Frei Carlos

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Frei Carlos
Nome completo Frei Carlos de Lisboa
Morte 1540
Nacionalidade Portugal Portuguesa
Área Pintor
Movimento(s) Renascimento

Frei Carlos ou Frei Carlos de Lisboa ( ? — 1540) é nome pelo qual ficou conhecido no mundo da arte um frade de origem flamenga, sendo filho ou neto de flamengos, mas nascido em Lisboa, e que, depois de professar em 1517 como freire da Ordem de São Jerónimo, no Convento do Espinheiro, junto a Évora, se notabilizou como pintor de retábulos e de outras obras de carácter devocional[1] [2].

Obras[editar | editar código-fonte]

Frei Carlos é uma das mais importantes figuras da pintura retabular peninsular das primeiras décadas do século XVI. Alguns dos grandes painéis que a sua oficina pintou para igrejas conventuais estão entre as obras mais apreciadas das colecções do Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa.

Relativamente ao seu trabalho, sabe-se que trabalhou também para outros conventos hieronimitas em Portugal, nomeadamente o de Belém e o de Santa Marinha da Costa, perto de Guimarães. Dada a falta de unidade técnica e estilística detectadas em pinturas saídas do Espinheiro, admite-se que, face a uma produção volumosa, Frei Carlos fosse o mestre de uma oficina que trabalharia em moldes semelhantes às de outras que funcionavam “à sombra dos mosteiros”.

A par de Francisco Henriques e do Mestre da Lourinhã, Frei Carlos é considerado um dos mais importantes pintores flamengos da pintura quinhentista em Portugal.

São-lhe reconhecidas várias obras nomeadamente um Ecce Homo, ou Senhor da Cana Verde, o Tríptico do Calvário e a Ascensão de Cristo que se encontram no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, para além das outras que se reproduzem em Galeria.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Lista de pinturas de Frei Carlos

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Túlio Espanca, Património Artístico de Évora; Freguesias Rurais; 1957; p. 59-60.
  • Túlio Espanca, Inventário Artístico de Portugal; Concelho de Évora; ANBA; 1966; p. 340.
  • João Couto, A Pintura Flamenga em Évora no século XVI; Variedade de estilos e de Técnicas na Obra atribuída a Frei Carlos; Évora; 1943.
  • João Couto; A Oficina de Frei Carlos; Realizações Artis; 1955.
  • Primitivos Portugueses, 1450-1550. O século de Nuno Gonçalves; MNAA; pág.172 F.
  • José Fernandes Pereira, “CARLOS, Frei”, in Dicionário Enciclopédico da História de Portugal, Volume I, Coordenação de José Costa Pereira; Publicações Alfa, Portugal: Selecções do Reader’s Digest, S.A.; 1991
  • Vítor Serrão, História da Arte em Portugal – O Renascimento e o Maneirismo (1500-1620), Editorial Presença, Lisboa: 2001, ISBN 972-23-2924-3, página 95

Referências

  1. «O FREI CARLOS DA AMÉRICA / Investigação e Crítica». Museu Nacional de Arte Antiga. 2013. Consultado em 18 de fevereiro de 2014. Cópia arquivada em 27 de Janeiro de 2014 
  2. Isabel Salema (16 de Novembro de 2011). «Uma pintura do século XVI para rezar em casa». Jornal Público. Consultado em 18 de Fevereiro de 2014 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Nuno Santos, Frei Carlos e a Pintura Flamenga em Portugal no Século XVI, 12.11.2011 [1]
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