Gerard Gertoux

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Gérard Gertoux
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Função
Presidente
Association Biblique de Recherche d'Anciens Manuscrits (d)
Biografia
Nascimento
Cidadania
Alma mater
École nationale supérieure d'ingénieurs électriciens de Grenoble (en) (engenheiro) (até )
Université Lumière Lyon 2 (en) (Master of Science) (até )
Atividades
Outras informações
Áreas de trabalho
Membro de
International Association for Assyriology (en) ()
estudantes
Michel Debidour (en)
Henri Cazelles (en)
Jean-Claude Haelewyck (en)
Yves Roman (d)
Yves Ayant (d)
Jean Margain (en)
Élie Belorizky (d)
Dominique Gonnet (en)
Georges Bohas (en)
'Magnum opus'
The name of God Y.eH.oW.aH which is pronounced as it is written I_Eh_oU_Ah: its story (d)
Un historique du nom divin: un nom encens (d)

Gérard Gertoux (Lyon, 19 de março de 1955) é um mestrado da história antiga,[1][2] engenheiro[3] professor no sistema de ensino secundário francês[4] com as qualificações necessárias (Certificado de aptidão para docência no ensino médio).[1] Na página 4 da capa de seu livro Un historique du nom divin: Un nom encens é descrito como hebraista e tetragramista[5][6][7][8]

A Encyclopedia of Christianity in the United States menciona que, em oposição ao consenso acadêmico existente que o nome divino se pronunciava como "Yahweh", Gertoux apóia "Yehowah" (ou seja, "Jeová").[9]

Educação[editar | editar código-fonte]

Licenciou-se em Engenharia Física na École nationale supérieure d'ingénieurs électriciens de Grenoble (I.N.P.G.) em 1979. Em 1985 obteve um Certificado de aptidão para o ensino secundário (Certificat d'aptitude au professorat de l'enseignement du second degré) para se tornar um professor certificado no nível secundário.[4]

No ano de 2004, Gertoux obteve na Universidade de Lyon II o título de Sc.M. 2 em arqueologia e história do mundo antigo com a dissertação L'œil de l'histoire: la chronologie. Les éclipses dans l'antiquité: approche scientifique d'une chronologie absolue (O Olho da história: a cronologia. Eclipses na antiguidade: abordagem científica para uma cronologia absoluta).[2]

Continuou na mesma universidade de Lyon seus estudos para obtenção do grau de doutor, mas em 2007 não foi aceita a sua proposta de tese de doutorado. Ele explicou a rejeição como devido a "cartas ... que revelaram minha filiação religiosa às Testemunhas de Jeová".[10][11]

Foi autorizado a transferir seus estudos para o Instituto Nacional de Línguas e Civilizações Orientais (INALCO) em Paris. Lá, também, sua tese não foi aceita, porque o Instituto não queria endossar uma posição fundamentalista.[12]

Em 2014, tornou-se membro[13] da Associação Internacional de Assiriologia.[1][12] que no mesmo ano deu em seu site uma notícia (não o texto) da proposta tese.[14]

Opiniões[editar | editar código-fonte]

Nos livros que escreveu e publicou expõe suas idéias freqüentemente incomuns sobre a cronologia antiga, contrárias às conclusões da generalidade dos estudiosos. Indica-se normalmente o ano de 465 a.C. como o da morte de Xerxes I,[15][16] Gertoux sozinho afirma que ele morreu dez anos antes.[17]

De acordo com Robert J. Wilkinson, que cita o livro Un historique du nom divin: Un nom encens , Gertoux afirma que, desde a época de 4000 a.C., a que ele com total confiança atribui Eva, o Tetragrama YHVH lê-se sempre "segundo suas letras", isto é, tratando aquelas quatro letras como matres lectionis, isso é dizendo "Jehovah", e que o desaparecimento deste nome faz parte de uma estratégia satânica.[18] Wilkinson deixa sem comentário explícito esta oposição de Gertoux ao forte consenso acadêmico de que a pronúncia original mais provável era "Yahweh" e que certamente não era "Jehovah" ou "Jeová".

