Gonzalo López Abente

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Gonzalo López Abente
Gonzalo López Abente
Nascimento Gonzalo López Abente
24 de março de 1878
Muxía, Galiza
Morte 23 de junho de 1963 (85 anos)
Muxía, Galiza
Nacionalidade Espanha espanhola
Ocupação Escritor

Gonzalo Francisco López Abente (Muxía, 24 de março de 1878Muxía, 23 de junho de 1963) foi um escritor galego que atuou nas áreas do jornalismo, narrativa, teatro e poesia, baseando boa parte de sua obra na Costa da Morte. Dirigiu a Irmandade da Fala de Muxía. Em 1971, foi homenageado no Dia das Letras Galegas.

Trajetória[editar | editar código-fonte]

Estudou o bacharelato em Santiago de Compostela, finalizando-o em 1893 e depois a carreira de Direito, licenciando-se em 1899. Viajou pela França, Bélgica e Países Baixos, mas passou a maior parte da vida em Muxía dedicado aos negócios bancários. Colaborou na imprensa local e comarcal e chegou a dirigir o jornal El Eco de Mugía. Em 1907 se casou com Balbina Abente Mislovsky, filha do seu tio Victorino Abente Lago, que faleceu um ano depois ao dar a luz.

Como autor poético, os seus livros anteriores à Guerra Civil Espanhola (Escuma na Ribeira, Alento de Raza e De Outono) se situam na escola de Ramón Cabanillas. Como narrador, ganhou em 1919 a única edição do Prêmio de Literatura do A Nosa Terra com a novela O Deputado de Beiramar. Em 20 de fevereiro de 1921, estreou a sua única peça teatral, María Rosa, ficando a representação a cargo do Quadro de Declamação das Irmandades da Fala da Corunha. Trata-se de uma novela naturalista, valiosa não tanto por supor uma renovação estética mas pela sua temática feminista.

López Abente foi integrante das Irmandades da Fala e do Seminario de Estudos Galegos, sendo também presidente da Asociación de Escritores de Galicia. Colaborou em revistas e jornais como o El Noroeste, A Nosa Terra, Nós, Rexurdimento, Ronsel e Lar.

Em 27 de julho de 1941 ingressou na Real Academia Galega, proposta de Manuel Casás Fernández, Alejandro Barreiro Noya e Ángel del Castillo López, com o discurso: "A terra e a poesía de Eduardo Pondal"[1].

Em 1963, foram publicados três novos livros de poesia de sua autoria: Nemancos, Cintileos nas Ondas e Decrúa (este último póstumo).

Obras[editar | editar código-fonte]

Placa em Muxía.

Poesia[editar | editar código-fonte]

Narrativa[editar | editar código-fonte]

  • O diputado por Beiramar (1919).
  • Vaosilveiro.
  • Buserana (1925, Lar).
  • A narrativa mariña (2012, Xerais).

Teatro[editar | editar código-fonte]

  • María Rosa (1921).

Referências

  • Diccionario enciclopédico galego universal 38. La Voz de Galicia. 2003-2004. p. 120. ISBN 84-7680-429-6.
  • Diciopedia do século 21 2. Do Cumio, Galaxia e do Castro. 2006. p. 1248.
  • Enciclopedia Galega Universal 11. Ir Indo. 1999-2002. p. 245. ISBN 84-7680-288-9.
  • Dobarro, X. et al.: Gran Enciclopedia Galega Silverio Cañada (DVD). Grupo El Progreso. 2005. ISBN 84-87804-88-8.
  • Vilavedra, D., ed. (1995). Diccionario da Literatura Galega I. Galaxia. pp. 330–332. ISBN 84-8288-019-5.