Gim Argello
Gim Argello | |
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Gim Argello | |
Senador pelo Distrito Federal | |
Período | 17 de julho de 2007 até 1º de fevereiro de 2015 |
Legislaturas | 53ª (2007–2011) 54ª (2011–2015) |
Antecessor(a) | Joaquim Roriz |
Sucessor(a) | Reguffe |
Deputado Distrital pelo Distrito Federal | |
Período | 1º de janeiro de 1999 até 31 de dezembro de 2006 (2 mandatos consecutivos) |
Legislaturas | 3ª (1999–2003) 4ª (2003–2007) |
Dados pessoais | |
Nascimento | 5 de abril de 1962 (61 anos), São Vicente, SP |
Partido | PTR (1990–1993) PP (1993–1995) PFL (1995–2002) PMDB (2002–2005) PTB (2005–2022) PROS (2022 – 2023) SD (2023 – atualidade) |
Profissão | Corretor de imóveis |
Gim Argello | |
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Crime(s) | corrupção passiva e lavagem de dinheiro[1] |
Pena | 19 anos de prisão[1] |
Situação | Preso em regime fechado[1] |
Jorge Afonso Argello (São Vicente, 5 de abril de 1962), conhecido como Gim Argello, é um corretor de imóveis, bacharel em direito e político brasileiro, filiado ao Solidariedade (SD).
Foi preso preventivamente em 2016, na operação Vitória de Pirro na 28ª fase da Operação Lava Jato.[2] Em 6 de maio de 2016, foi denunciado pelo Ministério Público Federal por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e obstrução à investigação.[3]
Em abril de 2016, optou por um acordo de delação premiada com o Ministério Púbico Federal para tentar reduzir ou até se livrar de uma pena em eventual condenação pelos crimes dos quais é acusado pela força-tarefa da Lava Jato.[4] Em julho de 2016, teve sua delação homologada pela Justiça Federal do Paraná.[5][6]
No dia 13 de outubro de 2016, o juiz Sergio Moro, titular da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou o ex-senador Gim Argello a 19 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.[1]
Vida pessoal[editar | editar código-fonte]
Nascido em São Vicente, no estado de São Paulo, e criado em Taguatinga, no Distrito Federal, Gim Argello é bacharel em Direito e trabalha com a corretagem de imóveis.
Carreira política[editar | editar código-fonte]
Eleito, pelo PFL, deputado distrital em 1998 e reeleito em 2002, foi presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal entre 2001 e 2002. Filiado ao PTB em 2005, nas eleições de 2006 é eleito primeiro-suplente na chapa de senador de Joaquim Roriz. Com renúncia de Roriz em 4 de julho de 2007, Gim Argello assumiu o terceiro posto de senador do Distrito Federal a 17 de julho do mesmo ano.
Suspeitas de corrupção[editar | editar código-fonte]
O ex-senador responde a um inquérito no Supremo Tribunal Federal[7] por apropriação indébita, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.[8][9][10] Gim Argello enriqueceu rapidamente desde que entrou na política do Distrito Federal, tendo seu patrimônio calculado em um bilhão de reais em 2009.[11]
Prisão[editar | editar código-fonte]
Foi preso preventivamente em 2016, na operação Vitória de Pirro, 28ª fase da Operação Lava Jato.[2]
Denúncia[editar | editar código-fonte]
Em 6 de maio de 2016, Gim Argello, o empresário Ronan Maria Pinto, o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores Delúbio Soares, os empresários Marcelo Bahia Odebrecht e Léo Pinheiro, da OAS, foram denunciados por suposto envolvimento em crimes investigados pela Operação Lava Jato. O coordenador da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, afirmou que juntas as denúncias trazem R$ 30 milhões em corrupção, R$ 5 milhões em concussão e mais R$ 13,7 milhões e € 200 mil em lavagem de dinheiro.[3] Em dezembro de 2016 Gim Argello foi citado na delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor da empreiteira Odebrecht (atual Novonor). Segundo Melo Filho, o codinome de Gim Argello seria "Campari", possivelmente uma referência a seu primeiro nome, que também é o nome de uma bebida.[12]
Histórico na política[editar | editar código-fonte]
- 1998 – eleito deputado distrital por Brasília pelo PFL
- 1999 – eleito vice–presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal
- 2001 a 2002 – presidente da Câmara Legislativa do DF
- 2002 – reeleito para seu segundo mandato como deputado distrital (PMDB)
- 2003 a 2004 – novamente vice-presidente da Câmara Legislativa
- 2005 – filiou-se ao PTB e se tornou presidente regional do partido. Assumiu também a Secretaria de Estado de Trabalho
- 2007 – diplomado como senador suplente do senador Joaquim Roriz em 17 de julho de 2007
Referências
- ↑ a b c d «Justiça condena ex-senador Gim Argello a 19 anos de prisão». G1. Globo.com. Consultado em 13 de outubro de 2016
- ↑ a b «Polícia realiza 28ª fase da operação Lava-Jato», Valor econômico, 12 de abril de 2016
- ↑ a b Bibiana Dionísio e Samuel Nunes (6 de maio de 2016). «Força-tarefa da Lava Jato denuncia Gim Argello, Delúbio e Odebrecht». G1. Consultado em 6 de maio de 2016
- ↑ «Gim Argello quer fazer delação premiada». UOL. 26 de abril de 2016. Consultado em 21 de julho de 2016
- ↑ Lauro Jardim (21 de julho de 2016). «Delação de Gim Argello é homologada». O Globo. Globo. Consultado em 21 de julho de 2016
- ↑ «Delação do ex-senador Gim Argello é homologada». Noticias ao minuto. 21 de julho de 2016. Consultado em 21 de julho de 2016
- ↑ Acompanhamento Processual, STF, Inquérito 3059
- ↑ «Suplente de Roriz também está sob suspeita». Portal G1. Globo. 5 de julho de 2007. Consultado em 5 de fevereiro de 2009
- ↑ D'Elia, Mirella (6 de agosto de 2007). «PGR analisa denúncias contra Gim Argello». G1. Globo. Consultado em 5 de fevereiro de 2009
- ↑ «Gim Argello, o novo senador da República». Congresso em foco. 5 de julho de 2007. Consultado em 5 de fevereiro de 2009
- ↑ «O Homem de R$ 1 Bilhão». IstoÉ
- ↑ «Delação de Cláudio Melo Filho cita valores pagos a Gim Argello e a Robério Negreiros». Jornal de Brasilia. 11 de dezembro de 2016. Consultado em 12 de dezembro de 2016
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Nascidos em 1962
- Deputados distritais do Distrito Federal (Brasil)
- Senadores suplentes do Brasil pelo Distrito Federal
- Membros do Democratas (Brasil)
- Membros do Movimento Democrático Brasileiro (1980)
- Membros do Partido Trabalhista Brasileiro
- Naturais de São Vicente (São Paulo)
- Pessoas condenadas na Operação Lava Jato
- Bacharéis em direito do estado de São Paulo
- Membros do Partido Republicano da Ordem Social
- Membros do Progressistas
- Membros do Progressistas do Distrito Federal
- Membros do Solidariedade (partido político)