Giovannini (Coronel Fabriciano)

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Giovannini
  Bairro do Brasil  
Vista do bairro Giovannini a partir do Alto Giovannini
Vista do bairro Giovannini a partir do Alto Giovannini
Vista do bairro Giovannini a partir do Alto Giovannini
Localização
Unidade federativa  Minas Gerais
Zona Setor 4
Distrito Senador Melo Viana
Município Coronel Fabriciano
História
Criado em década de 1950
Características geográficas
Área total 0,5 km²
População total (2010) 3 020 hab.
Densidade 5 492,91 hab./km²
Outras informações
Domicílios 1088
Limites Júlia Kubitschek, Melo Viana, Santo Eloy, Belvedere, Alto Giovannini, Nazaré, Centro, Professores, Bom Jesus e Vila Bom Jesus
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)[1]

Giovannini é um bairro do município brasileiro de Coronel Fabriciano, no interior do estado de Minas Gerais. Localiza-se no distrito Senador Melo Viana, estando situado no Setor 4.[2] De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população no ano de 2010 era de 3 020 habitantes, cujo valor representava 2,9% do total do município e estava distribuído em uma área de 0,5 km².

A área do atual bairro era ocupada pela Fazenda Giovannini, administrada pela Arquidiocese de Mariana e pelo paulista Alberto Giovannini. Na década de 1950, o terreno foi loteado e o bairro foi oficialmente criado, sendo o nome uma homenagem ao paulista, que colaborou em várias construções do núcleo residencial, como a Escola Estadual Alberto Giovannini e o primeiro terminal rodoviário de Coronel Fabriciano, a atual Rodoviária Velha.

Nas décadas seguintes, ocorreu o desenvolvimento comercial e infraestrutural da localidade, tornando-se uma das regiões mais populosas do município. Ressaltam-se, dentre outros marcos presentes, a Igreja Bom Pastor, que se destaca pelo seu mosaico feito com cerâmica em sua fachada, e o Cemitério Municipal Senhor do Bonfim. Através da Avenida Magalhães Pinto, constitui a principal ligação entre o Centro de Fabriciano e o distrito Senador Melo Viana.

História[editar | editar código-fonte]

Lojas no antigo terminal rodoviário de Coronel Fabriciano, a chamada Rodoviária Velha.

A área onde está situado o bairro Giovannini fora de posse da chamada Fazenda Giovannini. Parte das terras, da Avenida Governador José de Magalhães Pinto (então Avenida Dom Helvécio) até a região do Belvedere, era de responsabilidade de Alberto Giovannini, enquanto que o restante (da Magalhães Pinto à região do Júlia Kubitschek) pertencia à Arquidiocese de Mariana, por intermédio do pároco local, padre Rocha, também responsável pelas terras dos atuais bairros São Domingos, Recanto Verde e Bom Jesus, dentre outros.[3][4] Na década de 1950, o terreno foi loteado e assim transformado em bairro, cujo nome recebido constitui uma referência a Alberto Giovannini, nascido no município paulista de Queluz e presente em Coronel Fabriciano desde agosto de 1927, município onde veio a falecer a 25 de setembro de 1963.[3]

Em Coronel Fabriciano, Alberto Giovannini atuou como empresário, comerciante, proprietário de terras e bancário, tendo inaugurado a primeira agência bancária da cidade — o Banco da Lavoura[3] — e doado terrenos para a construção do primeiro cemitério municipal, o Cemitério Municipal Senhor do Bonfim,[5] e da primeira escola estadual do município, inaugurada em 1969 e batizada de EE Alberto Giovannini. Também colaborou com as negociações da construção do primeiro terminal rodoviário de Fabriciano, local hoje conhecido como "Rodoviária Velha", onde se concentram lojas e apartamentos de classe baixa.[3] Em 1978, ocorreu o lançamento da pedra fundamental da Igreja Bom Pastor, construída em uma área que vinha sendo usada pela população para a realização de eventos. O desenvolvimento estrutural e demográfico associado ao comércio representativo fez com que o Giovannini se tornasse uma das regiões mais populosas da cidade.[1][3]

Geografia e demografia[editar | editar código-fonte]

Vista da Avenida Magalhães Pinto no Giovannini a partir do Trevo Pastor Pimentel

O bairro Giovannini possui área total de 0,5 km², limitando-se com os bairros Melo Viana, Santo Eloy, Belvedere (estes a norte), Alto Giovannini (oeste), Nazaré, Centro, Professores (sul), Bom Jesus, Vila Bom Jesus e Júlia Kubitschek (leste).[1][6] O Alto Giovannini se originou como uma extensão da ocupação original, porém é considerado como um bairro independente tanto pelo IBGE[7] como pelo sistema de geoprocessamento da administração municipal em 2020.[8] A malha urbana do Giovannini é banhada pelo ribeirão Caladão, que corta a cidade e recebe sujeira e poluição originada de residências e pequenas indústrias, oficinas ou matadouros de suas margens,[9] sendo que na época das chuvas são comuns enchentes nas áreas mais baixas do bairro.[10][11]

