Saltar para o conteúdo

Foxconn

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Foxconn
Foxconn
Razão social Hon Hai Precision
Industry Co., Ltd.
Nome nativo 鴻海精密工業股份有限公司
Nome romanizado Hónghǎi Jīngmì Gōngyè
Gǔfèn Yǒuxiàngōngsī
Empresa de capital aberto
Cotação TWSE: 2317
Atividade Eletrônicos
Fundação 20 de fevereiro de 1974
Fundador(es) Terry Gou
Sede Nova Taipé,  Taiwan
Presidente Terry Gou
Subsidiárias Sharp Corporation
Smart Technologies
FIH Mobile
Belkin International
Website oficial foxconn.com

Hon Hai Precision Industry Co., Ltd. (鴻海精密工業股份有限公司, Hónghǎi Jīngmì Gōngyè Gǔfèn Yǒuxiàngōngsī), fazendo negócios como Foxconn Technology Group (富士康科技集團, Fùshìkāng Kējì Jítuán), é uma empresa com sede em Taiwan e é a maior fabricante de computadores e de componentes eletrônicos no mundo. Sua produção é baseada em contratos com outras empresas de tecnologia. Entre os produtos mais famosos que produz, estão o Mac mini, o iMac, o iPod, o iPad e o iPhone da Apple; o PlayStation 2, o PlayStation 3 e o PlayStation 4 da Sony; o Wii da Nintendo; o Xbox 360 da Microsoft; placas-mãe baseadas nos chips da Intel; telefones celulares da Motorola; e vários outros componentes para diversas empresas, como a Dell e a Hewlett-Packard.[1][2]

Foi fundada em 1974, como empresa de produtos de plástico, em sua maioria conectores, por Terry Gou, ainda hoje o CEO da empresa. Está na Bolsa de Taiwan desde 1991. A empresa abriu sua primeira fábrica na China, em Shenzhen, em 1988, sua maior instalação, com mais de 270 mil trabalhadores. Em 1994, expandiu suas ações para os Estados Unidos e para o Japão, e atualmente também está no Brasil, no Estado de São Paulo.

As parcerias da Foxconn com grandes empresas mundiais de tecnologia abriram oportunidades de trabalho e levaram investimentos tecnológicos a Taiwan.[3]

Fundamentada no conceito de “Foco no Cliente”, a Foxconn não é apenas a maior, mas também a multinacional que cresce mais rápido em prestação de serviços (incluindo CEM, EMS, ODM e CMMS) no mundo. A empresa está entre as 500 maiores do mundo, sendo a maior exportadora de produtos industrializados da China e a segunda maior da República Tcheca.

Em 2016, a Foxconn adquiriu a tradicional empresa japonesa Sharp, por aproximadamente $3.5 bilhões de dólares. [4] Esta aquisição, de 66% da participação no capital, tornaria a Foxconn um parceiro mais atraente para a Apple, que, ao momento da compra, utilizava as telas produzidas pela Sharp em seus celulares iPhone. As telas eram então uma parte especialmente lucrativas de um smartphone, custando cerca de $54 dólares cada (valores de 2016), sendo que a Sharp fornecia cerca de 25% das telas utlizadas em iPhones[4], e domina a tecnologia de produção em massa de telas de IGZO (óxido de índio e zinco gálio)[5]. Terry Gou disse que, apesar dos desafios em tornar a Sharp lucrativa, tem ambições de fazer da Sharp um importante fabricante da próxima geração de eletrodomésticos, incluindo Internet das coisas[5], e tecnologia de altíssima definição 8K[6].

Maior fabricante 3C do mundo

[editar | editar código-fonte]

A Foxconn é o maior fabricante de produtos 3C (Computadores, Comunicações e Consumos Eletrônicos) e tem presença global em toda a Europa, Américas e Ásia. Em 2012, alcançou cerca de 1,5 milhões de funcionários.

Maior exportador da China

[editar | editar código-fonte]

Em 2011, a Foxconn foi responsável por 5,9% das exportações da China e foi classificada como maior exportador do país durante 10 anos consecutivos.

A Foxconn está classificada em 60º lugar na revista 2011 Fortune Global 500 e em 9º lugar em IFI CLAIMS 2011 Top 50 US Patent Assignees, como líder em inovação e know-how, com mais de 42 mil patentes concedidas e cerca de 92 mil patentes registradas mundialmente.

Controvérsias

[editar | editar código-fonte]

A Foxconn esteve envolvida em diversas controvérsias relacionadas às condições de trabalho quase escravas enfrentadas pelos funcionários, que resultam em diversos suicídios. As precárias condições de trabalho incluem a carga horária, a qualidade dos dormitórios, a pressão psicológica imposta aos trabalhadores, entre outros. A empresa tem mais de um milhão de funcionários.[7] Na China, emprega mais pessoas do que qualquer outra companhia privada.

Os suicídios entre os empregados da Foxconn atraíram a atenção da mídia. Sun Danyong, um homem de 25 anos de idade, por exemplo, cometeu suicídio em julho de 2009, após ter perdido um protótipo de um iPhone 4.[8] Também houve uma série de suicídios relacionados à baixa remuneração em 2010. Os suicídios dos empregados da Foxconn continuaram até 2012.[9]

Em reação aos suicídios dos trabalhadores, após 14 casos em 2010,[10] um relatório de 20 universidades chinesas descreveu as fábricas da Foxconn como campos de trabalho forçado e também revelou detalhes sobre abusos de empregados e sobre excesso de horas de trabalho.[11] Os empregados também foram obrigados a assinar um documento garantindo que eles e seus parentes não processariam a companhia em caso de morte inesperada, automutilação ou suicídio.[12]

Referências

  1. "Inside Apple's iPod Factories", Página da MacWorld, 12 de Junho, 2006
  2. The Forbidden City of Terry Gou, The Wall Street Journal, 11 de agosto de 2007
  3. «Make in India: Indian and international Tech companies who've joined so far» (em inglês). 7 de julho de 2016. Consultado em 7 de julho de 2016 
  4. a b Mozur, Paul (30 de março de 2016). «To Woo Apple, Foxconn Bets $3.5 Billion on Sharp». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 16 de maio de 2023 
  5. a b «Foxconn seals $3.5 billion takeover of Sharp as executives seek to shake off doubts». Reuters (em inglês). 2 de abril de 2016. Consultado em 16 de maio de 2023 
  6. «Sharp sees Foxconn as 'ticket to becoming global'». Financial Times. 27 de junho de 2019. Consultado em 16 de maio de 2023 
  7. «Life and Death at Foxconn» (em inglês). 23 de novembro de 2016. Consultado em 23 de novembro de 2016 
  8. «Fabricante de iPhone na china se suicida» (em inglês). 23 de novembro de 2016. Consultado em 23 de novembro de 2016 
  9. «Suicidios e outros problemas nas fabricas da Foxconn» (em inglês). 23 de novembro de 2016. Consultado em 23 de novembro de 2016 
  10. «Trabalhador da Foxconn mergulha para a morte» (em inglês). 23 de novembro de 2016. Consultado em 23 de novembro de 2016 
  11. «Foxconn campo de trabalho forçado» (em inglês). 23 de novembro de 2016. Consultado em 23 de novembro de 2016 
  12. «Por dentro da fábrica de suicídio chinesa onde empregados trabalham por turnos de 34 horas para fazer seu iPod» (em inglês). 23 de novembro de 2016. Consultado em 23 de novembro de 2016 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]