Valença, o Castelo de Vila Nova de Cerveira e o Forte de Santiago da Barra. Para complemento da defesa da margem esquerda (sul) do rio Minho foi erguido o Forte de São Francisco de Lovelhe (ou de Lobelhe), em Vila Nova de Cerveira.

Diversas destas fortificações destacaram-se não só neste momento, como também, na primeira metade do século XIX, durante a Guerra Peninsular e nas Guerras Liberais.

Em 1983 o imóvel passou para a alçada da Região de Turismo do Alto Minho (entidade já extinta), quando foi equacionado o aproveitamento turístico e cultural do seu espaço. Em 1995 foi elaborado um projeto, de autoria do arquiteto Luís Teles, para adaptação do forte a restaurante, posteriormente substituído por outro, do mesmo arquitecto, para instalação de um centro de interpretação e de apoio a percursos ambientais.

Em 2004 o imóvel foi objeto de intervenção de conservação e restauro.

Características[editar | editar código-fonte]

Fortificação marítima abaluartada, de pequenas dimensões e alçados simples, apresenta planta estrelada no estilo maneirista, sendo constituído por quatro baluartes desiguais. A face voltada ao mar é de forma curva, sendo a face oposta é côncava. Nesta rasga-se o portão de armas, em arco de volta perfeita. Em seu interior encontram-se as dependências de serviço, formando um corredor no centro da praça.

A sua tipologia estrutural apresenta semelhanças com os fortes da Areosa e do Cão, cuja planimetria constituiu, à época, um avanço no sistema de defesa e vigia. Acredita-se que este conjunto de fortes litorâneos possa ter sido delineado pelo mesmo arquiteto.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • PERES, Damião. A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal. Barcelos, 1969.

Referências

  1. a b Ficha na base de dados SIPA
  2. FERNANDEZ NUNEZ, Estanislao. Teoria y proyeto sobre las fortificaciones militares al nuerte del Duero. Vila Nova de Gaia, 1987.
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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