Caburé-de-pernambuco

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Estado de conservação
Espécie em perigo crítico
Em perigo crítico, possivelmente extinta (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Strigiformes
Família: Strigidae
Género: Glaucidium
Espécie: G. mooreorum
Nome binomial
Glaucidium mooreorum
Silva, Coelho & Gonzaga, 2002
Distribuição geográfica

O caburé-de-pernambuco (nome científico: Glaucidium mooreorum) é uma espécie de ave da família Strigidae. Endêmica do Brasil, onde pode ser encontrada apenas no estado de Pernambuco. Está ameaçada de extinção pela fragmentação e destruição do habitat, sendo considerada em perigo crítico pela IUCN. O último registro da espécie foi feito em 2001, e alguns autores consideram-na potencialmente extinta.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O nome popular caburé deriva do tupi kawu're. Originalmente era um termo (também presente na variante cauré) que indicava corujas e falcões. Sua primeira ocorrência registrada é do ano de 1587. Em 1631, houve novo uso com o sentido de "ave dos bubonídeos". De acordo com o Dicionário Histórico das Palavras Portuguesas de Origem Tupi (DHPT), o vocábulo tupi "parece proceder de cabu-ré, que quer dizer propenso às vespas escuras, ou que se alimenta dela". Teodoro Sampaio em O Tupi na Geografia Nacional (TupGN) argumenta que derivou do tupi caá-por-é (da raiz ka'a-, "mato"), que significa "dado a morar no mato". A partir desta acepção, comenta, surgiram sentidos totalmente distintos de caburé como "habitante da roça", "mestiço" ou "árvore".[2]

Distribuição geográfica e habitat[editar | editar código-fonte]

A espécie é endêmica das florestas Costeiras de Pernambuco no estado de Pernambuco, no Nordeste do Brasil. Duas localidades de ocorrência são conhecidas, a primeira na Reserva Biológica de Saltinho, no município de Tamandaré, e a segunda na Usina Trapiche no município de Sirinhaém.[1][3]

Conservação[editar | editar código-fonte]

A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) classifica a espécie como "em perigo crítico" devido a restrição geográfica, baixa densidade populacional e a destruição do habitat.[1] Os últimos avistamentos foram registrados em 2001 na Usina Trapiche. Buscas posteriores não conseguiram localizar nenhum exemplar nas áreas de habitat conhecidas, e alguns autores consideram-na potencialmente extinta.[4]

Referências

  1. a b c BirdLife International (2012). Glaucidium mooreorum (em inglês). IUCN 2014. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2014. Página visitada em 22 de novembro de 2014..
  2. Grande Dicionário Houaiss, verbete caburé
  3. Da Silva, J.M.C.; Coelho, G.; Gonzaga, L.P. (2002). «Discovered on the brink of extinction: a new species of pygmy-owl (Strigidae: Glaucidium) from Atlantic forest of northeastern Brazil». Ararajuba. 10 (2): 121-130 
  4. Pereira, G.A.; Dantas, S.M.; Silveira, L.F.; Roda, S.A.; Albano, C.; Sonntag, F.A.; Leal, S.; Periquito, M.C.; Malacco, G.B.; Lees, A.C. (2014). «Status of the globally threatened forest birds of northeast Brazil». Papéis Avulsos de Zoologia. 54 (14): 177-194 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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