George Bannatyne

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
George Bannatyne
Nascimento 1545
Morte 1608 (62–63 anos)
Cidadania Reino da Escócia
Progenitores
  • James Bannatyne
  • Katherine Taillefeir
Cônjuge Isobell Mauchane
Filho(a)(s) Janet Bannatyne
Irmão(ã)(s) Catherine Bannatyne
Ocupação mercador, poeta

George Bannatyne (Newtyle, Forfarshire, 22 de fevereiro de 1545 – 1608) foi um comerciante escocês de Edimburgo.[1] É, no entanto, mais conhecido como um colecionador de poemas escoceses. Compilou uma antologia da poesia Scots de sua época. Seu trabalho estendeu-se a oitocentas páginas, divididas em cinco partes.

Juventude[editar | editar código-fonte]

Uma página do Manuscrito Bannatyne. (Biblioteca Nacional da Escócia)

George Bannatyne foi o sétimo filho de James Bannatyne e de Katharine Tailliefer, nasceu no dia 22 de fevereiro de 1545 e foi criado para ser comerciante.[2] É, no entanto, bastante incerto quando foi que ele começou a se envolver no comércio por conta própria, ou se passou sua juventude ou não como comerciante.[3]

Julgando, no entanto, como o mundo está apto a julgar, deve-se supor, a partir de seu gosto pela poesia, e por ter sido um poeta, que ele não era, ao menos, um pretendente zeloso a qualquer atividade comercial. Dois poemas seus, escritos antes dos vinte e três anos, estão cheios de afeição ardente, embora vaidosa, por uma bela amada, que ele descreve nos termos mais extravagantemente elogiosos. É também suposto que, nesta idade, embora obrigado a procurar alguma diversão durante um tempo de isolamento necessário, ele não poderia ter encontrado os meios para coletar, ou o gosto para executar, tal quantidade de poesia como aquela que leva seu nome, se ele não tivesse quase totalmente se dedicado a essa busca em particular.[3]

Em 1568, quando a Peste negra assolou Edimburgo, ele se retirou para seu condado natal e ocupou o tempo escrevendo cópias de poemas dos poetas escoceses do século XV e início do XVI. Seu trabalho estendeu-se a oitocentas páginas, divididas em cinco partes.[4]

O Manuscrito Bannatyne[editar | editar código-fonte]

O Manuscrito de Bannatyne é, assim com os manuscritos de Asloan e de Maitland, uma das grandes fontes da literatura médio Scots. Ele contém muitos trabalhos de Henryson, Dunbar, Lyndsay, Alexander Scott e Alexander Montgomerie.[5]

O manuscrito foi passado por Bannatyne para sua única filha Janet e, mais tarde, para a família de seu marido, os Foulises de Woodhall e Ravelston, perto de Edimburgo. Depois, através de vários proprietários privados, à Biblioteca dos Advogados de Edimburgo. Atualmente ele pertence à Biblioteca Nacional da Escócia.[6]

Partes dele foram reimpressas (com modificações) por Allan Ramsay em seu Ever Green (1724), e mais tarde, e mais corretamente, por Lord Hailes em seus Ancient Scottish Poems (1770). Todo o texto foi publicado pelo Hunterian Club (1873-1902) em um formato bonito e geralmente preciso. O nome de Bannatyne foi honrado em 1823 pela fundação em Edimburgo do Bannatyne Club, dedicado à publicação de material histórico e literário de fontes escocesas. A trigésima terceira edição do clube (1829) foi Memorials of George Bannatyne (1545-1608), com um livro de memórias de Sir Walter Scott e um relato do manuscriro por David Laing.[4]

Notas

  1. Harvard University; Panton, George A.; Murdoch, James Barclay; Scott, Walter; Laing, David (1896). The Bannatyne manuscript. Glasgow: Printed for the Hunterian Club 
  2. Em um livro de memórias de George Bannatyne, por Sir Walter Scott, prefixado para uma coleção de memorabilia sobre ele, que foi impressa para o Bannatyne Club, supõe-se que ele não esteve inicialmente envolvido no comércio. Mas essa suposição parece basear-se apenas em uma inferência incerta de uma passagem do "Memoriall Buik" de George Bannatyne, onde é mencionado que Katharine Tailliefer, em sua morte em 1570, deixou para trás seus onze filhos, dos quais oito não possuíam meios próprios de subsistência. Numa cuidadosa inspeção das notícias da família neste "memorial buik", parece provável que o próprio George fosse um daqueles que já tinham "uma profissão", especialmente considerando que ele estivesse então com 25 anos de idade.
  3. a b Thomson, Thomas Napier. «Bannatyne, George». A biographical dictionary of eminent Scotsmen (em inglês). 1 1857 ed. Glasgow: Blackie and Son. pp. 129–133 
  4. a b Chisholm, Hugh. «Bannatyne, George». Encyclopædia Britannica (em inglês). 3 1911 ed. Cambridge: Cambridge University Press. p. 353 
  5. University of California Libraries; Panton, George A.; Murdoch, James Barclay; Scott, Walter; Laing, David (1896). The Bannatyne manuscript. Glasgow: Printed for the Hunterian Club 
  6. «1568 - Bannatyne Manuscript». digital.nls.uk. Consultado em 13 de abril de 2019 

Referências