Fototipia

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 Nota: Não confundir com fototipo.
Postal enviado em 1914 com uma vista da ilha da Madeira, impresso em fototipia, com tinta azul. Autor da fotografia original: Manuel de Olim Perestrelo.
Vista das Cataratas de Minnehaha, em fototipia. Fotografia de Geo. R. Lawrence, de 1906.

A fototipia (phototypie em francês, collotipia em italiano, Lichtdruck em alemão e collotype em inglês) foi um processo fotomecânico de impressão utilizado em oficinas de artes gráficas até o início do século XX. Idealizado em 1856 por Louis Alphonse Poitevin, foi posteriormente aperfeiçoado por Joseph Albert, pelo que também é conhecido como albertipo.[1] Trata-se de um processo de impressão fotomecânica que permitia imprimir muitas provas a partir da mesma matriz; os avanços da tecnologia fotográfica e o surgimento da fotogravura aplicada à imprensa começaram a destronar a fototipia a partir ainda na primeira metade do século XX.[2]

Funcionamento[editar | editar código-fonte]

Sobre uma matriz constituída por uma placa de vidro, estendia-se uma camada de emulsão fotossensível de bicromato de gelatina, que era impressionada mediante cópia por contacto com o negativo fotográfico. A gelatina tornava-se mais insolúvel nas zonas transparentes da imagem. Desta forma, a tinta era mais facilmente absorvida nestas áreas transparentes.[3]

Este procedimento permitia tirar um número limitado de 500 cópias, já que a gelatina se ia deteriorando durante o processo de impressão, perdendo-se a nitidez da imagem. Este sistema foi muito usado na impressão de bilhetes-postais entre 1868 e meados do século XX.

Controvérsia[editar | editar código-fonte]

Em Portugal, existe uma controvérsia sobre quem introduziu a fototipia no país. Carlos Relvas, fotógrafo português, gabava-se de ter introduzido, supostamente em junho de 1875, este processo de reprodução. Não obstante, José Júlio Bettencourt Rodrigues, da Secção Photographica da Direcção Geral dos Trabalhos Geodesicos, Topographicos, Hydrographicos e Geologicos do Reino, também dizia ter feito, no final de 1874, ensaios com este processo.[4] Emílio Biel e Domingos Alvão foram ativos praticantes deste processo de impressão em Portugal.[5]


Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Newhall, B.; Fontcuberta, J. (1983). Historia de la fotografía. Desde sus orígenes hasta nuestros días 4ª ed. Barcelona: Editorial Gustavo Gili S.A. 251 páginas. ISBN 84-252-1163-8. Citado como fotolitografía. 
  2. http://www.tipografos.net/fotografia/fototipia.html
  3. López Mondéjar, P. (1999). Historia de la fotografía en España. Barcelona: Lunwerg editores. 292 páginas. ISBN 8477826609 
  4. http://artephotographica.blogspot.pt/2009/03/f-ototipias.html
  5. http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1180700&seccao=Artes%20Pl%E1sticas&page=-1[ligação inativa]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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