Generoso Ponce Filho

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Generoso Ponce Filho
Nascimento 6 de agosto de 1898
Cuiabá
Morte 24 de julho de 1972 (73 anos)
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Ocupação político

Generoso Ponce Filho (Cuiabá, 6 de agosto de 1898Rio de Janeiro, 24 de julho de 1972) foi um político brasileiro. Foi casado com Dulce de Oliveira Ponce e teve cinco filhas: Cacilda, Carmen Sylvia, Clélia, Maria Helena e Therezinha. Exerceu o mandato de deputado federal constituinte pelo Mato Grosso em 1934.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Estudou em Corumbá, localizada onde atualmente é o estado do Mato Grosso do Sul, e em Cuiabá, no Liceu Salesiano São Gonçalo. Passou por um processo de transferência e mudou para o Rio de Janeiro, quando este estado ainda era a capital do país, complementando seus estudos nos colégios Pio Americano e Anglo-Brasileiro.[1]

Formou-se bacharel na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, no ano de 1919, tendo seu discurso de formatura publicado no Jornal do Comércio do antigo Distrito Federal, e também, no folheto "Por que estamos atrasados", que foi muito divulgado dentro do meio intelectual da época.[1]

Passada a Revolução de 1930, candidatou-se e foi eleito, em 1933, deputado à Assembleia Nacional Constituinte pelo Partido Liberal de Mato Grosso. Após a Assembléia ser instalada em novembro de 1933, foi nomeado como membro da Comissão Constitucional, também nomeada de Comissão dos 26, que se encarregou de analisar e estudar o anteprojeto de constituição e de emendas apresentadas. Em parceria com o representante do Ceará, Valdemar Falcão, relatou os capítulos do "Poder Executivo" e dos "Conselhos Técnicos" e liderou a bancada do seu estado, reivindicando a participação da mulher na vida política.[1]

Era contra a divisão do estado do Mato Grosso e conseguiu a aprovação de um artigo nas "Disposições Transitórias", devido ao Tratado de Petrolína (17 de novembro de 1903 que resultou na anexação do Acre, garantindo ao seu estado o direito de receber uma indenização da União, por conta dos territórios que foram cedidos a Bolívia. Após a promulgação da nova carta, em 16 de julho de 1934, e às vesperas das eleições para presidente da República, conseguiu ter seu mandato estendido até o mês de maio de 1935.[1]

Já filiado ao Partido Evolucionista do Mato Grosso, elegeu-se novamente deputado federal pelo seu estado, em outubro 1934, permanecendo na Câmara dos Deputados, agora com o cargo de segundo-secretário da casa, atuando também como membro da Comissão de Segurança Nacional. Porém, com o surgimento do Estado Novo, os orgãos legislativos brasileiros foram compactados, com isso, acabou deixando de fazer parte do Congresso em 10 de novembro de 1937.[1]

Foi diretor e presidente do Instituto Nacional do Mate entre os anos 1942 e 1951. Fundou a revista semanal Vida Nacional, que abordava, em suas matérias, estudos sociais e políticos. Muitos intelectuais importantes colaboraram para essa revista, como Monteiro Lobato e Maurício de Lacerda. Chegou a colaborar também em alguns jornais cariocas, como O Globo, Correio da Manhã, A Nação e A Batalha. Atuava como correspondente inernacional destes periódicos, fazendo a cobertura dos esportes, da religião, política e artes no Estados Unidos.[1]

Chegou a ser tembém, dono de vários cinematógrafos no Rio de Janeiro, administrando até 14 casas desta categoria de entretenimento. Foi, inúmeras vezes, presidente de associações desta classe e importou muitos filmes cinematográficos. Foi tabelião no estado do Rio de Janeiro sendo presidente e diretor-geral do Centro Mato-Grossense neste mesmo estado. Também foi integrante do Instituto Histórico de Mato Grosso e sócio correspondente do Instituto Mato-Grossense de Letras.[1]

Principais obras[editar | editar código-fonte]

  • Um homem e um programa (1945);
  • General Ponce um chefe (1952) - biografia;
  • O menino que era eu (1967) - memórias;
  • Por Mato Grosso;
  • Dom Aquino Correia;
  • Por Mato Grosso na Federação;
  • Mato Grosso e suas possibilidades turísticas e econômicas;
  • Na Assembléia Nacional Constituinte;
  • O senhor Mário Correia — um caso político e patológico

Referências

  1. a b c d e f g h «Generoso Ponce Filho - CPDOC». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 21 de novembro de 2017