Em outro de seus livros, Gertoux afirma que Adão e Eva foram criados em 5426 a.C. (e que a teoria da evolução humana é um mito propagado por médicos nazistas) e o Dilúvio de Noé aconteceu em 3170 a.C.[19]

O Tetragrama[editar | editar código-fonte]

Em seu trabalho The Name of God Y.eH.oW.aH Which is pronounced as it is Written I_Eh_oU_Ah, Gertoux indica a sua visão sobre o tratamento do Tetragrama, a história de sua tradução e pronúncia ao longo dos séculos desde a época de Eva (segundo ele, 4000 a.C.), visão em que afirma que a pronúncia do Tetragrama nunca foi perdida, e esta é Yehowah.[3][20][21][22][23]

Gertoux diz que o termo "Yahu" (que se encontra principalmente em textos aramaicos) significa "Yah Ele mesmo" (língua habraica),[24] e o termo "Yah" é uma abreviação da primeira e da última letra de YHWH, com a qual a forma Jeová ainda é possível.[25]

Além disso, Gertoux propõe que o nome YHWH, em hebraico, a pesar de não encontrar-se em absolutamente nenhum dos existentes manuscritos em grego, língua do Novo Testamento, usou-se nos textos autógrafos.[26][20]

Gertoux menciona que em uma carta privada Charles Perrot, professor emérito do Instituto Católico de Paris, escreveu que "as observações sobre a pronúncia de YHWH me parecem muito relevante, mesmo que, na prática, seja um pouco difícil "recuar" sem dar a impressão de ceder às Testemunhas de Jeová".[27]

Da obra de Gertoux John Laurence Gee (já citado) diz: "O livro levanta sérias dúvidas sobre se Gertoux domine qualquer uma das línguas necessárias para seu estudo. Afirmações como "A lingua hebraica ... favorece uma leitura vocálica de nomes próprios em vez de uma leitura consonantal (aramaico)” [...] não fazem nada para dissipar nossas dúvidas. A maioria das evidências egípcias relevantes foi ignorada em silêncio, e o que foi usado foi freqüentemente mal interpretado [...] A evidência acadiana também foi subutilizada. É preciso perguntar-se sobre sua compreensão da fonética grega quando afirma que o iotacismo ... levou principalmente à confusão dos sons iota, épsilon, eta e alfa-iota. Os exemplos poderiam ser multiplicados ad nauseam, mas possivelmente o melhor exemplo do fracasso de Gertoux em dominar suas línguas é sua defesa do que ele chama de método das letras. O seu método das letras de Gertoux assume que existe apenas uma maneira de vocalizar qualquer esqueleto consonantal particular, o que não é o caso. Portanto, seu método é fundamentalmente falho."[3]

Obras[editar | editar código-fonte]

Livros[editar | editar código-fonte]

Artigos[editar | editar código-fonte]

Conferências[editar | editar código-fonte]

Gertoux propôs cronologias assírias e bíblicas, das quais, de acordo com Hermann Hunger, G. Gertoux "oferece novas conclusões ou refuta as cronologias propostas por outros estudiosos".[28] Gertoux apresentou palestras em diferentes universidades:

  • —2011, Conferência na Universidade de Edimburgo: A New Achaemenid King: Darius B, owing to Synchronized Chronology.
  • —2015, Conferência na Universidade de Oxford: Assyrian and biblical chronologies: are they reliable?
  • —2015, Conferência na Universidade de Genebra: Dating the Reigns of Xerxes and Artaxerxes which was published in 2018 in: Orbis Biblicus et Orientalis Series Archaeologica], 40, pp. 179–206.
  • —2019, Convite para o Collège de France de Dominique Charpin para promover sua tese Scientific approach to an absolute chronology through synchronisms dated by astronomy, 11 de julho de 2019, para a 65th Rencontre Assyriologique Internationale — the annual conference of the International Association for Assyriology.

Filmes[editar | editar código-fonte]

  • Fritz Poppenberg (2014). The Name of God. Drei Linden Film.

