Garcia Fernandes, conde de Castela

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Garcia Fernandez)
Nota: Este artigo é sobre o nobre português; para o pintor homônimo, veja Garcia Fernandes; para outros significados, veja Garcia Fernandes (desambiguação).
Garcia Fernandes
Conde de Castela
Garcia Fernandes, conde de Castela
Garcia Fernandes
Nascimento 941/944
Morte 995 (65 anos)
Nome completo Garcia Fernandes
Pai Fernão Gonçalves
Mãe Sancha Sanches de Pamplona

Garcia Fernandez "o das Mãos Brancas" (941/944[1]995), foi conde de Castela em 970 depois da morte de seu pai.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Foi o filho mais novo de Fernão Gonçalves, conde de Castela e de Sancha Sanches de Pamplona, filha do rei Sancho Garcês I.[2] Participou em várias campanhas contra os muçulmanos e, de acordo com o Chronicon Burgense, em 995 foi capturado e ferido e morreu tragicamente cinco dias depois na viagem a Córdova. Ainda em vida de seu pai, o filho Sancho Garcia revolta-se contra ele, intitulando-se conde de Castela.[3]

Matrimónio e descendência[editar | editar código-fonte]

Casou cerca de 960 com Ava de Ribagorça,[4][5] filha do conde Raimundo II de Ribagorça e de Gersenda de Fézensac, de quem teve:[6]

  1. Sancho Garcia, «o dos Bons Foros» conde soberano de Castela (m. 5 de Fevereiro de 1017)[7][5] casado com Urraca Gomes, filha de Gomez Diaz de Saldanha[8].
  2. Gonçalo Garcia (m. depois de 978).[7][9][10][a]
  3. Urraca Garcia (m. ca. 1039) abadessa no Mosteiro de Covarrubias.[4]
  4. Toda Garcia (m. depois de 1036) casada com Sancho Gomes, filho de Gomez Diaz de Saldanha[11].
  5. Elvira Garcia (m. Dezembro de 1017), foi rainha regente de Leão e casou com Bermudo II rei de Leão.[12][5]
  6. Mor Garcia, casou com Raimundo III Pallars, conde de Pallars Jussà. Foi repudiada pelo seu marido. Governou o condado de Ribagorça que depois passou à sua sobrinha Muniadona.[13]
  7. Oneca Garcia (m. depois de 1029), foi primeiro abadessa no mosteiro de San Juan de Cillaperlata e depois freira no Mosteiro de São Salvador de Oña.[13]

Notas[editar | editar código-fonte]

[a] ^ Tradicionalmente, tem sido considerado que o Salvadores são os descendentes do conde Fernão Gonçalves. De acordo com a medievalista Margarita Torres, Salvador Gonçalves e Munio Gonçalves, o genearca dos Lara, foram os filhos de Gonçalo Garcia, filho, do conde Garcia Fernandes e a condessa Ava de Ribagorça.[14] O historiador Gonzalo Martínez Díez, no entanto, argumenta que com a documentação disponível, é impossível confirmar essa filiação.[15] Justo Perés de Urbel em sua obra Sancho el Mayor de Navarra diz: "Em Castela havia descendentes diretos de Fernão Gonzalez por linha masculina (...) e os Salvadores desceu do segundo casamento do grande conde".[16]

Referências

  1. Martínez Díez 2005, pp. 330-331.
  2. Martinez Diez 2005, p. 329, Vol. I.
  3. Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 214-215.
  4. a b Salazar y Acha 2006, p. 36.
  5. a b c Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 215.
  6. Martinez Diez 2005, p. 552-554, Vol. II.
  7. a b Martinez Diez 2005, p. 552, Vol. II.
  8. Salazar y Acha 2006, p. 37-38.
  9. Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 215 e 395.
  10. Sánchez de Mora 2003, p. 45, 403.
  11. Martinez Diez 2005, p. 553, Vol. II.
  12. Martinez Diez 2005, p. 524, Vol. II.
  13. a b Martinez Diez 2005, p. 554, Vol. II.
  14. Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 395.
  15. Martínez Diez 2005, p. 552.
  16. Sagredo 1975, p. 91.

Bibliografía[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre História da Espanha é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.