Em 2010, a população do núcleo residencial foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 3 020 habitantes,[1] sendo comparável a cidades mineiras como Jaguaraçu, Rio Doce e Carmésia.[12] Dentre os bairros que Fabriciano se subdivide, o Giovannini ocupava a 11ª posição entre os mais populosos, englobando 2,9% da população municipal e 5,6% da população do distrito Senador Melo Viana, sendo a densidade demográfica de 5 492,91 habitantes por quilômetro quadrado.[1] Do total de habitantes, 1 421 eram homens (47,1% do total) e 1 599 mulheres (52,9%).[1]

Também segundo o IBGE, no ano de 2010 havia no total 1 088 domicílios.[1] Apesar de seu interior constituir uma área predominantemente residencial e de estar situado entre o bairro Melo Viana e o Centro de Fabriciano, que são os principais núcleos comerciais do município, o Giovannini em si também concentra um considerável fluxo comercial, em especial às margens da Avenida Magalhães Pinto.[3][13][14] A Igreja Bom Pastor representa a sede da Comunidade Bom Pastor, cuja atuação pastoral católica também abrange os bairros vizinhos, estando subordinada à Paróquia Santo Antônio, jurisdicionada à Diocese de Itabira-Fabriciano.[3] Em relação a outros credos religiosos, o bairro abriga um templo das Testemunhas de Jeová e a sede da Igreja Adventista do Sétimo Dia.[3][15]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Fachada da EE Alberto Giovannini

Segundo dados da Secretaria Estadual de Educação (SEE), são algumas das instituições de ensino localizadas no Giovannini: o Centro Pedagógico Sítio do Pica-pau, que é privado e fornece a educação infantil e as séries iniciais do ensino fundamental (até o 5º ano); a Escola Estadual Professor Francisco Letro, que oferece do 1º ao 5º ano do ensino fundamental; e a Escola Estadual Alberto Giovannini,[16] que é a primeira escola estadual do município e oferece o ensino médio.[3] Esta se posiciona entre as escolas com melhor desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em Coronel Fabriciano.[17] O serviço de abastecimento de água é feito pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), enquanto que o abastecimento de energia elétrica é de responsabilidade da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), sendo que 100% da população possui acesso à rede elétrica.[15]

Há uma agência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que está localizada na Avenida Magalhães Pinto.[18] O primeiro terminal rodoviário da cidade localizava-se no Giovannini, porém este foi substituído por outro, no Centro de Fabriciano.[15] A Magalhães Pinto liga o bairro à Avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves e esta o conecta, posteriormente, às cidades vizinhas de Ipatinga e Timóteo.[19] O Trevo Pastor Pimentel, que é o entroncamento das avenidas Magalhães Pinto e Tancredo Neves, também divide o Giovannini do Centro fabricianense.[15] Há linhas de ônibus do transporte público municipal que atendem ao bairro, sendo que muitos dos trajetos que ligam a região central ao interior do distrito Senador Melo Viana utilizam a Avenida Magalhães Pinto para chegar aos seus destinos.[20]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Fachada da Igreja Bom Pastor

Dentre os principais marcos do bairro, destaca-se a Igreja Bom Pastor, cuja fachada apresenta um mosaico feito em cerâmica retratando a figura de Jesus com um rebanho de ovelhas.[15] Também há o Cemitério Municipal Senhor do Bonfim, onde já foram enterrados cerca de 30 mil corpos em aproximadamente duas mil covas, sendo que grande parte delas possui acabamento de ardósia, granito e mármore.[21] A Avenida Magalhães Pinto concentra boa parte da vida noturna do município, com uma considerável presença de bares e restaurantes.[13]