Referências

  1. a b c Gertoux, Gérard. «Curriculum Vitae» 
  2. a b «L'Oeil de l'histoire [Travaux universitaires]: la chronologie. 1. les éclipses dans l'antiquité: approche scientifique d'une chronologie absolue/Gérard Gertoux». Frantiq. Fédération et Ressources sur L'antiquté 
  3. a b c John Laurence Gee (Junho de 2004). «Gertoux, Gérard. The Name of God Y.EH.OW.AH Which is Pronounced as It Is Written I_EH_OU_AH.» (PDF). Review of Biblical Literature. Society of Biblical Literature. ISSN 1099-0321 
  4. a b Thomas, Michael. «The JW Name of God Documentary-1 Is it Independent?». Reachout Trust 
  5. Gertoux, Gérard (1999). Un historique du nom divin: Un nom encens. [S.l.]: Éditions L'Harmattan 
  6. «Catalogue général: "Gertoux, Gérard"». Bibliothèque nationale de France |citacao= Source(s): Un Historique du nom divin / Gérard Gertoux, 1999}}
  7. «Gertoux, Gérard». Library of Congress. Sources found: Gertoux, Gérard. Un historique du nom divin, c1999:t.p. (Gérard Gertoux) p. 4 of cover (hébraïsant tétragrammiste) 
  8. «Gertoux, Gérard». National Library of Israel Names and Subjects Authority File. Source Data Found Gertoux, Gérard. Un historique du nom divin, c1999: t.p. (Gérard Gertoux) p. 4 of cover (hébraïsant tétragrammiste) 
  9. Kurian, George Thomas; Lamport, Mark A. (2016). Sacred Name Movement: Jehovah's Witnesses. 5. Rowman & Littlefield. p. 2003. ISBN 9781442244320 
  10. http://www.coordiap.com/tribune-libre-discrimination-universite-9911.htm Gérard Gertoux, "Discrimination à l’université" (Coordination des Associations & Particuliers pour la Liberté de Conscience)
  11. Coordination des Associations & Particuliers pour la Liberté de Conscience, "Lettre au Rapporteur spécial sur la liberté de religion ou de croyance" (junho 2010)
  12. a b «Gerard Gertoux». ORCID 
  13. Membership: Who Can Join?
  14. «Gertoux, Gérard (Lyon/France) – Approche scientifique d'une chronologie absolue grâce aux synchronismes datés par l'astronomie / Scientific approach to an absolute chronology through synchronisms dated by astronomy» 
  15. Ancient Civilizations of the World. Scientific e-Resources; 8 maggio 2018. p. 261.
  16. Thomas Harrison. Denny Rose e Rowan Allen, The Great Empires of the Ancient World (Getty Publications 2009), p. 113.
  17. Dating the Reigns of Xerxes and Artaxerxes, in: NABU 2019-4, p. 179
  18. Wilkinson, Robert J. (2015). Tetragrammaton: Western Christians and the Hebrew Name of God: From the Beginnings to the Seventeenth Century. 179. [S.l.]: Leiden: Brill. p. 38. ISBN 978-90-04-28817-1. doi:10.1163/9789004288171 
  19. Noah and the Deluge: Chronological, Historical and Archaeological Evidence, p. 102|citação=the appearance of man (and woman) from an apelike ancestor is scientific myth (propagated by Nazi doctors)... 5426 BCE. Creation of the first human couple: Adam and Eve, in Eden ... 3170 BCE. After the Deluge the ark came to rest on the mountains of Ararat
  20. a b Robert J. Wilkinson (2015). Tetragrammaton: Western Christians and the Hebrew Name of God: From the Beginnings to the Seventeenth Century. Col: Studies in the History of Christian Traditions. Vol. 179. Leiden: Brill. p. 38. ISBN 978-90-04-28817-1. doi:10.1163/9789004288171 
  21. Won W. Lee (Julho de 2003). "Notes on Recent Publications". Religious Studies Review. Valparaiso University: Council of Societies for the Study of Religion. Vol. 29 (3): 285. doi:10.1111/j.1748-0922.2003.tb00391.x. ISSN 0319-485X. OCLC 909876699.
  22. Steven Ortlepp (2011). Pronunciation of the Tetragrammaton: A Historico-Linguistic Approach. pp. 25–26. ISBN 9781445272207.
  23. Philippe Barbey (2003). Les témoins de Jehovah: Pour un christianisme original. Religion et sciences humaines. Editions L'Harmattan. p. 19. ISBN 9782296315914.
  24. Vasileiadis, Pavlos D. (2013). "The pronunciation of the sacred Tetragrammaton: An overview of a nomen revelatus that became a nomen absconditus" (sic). Judaica Ukrainica. National University of Kyiv-Mohyla Academy. Vol. 2.
  25. Vasileiadis, Pavlos D. (2014). "Aspects of rendering the sacred Tetragrammaton in Greek". Open Theology. Berlin, Germany: De Gruyter. Vol. 1 (1): 56–88. doi:10.2478/opth-2014-0006. ISSN 2300-6579. OCLC 927128789.
  26. Didier Mickaël Fontaine (2007). Le nom divin dans le nouveau testament. Paris: Editions L'Harmattan. ISBN 978-2296176096.
  27. Discrimination à l'université". Coordination des Associations & Particuliers pour la Liberté de Conscience.
  28. «Gerard Gertoux». ORCID