No bairro destacam-se ainda as atividades de lazer voltadas à população, que, muitas vezes, são organizadas pela Comunidade Bom Pastor ou nas escolas. A igreja celebra anualmente, em maio, a Festa do Bom Pastor, com procissões, missas e espetáculos em homenagem ao padroeiro que dá nome à igreja.[22] As escolas estaduais situadas na localidade também organizam eventos voltados à população, como campanhas de conscientização ambiental e palestras educativas,[23] e no feriado de Finados o Cemitério Municipal recebe milhares de visitas nos túmulos.[24] Semanalmente ainda é organizada a feira livre do bairro, que surgiu em meados da década de 70, inicialmente no Centro de Fabriciano. Anos depois foi transferida para o bairro dos Professores e o Nazaré, até chegar ao Giovannini.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (16 de novembro de 2011). «Sinopse dos dados - Setor: 311940110000018 - Giovannini». Consultado em 29 de janeiro de 2012. Cópia arquivada em 29 de janeiro de 2012 
  2. Assessoria de Comunicação (3 de julho de 2009). «População/Setores». Prefeitura de Coronel Fabriciano. Consultado em 7 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 19 de janeiro de 2012 
  3. a b c d e f g h i j Jornal Nosso Vale (8 de agosto de 2011). «Prazer em conhecer... Giovannini». Consultado em 23 de setembro de 2011. Cópia arquivada em 29 de janeiro de 2012 
  4. Jornal Nosso Vale (8 de agosto de 2011). «Um bairro em homenagem à Sra. JK». Consultado em 29 de janeiro de 2012. Cópia arquivada em 29 de janeiro de 2012 
  5. Jornal Vale do Aço (22 de julho de 2010). «Vale da Saudade». Consultado em 26 de setembro de 2014. Arquivado do original em 29 de maio de 2014 
  6. Leonardo Gomes (janeiro de 2012). «Grande Guia dos Bairros de Coronel Fabriciano». Revista Nosso Vale (15): 10. Consultado em 26 de setembro de 2014. Arquivado do original em 22 de março de 2014 
  7. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (16 de novembro de 2011). «Sinopse por setores». Consultado em 15 de agosto de 2020 
  8. Secretaria de Governança Urbana, Planejamento e Meio Ambiente (2020). «Plano Diretor - bairros». Prefeitura. Consultado em 15 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 15 de agosto de 2020 
  9. Assessoria de Comunicação (19 de outubro de 2009). «Expedição traça um retrato do Ribeirão Caladão». Prefeitura. Consultado em 29 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 29 de janeiro de 2012 
  10. Jornal Vale do Aço (7 de fevereiro de 2008). «Nível do Ribeirão Caladão sobe e poderá provocar enchentes». Consultado em 16 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 16 de fevereiro de 2012 
  11. Assessoria de Comunicação (23 de março de 2011). «Prefeitura inicia obras do Parque Linear». Prefeitura. Consultado em 29 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 31 de julho de 2013 
  12. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). «Censo 2010 - Minas Gerais» (PDF). Consultado em 30 de janeiro de 2012. Cópia arquivada (PDF) em 6 de setembro de 2012 
  13. a b Jornal Vale do Aço (2 de dezembro de 2007). «Fabriciano lidera estatística de estabelecimentos gastronômicos com perfil turístico no Vale do Aço». Consultado em 26 de setembro de 2014. Arquivado do original em 21 de abril de 2014 
  14. Jornal Diário do Aço (12 de outubro de 2011). «Imóveis registram 100% de valorização em 5 anos». Consultado em 26 de setembro de 2014. Arquivado do original em 24 de novembro de 2011 
  15. a b c d e Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico (Sedetur) (28 de julho de 2009). «Inventário turístico 2009». Prefeitura. Consultado em 31 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  16. Secretaria de Educação de Minas Gerais (SEE) (5 de agosto de 2013). «Relação de Estabelecimentos de Ensino (ativos), segundo a SRE, o município, a dependência administrativa e a localização, por etapa, nível e modalidade de ensino». Consultado em 2 de setembro de 2013. Arquivado do original em 11 de janeiro de 2014 
  17. Jornal Diário do Aço (13 de setembro de 2011). «Inep divulga desempenho das escolas no Enem». Consultado em 31 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 31 de janeiro de 2012 
  18. Correios. «Agências». Consultado em 31 de janeiro de 2012 
  19. Assessoria de Comunicação (12 de janeiro de 2010). «Avenida Tancredo Neves é municipalizada». Prefeitura. Consultado em 31 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 31 de julho de 2013 
  20. Autotrans. «Horário e Itinerário». Consultado em 26 de setembro de 2014 
  21. Jornal Diário do Aço (30 de outubro de 2010). «Fabriciano deve ganhar novo cemitério». Consultado em 16 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 16 de fevereiro de 2012 
  22. Jornal Diário Popular (13 de maio de 2011). «Comunidade Bom Pastor celebra Festa do Padroeiro». Consultado em 1 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 1 de fevereiro de 2012 
  23. Jornal Vale do Aço (3 de junho de 2007). «Blitz educativa e palestras marcam Semana do Meio Ambiente em Fabriciano». Consultado em 31 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 31 de janeiro de 2012 
  24. Jornal Diário do Aço (2 de novembro de 2011). «Um dia de homenagens». Consultado em 16 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 16 de fevereiro de 2012 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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